Pasto para gado de corte: as 5 melhores forrageiras

Pasto para gado de corte: as 5 melhores forrageiras

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O pasto para gado de corte é a base da alimentação da pecuária. Hoje, temos tantas espécies de forrageiras para escolha que o produtor pode ter dúvidas sobre qual a melhor para a engorda do rebanho.

Para que sua propriedade esteja em constante crescimento, a Boi Saúde selecionou as 5 melhores forrageiras para pasto com foco na engorda e nutrição do gado de corte.

E vale sempre reforçar que uma pecuária de qualidade e lucrativa não se resume apenas a pasto. Bem-estar animal, nutrição, instalações adequadas, além do controle de doenças e calendário sanitário para bovinos fazem parte.

As espécies de forrageira mais utilizadas no Brasil têm origem na África, continente com clima muito parecido com nosso.

 

 

As 5 melhores forrageiras para pasto para gado de corte 

  • Brachiaria;
  • Tanzânia.
  • Mombaça;
  • Andropogon;
  • Massai;

Brachiaria

A brachiaria entra em primeiro lugar e não é à toa. Nós temos em torno de 105 milhões de hectares. Desses, entre 70% e 80% são da espécie do gênero Brachiaria. 

Essa forrageira faz tanto sucesso por aqui devido às características e qualidade e boa adaptação a solos pobres e com baixa fertilidade, além de ácidos.

A brachiaria é considerada um marco na pecuária brasileira devido:

  • Ser resistente a cigarrinhas;
  • Ter boa produtividade;
  • Elevada resposta à adubação;
  • Capacidade de reciclar os nutrientes do solo.

O consórcio com o capim marandu traz resultados ainda melhores sendo, inclusive, recomendação da Embrapa.

 

Ter uma espécie de forrageira mais adequada para pasto para gado de corte garante uma engorda mais expressiva. Foto: Caroline Garcia.

 

Mombaça

Lançado comercialmente em 1993 pela Embrapa, o capim mombaça é outra cultivar de origem africana, mais especificamente da Tanzânia. Produz 165 toneladas por hectare/ano de massa verde.

A Embrapa recomenda a espécie mombaça para solos com maior fertilidade e para pastagens em sistemas intensos, mais conhecido como TIP – terminação intensiva a pasto. 

Confira as características do capim mombaça:

  • Tem um dos mais altos índices de rebrota;
  • Tem resistência média a cigarrinhas;
  • Nas águas, tem ganho de peso animal de 570 a 1.100 g/animal/dia, em pastejo rotacionado com entrada a 90 cm e saída aos 30 cm.


 



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Tanzânia 

O país de origem dá nome a essa espécie. Foi introduzida no Brasil na década de 80 e tem boa resistência a cigarrinhas.

Quando utilizada em pastejo rotacionado com altura de saída de 30 cm e 70 cm de entrada, tem capacidade de suporte de 2 a 6 unidades de animal por hectare nas águas, com ganho de peso entre 650 a 1.100 g/animal/dia.

  • Produz 132 toneladas por ano de massa verde;
  • Tem folhas roxas como características;
  • É alternativa para solos com maior fertilidade;
  • Substitui a braquiária em pastagem degradada;
  • Tem abrangência geográfica em boa parte do país como Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Goiás, Estados do Sul, além de Minas Gerais e São Paulo.
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Capim Tanzânia está entre as melhores forrageiras para pasto para gado de corte. Foto: Juliana Sussai/Embrapa.

 

Andropogon

Precisa de uma espécie para formação de pastagem? A Andropogon é uma boa indicação! Tem boa resposta a adubação e vegeta bem em altitudes que variam desde o nível do mar até 1.400 m.

  • O ganho de peso vivo em pastagens de capim andropogon varia entre 300 e 400 kg/ha/ano;
  • Suporta cerca de 3 animais por hectare no período das águas;
  • Boa adaptação em solos de baixa fertilidade;
  • Ótima indicação para a região do Cerrado;
  • Tolerância à solo ácido e a seca;
  • Baixa competitividade com plantas invasoras de pasto.

 

Massai

Outra cultivar originária da Tanzânia, a Massai tem produção de 59 toneladas por hectare ao ano de massa verde.

  • Tem altura média de 60 cm;
  • Boa velocidade de estabelecimento e rebrota;
  • Apresenta ganho médio de 620 kg de peso vivo por hectare ao ano;
  • Adaptação em solos de baixa fertilidade;
  • Média tolerância ao frio.

Um alerta importante aos produtores de gado que têm cavalo e cultivam o massai. Quando equinos consomem talos dessa espécie de capim podem ir a óbito devido a uma constipação do sistema digestivo que causa cólicas e, consequentemente, a morte dos animais. Por isso, fique atento para evitar ao máximo o consumo de talos do capim massai por cavalos.

Saiba quais espécies são ideais para equinos: Capim para cavalo: qual é o ideal e o que deve ser evitado? 


 



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Referência 

PIRES, A. V. (Ed.). Bovinocultura de corte. Principais espécies forrageiras utilizadas em pastagens para gado de corte. Capítulo, 19. Piracicaba: FEALQ, 2010.

Panicum máximo cv. Tanzânia-1. Embrapa, 1990.

Panicum máximo – Massai. Embrapa Gado de Corte, 201



Fonte