Diretrizes da OMS para Alimentação Complementar de Bebês e Crianças

Introdução alimentar e questões relevantes
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um novo guia sobre alimentação complementar para bebês e crianças de 6 a 23 meses de idade. Esse guia apresenta orientações cruciais para famílias desde a amamentação até a introdução de diferentes alimentos. Há recomendações importantes, como a não introdução de leite de vaca antes do primeiro ano, pois pode desencadear problemas como anemia e alergias alimentares. Também é sugerido que fórmulas lácteas sejam usadas somente até os 12 meses. A especialista Giselle Guzzo destaca a importância de estimular a oferta de uma variedade de alimentos, incluindo todos os grupos alimentares, para promover o desenvolvimento do paladar no período de mil dias de vida.

Introdução alimentar e experiência prática
A introdução alimentar pode ser uma experiência desafiadora para pais e bebês. A estudante de Nutrição da Ufes Kamilla Boldrini iniciou o processo de alimentação complementar para seu filho de 6 meses, permitindo que ele experimentasse diferentes alimentos gradualmente. A gerente de Marketing Joanie Silotti também conta que seu filho teve uma experiência positiva com a alimentação complementar, demonstrando uma boa adaptação e aceitação para alimentos variados.

É fundamental a amamentação e diversificação da dieta
A OMS e outras instituições de saúde salientam a importância de manter a amamentação após a introdução alimentar até, pelo menos, os 2 anos de idade. O guia destaca que bebês e crianças precisam consumir alimentos saudáveis e diversificados, priorizando uma alimentação variada e colorida desde o início da introdução alimentar. Vale ressaltar que o consumo de suco 100% da fruta deve ser limitado, devido à alta concentração de frutose, e que a alimentação responsiva, respeitando os sinais de fome e saciedade, é fundamental. A oferta de suplementos, se necessária, é permitida para crianças de 6 meses a 2 anos, sob orientação médica. As signatárias da declaração.

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A alimentação complementar é um marco importante no desenvolvimento de bebês e crianças, e o novo guia da OMS oferece orientações valiosas para as famílias nesse processo crucial. Ao seguir as recomendações apresentadas, os pais têm a oportunidade de proporcionar uma alimentação saudável, contribuindo para um crescimento e desenvolvimento adequados dos pequenos.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) produziu um novo guia para alimentação complementar de bebês e crianças de seis a 23 meses de idade, trazendo as principais diretrizes sobre o assunto.

O documento apresenta recomendações para orientar as famílias desde a amamentação, passando pela introdução alimentar até o consumo de diferentes alimentos, como o leite de vaca para bebês de 6 a 11 meses que não são amamentados com o leite materno, caso as fórmulas infantis não estejam disponíveis, e outros alergênicos.

“Existem posicionamentos da Sociedade Brasileira de Pediatria e de outras sociedades médicas evidenciando que a introdução de leite de vaca in natura antes do final do primeiro ano de vida pode desencadear problemas importantes, como maior risco de anemia, sangramentos intestinais e alergia alimentar”, diz o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg, do corpo de orientadores em Pediatria da Universidade Federal de São Paulo.

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Um dos principais pontos de repercussão é a introdução alimentar precoce com liberação do pediatra ou nutricionista antes dos seis meses e, pela primeira vez, a OMS publicou um documento recomendando que fórmulas lácteas sejam usadas só até os 12 meses.

Segundo a nutricionista materno-infantil Giselle Guzzo, idealizadora do curso “Bebê bom de prato”, o período dos mil dias de vida (gestação até os 2 anos) é responsável pela formação e desenvolvimento do paladar.

“Por isso, é necessário estimular a oferta de todos os grupos alimentares, variando o máximo possível, ofertando todos os sabores dos alimentos in natura, doces (sem açúcar/adoçantes), azedo, amargo e salgado (sem sal)”.

Fórmula

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Ela observa que há casos em que é necessária a alimentação com fórmula, mas que o aleitamento materno é sempre melhor. A especialista destaca que, desde o início da introdução alimentar, o bebê precisa estar em contato com os alimentos e com vários sabores.

A estudante de Nutrição da Ufes Kamilla Boldrini é mãe de Esther, de 3 anos, e Miguel, de 9 meses. Ela começou a introdução alimentar de ambos com 6 meses.

“Nas primeiras três semanas, ele estranhou um pouco. Mas ele só conhecia o leite, então, é supernatural. Graças a Deus, ele se adaptou e hoje come superbem”, conta.

“Ele come de tudo”, diz mãe

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srcset=” 600w, Joanie Silotti e Arthur, de 8 meses

Foi com uma frutinha de manhã, na outra semana a fruta mais o almoço, e assim por diante, que aos 6 meses o pequeno Arthur Ayres Silotti, 8 meses, hoje é um apaixonado por comer banana, batata-doce e mamão.

A mamãe, a gerente de Marketing Joanie Silotti, 32 anos, intercala leite ordenhado, amamentação e a comidinha que deixa preparada para o pequeno, pois trabalha fora.

“Ele come de tudo. Tenho a quantidade de acordo com o pratinho dele. Mas tem vezes que ele pede mais. Assim como algumas vezes que recusa. Mas na maioria das vezes, segue a quantidade”.

Saiba mais

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1) A amamentação

As principais instituições de saúde defendem que o ideal é que a amamentação seja mantida após a introdução alimentar até, pelo menos, os 2 anos. A OMS chama atenção para seguir essa recomendação.

2) Fórmula e leite de vaca

Pela primeira vez, a OMS publicou um documento oficial recomendando que fórmulas lácteas sejam usadas apenas até os 12 meses de vida. No caso de crianças de 6 a 11 meses que não são amamentadas, tanto fórmulas infantis quanto leite de vaca podem ser utilizados.

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3) Introdução alimentar

A introdução de novos alimentos só deve começar depois que o bebê chegar ao sexto mês de vida. O pediatra precisa avaliar a realidade da família e os sinais de prontidão: o bebê deve se interessar pelo alimento dos pais, levar objetos a boca e sentar sem apoio.

Giselle Guzzo diz que, antes desses sinais da idade, aumenta a chance de engasgo.

4) Dieta diversificada

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Os bebês de 6 meses às crianças de 2 anos precisam comer alimentos saudáveis e diversificados. No novo guia, a OMS diz que os pais devem se atentar para que diferentes grupos de alimentos estejam presentes na dieta do filho.

“A gente precisa priorizar alimentação colorida e variada, oferecendo os 5 grupos alimentares nas refeições (carboidratos, leguminosas, proteínas, legumes e verduras), desde o sexto mês de vida, no início da introdução alimentar”, diz Giselle.

5) Consumo de suco

A OMS diz que “o consumo de suco 100% da fruta deveria ser limitado”, sem especificar a idade. Por se tratar da faixa etária de 6 meses a 2 anos, essa frase fez com que muita gente entendesse que crianças a partir dos 6 meses também estariam liberadas para tomar suco in natura.

Giselle conta que o suco faz com que chegue na corrente sanguínea uma concentração muito grande de frutose (açúcar das frutas). “Isso pode fazer com que o pâncreas estimule mais insulina e que no futuro nós sejamos pré-diabéticos, diabéticos, obesos. Não recomendo nem o natural, muito menos com açúcar”.

6) Suplementos nutricionais

Segundo a oms, caso o pediatra entenda que é preciso, não há problema em oferecer suplementos para crianças de 6 meses a 2 anos. No Brasil, o Ministério da Saúde indica as suplementações de vitamina D, vitamina K e ferro, por exemplo, para todas as crianças nos primeiros dois anos de vida.

7) Alimentação responsiva

O novo guia da OMS também defende que os sinais de fome e saciedade do bebê sejam respeitados.

“O bebê come a quantidade que quer. Quando está saciado, apresenta os sinais, que são o trava boca ou demonstrar falta de interesse pelo alimento. O pais têm responsabilidade em oferecer alimento de qualidade e variado e os bebês são responsáveis pela quantidade”, diz Giselle.

Fonte: OMS e nutricionista Giselle Guzzo.

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FAQ sobre o Novo Guia da OMS para Alimentação Complementar de Bebês e Crianças

1) Qual é a recomendação da OMS sobre a amamentação após a introdução alimentar?

A OMS recomenda que a amamentação seja mantida após a introdução alimentar até, pelo menos, os 2 anos de idade.

2) Até quando a OMS recomenda o uso de fórmulas lácteas?

Pela primeira vez, a OMS publicou um documento oficial recomendando que fórmulas lácteas sejam usadas apenas até os 12 meses de vida.

3) A partir de que idade a introdução de novos alimentos deve começar?

A introdução de novos alimentos só deve começar depois que o bebê chegar ao sexto mês de vida, quando ele demonstrar sinais de prontidão.

4) Quais são as recomendações da OMS para uma dieta diversificada?

Segundo o novo guia da OMS, os pais devem se atentar para que diferentes grupos de alimentos estejam presentes na dieta do filho, priorizando uma alimentação colorida e variada.

5) O consumo de suco é recomendado para crianças de 6 meses a 2 anos?

A OMS recomenda que o consumo de suco 100% da fruta seja limitado, pois pode causar problemas de saúde no futuro. É importante consultar um profissional de saúde antes de oferecer suco a crianças nessa faixa etária.

6) Quais são os suplementos nutricionais recomendados para crianças de 6 meses a 2 anos?

O Ministério da Saúde indica as suplementações de vitamina D, vitamina K e ferro para todas as crianças nos primeiros dois anos de vida, mas é importante consultar um pediatra antes de oferecer qualquer suplemento.

7) Como os pais devem lidar com os sinais de fome e saciedade do bebê?

O novo guia da OMS defende que os sinais de fome e saciedade do bebê sejam respeitados. O bebê deve comer a quantidade que quer, e os pais têm a responsabilidade de oferecer alimentos de qualidade e variados.

Conclusão

A alimentação complementar de bebês e crianças é um assunto importante para a saúde e desenvolvimento das crianças. Seguir as recomendações da OMS e consultar profissionais de saúde pode ajudar os pais a oferecer uma dieta saudável e adequada para seus filhos.

Fonte: OMS e nutricionista Giselle Guzzo.

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