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A Importância da Produção Sustentável na Pecuária: Rumo ao Leite Zero Carbono
A produção sustentável na pecuária tem se mostrado fundamental para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Um estudo conduzido pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) revelou que são necessárias 52 árvores por vaca em sistemas intensivos de pastagem para atingir o leite zero carbono. Essa prática visa compensar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio do reflorestamento. Além disso, o estudo compara a eficiência de duas raças de vacas leiteiras, Holandesas e Jersolandas, na redução das emissões.
De acordo com a pesquisa, sistemas intensivos de pastagem, que utilizam técnicas avançadas, como pastejo contínuo com alta lotação, requerem um maior número de árvores para alcançar a neutralização das emissões. Nesse caso, cada vaca demanda o plantio de 52 árvores. Já em sistemas extensivos, que possuem menor tecnificação, essa quantidade é reduzida para 33 árvores, principalmente de eucalipto.
O trabalho ainda observa a diferença entre as raças Holandesas e Jersolandas. No geral, a raça Jersolanda se mostra mais eficiente em termos de emissões, necessitando de apenas 38 árvores por vaca para alcançar o leite zero carbono. Por outro lado, aqueles que utilizam a raça Holandesa precisam plantar mais oito árvores por vaca.
A pesquisa ressalta que a pecuária brasileira, por ser majoritariamente a pasto, possui uma vantagem na redução das emissões de GEE. Isso porque o sequestro de carbono do solo, em conjunto com o reflorestamento, contribui para compensar as emissões geradas pela atividade. Ainda assim, é importante buscar a intensificação sustentável dos sistemas de produção leiteira visando à descarbonização do setor.
O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo, com uma produção anual de 35 bilhões de litros. No entanto, a produtividade ainda é baixa nas pequenas e médias propriedades, com uma média de apenas quatro litros de leite por vaca por dia. Para aumentar a eficiência e a produtividade, é necessário investir em tecnologias e práticas sustentáveis, visando o bem-estar animal e a qualidade dos produtos.
Além disso, a preocupação com as mudanças climáticas e as emissões de GEE tem crescido significativamente. A pecuária, em especial o rebanho bovino, é responsável por uma parcela considerável dessas emissões. Portanto, estratégias como o manejo adequado dos sistemas de produção, a melhoria da fertilidade do solo, o manejo das pastagens e a utilização de raças mais especializadas e cruzamentos podem contribuir para a redução das emissões.
A intensificação sustentável da pecuária leiteira pode se tornar uma tecnologia chave no combate às mudanças climáticas. No entanto, é importante ressaltar que cada propriedade possui suas particularidades e precisa adotar as práticas mais adequadas de acordo com sua realidade. A adoção de medidas sustentáveis não apenas beneficia o meio ambiente, mas também agrega valor aos produtos e atende às demandas dos consumidores cada vez mais conscientes.
Em suma, a pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste destaca a importância do reflorestamento como estratégia para a pecuária sustentável. Além disso, evidencia a necessidade de intensificar os esforços para reduzir as emissões de GEE, buscando aprimorar os sistemas de produção, o manejo dos recursos naturais e o bem-estar animal. A pecuária leiteira tem potencial para contribuir com a descarbonização do setor agropecuário, sendo fundamental para garantir um futuro mais sustentável e de qualidade para todos.
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PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
Pesquisa da Embrapa aponta que, em sistemas intensivos de pastagem, são necessárias 52 árvores por vaca para chegar a um leite zero carbono
Um estudo conduzido por Embrapa Pecuária Sudeste (SP) aponta que são necessárias 52 árvores por vaca em sistemas de produção intensivos para atingir o leite zero carbono. Plantar árvores é uma estratégia para compensar a emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Pode ser utilizado por pecuaristas para desenvolver uma pecuária mais sustentável visando a descarbonização. Em sistemas extensivos (baixo nível tecnológico), essa quantidade é de 33 pés de eucalipto.
Segundo informações da Embrapa, foram considerados dois modelos brasileiros de produção de pastagens diferentes – extensivo e intensivo. O trabalho também comparou duas raças, HPB e Jersolanda, tradicionalmente utilizadas no país para produção de leite.
Considerando apenas a raça, na comparação entre Holandesa e Jersolanda, estas são mais eficientes em termos de emissões. Com o plantio de 38 árvores por vaca, o produtor compensa; aqueles que usam a raça Holstein precisam de mais oito árvores por vaca.
Segundo a pesquisadora Patrícia PA Oliveira, a pecuária brasileira é feita principalmente a pasto. Desta forma, a exigência de redução das emissões e da pegada ambiental confere ao país uma vantagem adicional. Como o gado é criado a pasto, a necessidade de árvores para compensar as emissões de GEE é menor, pois na contabilização do balanço de carbono, o sequestro de carbono do solo, positivo nos dois sistemas testados, contribui para compensar as emissões.
Produção de leite no Brasil e questões de sustentabilidade
Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano, ocupando o terceiro lugar no mundo. As propriedades, em sua maioria de pequeno e médio porte, estão distribuídos em 98% dos municípios brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, mais de quatro milhões de pessoas estão envolvidas na produção de leite no país.
“As gramíneas são a principal fonte de alimentação do gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens com qualidade comprometida” — Patrícia PA Oliveira
No entanto, a produtividade é muito baixa na maioria dessas fazendas. A média de litro de leite por vaca em lactação gira em torno de quatro litros por dia no Brasil, enquanto a média mundial está próxima de 10 litros por dia. “Esse cenário discrepante de baixa eficiência sistemática pode ser explicado pelo modelo de produção adotado. As pastagens são a principal fonte de alimentação do gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens de baixa qualidade, muitas vezes manejadas abaixo do seu potencial de lotação, com uma média nacional de uma vaca por hectare”, acrescenta o pesquisador.
O setor, além de ter a demanda para aumentar a produtividade, tem visto nos últimos anos um aumento nas expectativas dos consumidores em relação à qualidade dos produtos e às questões de sustentabilidade e bem-estar animal. Há uma preocupação crescente com as mudanças climáticas. No Brasil, a agricultura é responsável por 33,6% das emissões brasileiras de GEE, sendo 19% provenientes da fermentação entérica. O rebanho bovino contribui com 97% das emissões de metano, sendo 86% do rebanho de corte e 11% do gado leiteiro.
“Estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como mudanças no manejo dos sistemas de produção de leite a pasto, por meio da intensificação do uso de forragem e do uso de raças animais mais especializadas e cruzamentos, podem contribuir para compensar as emissões. de GEE. Em comparação com os sistemas tradicionais de laticínios, eles são sumidouros de carbono. Essas ações – melhoria da fertilidade do solo e manejo das pastagens, nutrição e genética animal são pontos básicos e de fácil adoção – podem contribuir para o balanço de carbono das fazendas leiteiras e reduzir a necessidade de outros procedimentos externos, como a compra de créditos de carbono para compensar as emissões” , enfatiza a pesquisadora.
A intensificação sustentável dos sistemas de produção leiteira pode se tornar uma tecnologia chave para mitigar as mudanças climáticas. “Resultados de experimentos de longo prazo nessa área são importantes para regiões tropicais e subtropicais e precisam ser realizados, ainda que sejam bastante custosos e trabalhosos”, acrescenta.



