Novos parâmetros estão sendo estudados para a fiscalização dos leites de cabra e ovelha

Novos parâmetros estão sendo estudados para a fiscalização dos leites de cabra e ovelha

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A Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do MAPA está trabalhando na definição de novos parâmetros para a fiscalização do leite caprino e ovino, mais adequados à realidade dos produtores. As mudanças estão sendo feitas com base na Nota Técnica elaborada pela Embrapa, com informações coletadas durante o Programa Agronordeste, e foi pauta da reunião realizada no dia 20, em Brasília. A expectativa é que, após todos os trâmites, inclusive uma consulta pública, até o final de 2023, as novas normas sejam definidas.

Segundo o documento elaborado pela Embrapa, as normas de fiscalização desses produtos adotam atualmente parâmetros técnicos de difícil alcance para os produtores e não levam em consideração as características regionais que impactam na composição do leite de cabra e ovelha. Segundo o representante do Departamento de Fiscalização de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do MAPA, Marcelo Mota, as variedades de raças e as diferentes condições de criação nas regiões do Brasil estão sendo consideradas na elaboração dos novos indicadores para inspeção. “Estamos considerando essas variações e as influências regionais na composição físico-química do leite, principalmente nos teores de lactose e sólidos totais”, diz Mota.

O trabalho da equipe do Dipoa envolve a definição de critérios mínimos de segurança sanitária e qualidade do leite produzido, além da introdução de critérios de autocontrole nos sistemas de produção. Segundo Marcelo Mota, está em discussão a melhor forma de operacionalizar o novo modelo de fiscalização do leite. “Trabalhamos para tornar esse sistema atrativo, oferecer ganhos de qualidade aos consumidores e para que os produtores percebam que os critérios de avaliação propostos vão melhorar a produção”. A rede de laboratórios que serão utilizados especificamente para leite de cabra e ovelha está sendo estruturada.

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Segundo o representante da Embrapa na Câmara, Cícero Cartaxo, as perspectivas são boas com base no trabalho que está sendo feito pelo grupo de especialistas. “A legislação deve ser uma aliada e impulsionadora do desenvolvimento e não um obstáculo para os produtores”, acredita Cartaxo.

Regulamentação de pequenos abatedouros e preocupação com a saúde do rebanho

Outra pauta discutida na reunião da Câmara Setorial foi a regulamentação de pequenos abatedouros de caprinos e ovinos, o que ajudaria a diminuir a informalidade do abate e corte da carne desses pequenos ruminantes. Segundo o diretor da Capricom Frigorífico e Consultoria Especializada, de Petrolina (PE), 90% da atividade é informal. Uma das sugestões apresentadas foi a certificação da carne para o mercado interno, levando em consideração os laudos dos laboratórios, e não apenas a fiscalização dos frigoríficos. “A qualidade da carne seria o ponto principal, focaríamos apenas no frigorífico”, explica Araújo.

Micoplasmose e Scrapie são duas doenças que têm preocupado caprinos e ovinos no Brasil. Membros da Câmara Setorial pleiteiam junto ao MAPA um programa nacional de controle de doenças, que têm afetado a produtividade e causado prejuízos financeiros. “Sem superar o Scrapie, não será possível aos produtores brasileiros exportar o material genético de ovinos para atender a demanda de outros países da América Latina”, afirma o presidente da Câmara Setorial de Caprinos e Ovinos do MPA, Pedro Martins.

(Com EMBRAPA)

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(Emanuely/Sou Agro)



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