Os preços do milho reagiram na semana passada no Brasil, interrompendo o movimento de queda que vinha sendo registrado desde março.
Segundo os pesquisadores do Cepea, o impulso veio da valorização externa do cereal, que, por sua vez, aumentou devido às preocupações com o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos.
Desde o início de junho, o volume de chuvas no Centro-Oeste norte-americano está abaixo do necessário, contexto que pode reduzir o potencial produtivo.
Por enquanto, as estimativas oficiais do USDA continuam indicando maior produção nos Estados Unidos, mas as condições das lavouras naquele país já estão se deteriorando. No Brasil, as estimativas continuam apontando para uma segunda safra recorde, e foram novamente reajustadas positivamente pela Conab neste mês.
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SOJA
O baixo volume de chuvas no Centro-Oeste dos Estados Unidos desde o início deste mês preocupa os agentes do setor de soja, considerando que esse cenário pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras.
Segundo pesquisadores do Cepea, a semeadura foi praticamente concluída naquele país, e o percentual de lavouras em boas e excelentes condições vem diminuindo semana após semana.
As previsões indicam chuva nos próximos dias, o que pode mitigar possíveis impactos na produção. Apesar desse cenário, as estimativas divulgadas neste mês pelo USDA apontam para um aumento significativo da oferta mundial de grãos na safra 2023/24 e também na safra brasileira (2022/23).
O Departamento dos EUA aponta que a oferta global pode superar a demanda, o que elevaria a relação estoque final/demanda total de 27,8% para 31,9%, a maior em cinco temporadas.
Quanto aos preços domésticos, além da possibilidade de aumento da oferta, a desvalorização do dólar frente ao real pressionou os preços da soja e derivados no Brasil na semana passada.
