Mestre em zootecnia e criador de Brangus, foi pesquisador da Embrapa Pecuária Sul; Eduardo foi também o primeiro técnico da Associação Brasileira de Brangus (ABB).
Morreu nesta segunda-feira, 14 de novembro, o engenheiro agrônomo Eduardo Salomoni, em Porto Alegre (RS). Eduardo tinha 69 anos e deixa a esposa e filhos. Sr. Eduardo, foi um grande ícone da raça e exemplo de homem, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da raça Brangus e pela primeira inspeção técnica realizada em 1980. Seu legado ficará marcado para sempre na história da raça Brangus.
Mestre em zootecnia e criador de Brangus, era vice-presidente do Sindicato Rural de Candiota. Foi pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, onde se tornou chefe-geral da unidade; Eduardo foi também o primeiro técnico da Associação Brasileira de Brangus (ABB).
Nos últimos tempos, já aposentado, Eduardo passou mais tempo em sua propriedade rural, a Cabanha Fertilitá, em Candiota, do que em Bagé, sua terra de origem.
“O Sr. Eduardo foi um visionário, grande ícone da raça e exemplo de homem, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da raça Brangus e pela primeira inspeção técnica realizada em 1980. Seu legado ficará marcado para sempre na história da raça Brangus. A diretoria da ABB, os associados e seus colaboradores externam suas condolências e solidariedade aos familiares e amigos”, manifestou a associação em nota de pesar.
A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) também se manifestou em luto pelo falecimento do Dr. Eduardo Salomoni.
“Salomoni era um grande técnico da pecuária brasileira. Sempre foi um grande apoiador e parceiro de diversos projetos da ABHB. Com os sentimentos de solidariedade à família, toda a diretoria da ABHB e associados estão em luto e oram para que amigos, parentes e familiares sejam confortados neste momento de dor”, publicou a associação em sua página na internet.
Os atos fúnebres e as últimas homenagens a Eduardo Salomoni ocorreram nesta segunda-feira, 14, em Bagé.
Sobre a raça Brangus
A raça Brangus é o resultado de um experimento entre o cruzamento do Angus e do Zebu, realizado por técnicos norte-americanos do Departamento de Agricultura de Jeanerette em 1912, no estado de Louisiana. Na mesma época, pecuaristas de Oklahoma, no Texas, e do Canadá também passaram a fazer acasalamentos semelhantes. O objetivo dos cruzamentos era a criação de um animal que apresentasse altos índices de produtividade mesmo criado em condições de clima e meio-ambiente adversas, típicas das regiões tropicais e subtropicais.
No Brasil, os cruzamentos começaram a ser feitos na década de 1940 por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Bagé/RS. Inicialmente o resultado do cruzamento foi batizado de raça Ibagé pelos técnicos da época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que se tornou apenas Brangus, anos mais tarde.
O Brangus é uma das raças sintéticas que mais possui diversidade de selecionadores dentro de outros países além do Brasil, como a Argentina, o Paraguai, os Estados Unidos, o México, o Uruguai, a Bolívia, o Panamá, a África do Sul, o Canadá, a Colômbia e a Austrália.
Características
- Fertilidade
- Habilidade materna
- Precocidade
- Qualidade e acabamento de carcaça
- Rusticidade
- Tolerância ao calor
- Resistência a parasitas
- Longevidade
Os animais se adaptam aos diferentes micros ou macros climas existentes no Brasil, suportando tanto as temperaturas que passam dos 35°C no sol durante o verão no Brasil Central e no norte do país, como as temperaturas negativas no inverno do Rio Grande do Sul.
O Brangus oferece o que qualquer pecuarista espera de uma raça de origem britânica, mas sem as principais limitações.
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