Modalidade do hipismo restrita a poucos começa a ganhar espaço no Brasil

Misteriosa modalidade do hipismo no Brasil.

A arte milenar da eqüitação

A eqüitação é uma arte que remonta a milhares de anos, sendo uma das primeiras formas de interação entre humanos e animais. Desde a sua utilização como meio de transporte até os dias de hoje, em que é considerada um esporte olímpico, a equitação passou por diversas transformações. Recentemente, o adestramento tem despertado um grande interesse no Brasil, permitindo que pessoas de todas as idades e classes sociais se beneficiem dos aspectos esportivos e terapêuticos dessa prática.

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Uma nova tendência no Brasil

O adestramento, também conhecido como dressage, tem se tornado uma tendência no Brasil, atraindo pessoas interessadas em aprimorar suas habilidades e construir laços especiais com os cavalos. Essa modalidade olímpica de montaria, que antes era vista como exclusiva e de alto custo, agora está mais acessível a pessoas de diversas regiões do país, proporcionando benefícios tanto para o corpo quanto para a mente.

Benefícios esportivos e terapêuticos

O adestramento oferece um balé fluido, elegante e bonito de ver, proporcionando a cavaleiros e amazonas uma experiência única de conexão com o cavalo. Além disso, o vínculo entre o ser humano e o cavalo tem se mostrado benéfico para a redução do estresse e o desenvolvimento motor, tornando essa prática ainda mais atrativa para pessoas de todas as idades.

Uma arte acessível a todos

Atualmente, o adestramento está disponível em diversas cidades brasileiras, com preços variados de acordo com a região. Esse maior acesso tem permitido que amadores, especialmente mulheres, se apaixonem pela modalidade, transformando-a em uma terapia e uma experiência transformadora. A disseminação do adestramento tem sido impulsionada pelo exemplo de atletas de destaque, como João Victor Marcari Oliva, que tem encantado o público com a sua habilidade e paciência ao montar, despertando um interesse crescente pela prática no Brasil.

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Desenvolvimento

Identificar o primeiro momento em que um ser humano domesticou um cavalo e o montou para poder se locomover com mais rapidez, caçar e guerrear é um desafio da zoologia e da história das civilizações. As evidências mais remotas dessa interação remontam a 3 000 ou 4 000 anos, provavelmente na região das estepes da Europa e da Ásia. Com o tempo, a equitação passou de meio de transporte popular a símbolo de status, hábito da nobreza. No início do século XX, transformada em esporte olímpico, modalidade cara e exclusiva, dado o alto custo de treinamento e alimentação dos animais, galgou ainda mais a aura de exclusividade.

Há, agora, um movimento de interesse pela prática, em onda que chegou ao Brasil. O ímã de atração é uma das três modalidades olímpicas de montaria, o adestramento, também conhecido como dressage — as outras duas são o concurso completo e o salto. Na disciplina, entre passos e trotes, cavalo e cavaleiro executam um balé fluido, elegante e bonito de ver. A leveza do galope, embora difícil e cansativo, serve a um outro uso, digamos, terapêutico. O vínculo entre o ser humano e o cavalo é comprovadamente bom para a redução do estresse e para o desenvolvimento motor.

Da soma das qualidades esportivas e médicas, brotou o impulso do adestramento. São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão as hípicas mais tradicionais, lideram as aulas e treinos adequados a pessoas que não buscam ser campeãs, mas pretendem melhorar o cotidiano e criar laços que só o esporte é capaz de oferecer. Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba também investem na categoria. “Incentivamos a entrada de alunos, que já não precisam ser sócios de nenhuma hípica nem ter cavalo próprio”, diz Lindinha Flosi Macedo, diretora da Federação Paulista de Hipismo. O preço das aulas varia conforme a região. Em São Paulo, uma sessão na Hípica Paulista sai de 250 reais a 300 reais. Em Porto Alegre, o Haras HGG cobra 80 reais. Os gaúchos, aliás, oferecem ensino a distância para atrair gente do interior. “Mas, com a evolução, o presencial torna-se compulsório”, diz Petra Garbade, proprietária do haras.

ÍDOLO - O atleta João Victor, filho de Hortência: ímã para o interesse pela prática
ÍDOLO – O atleta João Victor, filho de Hortência: ímã para o interesse pela prática (Luis Ruas/CBH//)

Entre os amadores, as mulheres, em especial, é que têm aderido à atividade. A arquiteta paulista Fernanda Negrelli, de 44 anos, se apaixonou pelo dressage há cinco anos. Desde então, evoluiu tanto que foi homenageada como revelação de 2022 pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano — os lusitanos, aliás, são a raça mais comum para o adestramento no Brasil. “Parecem cavalos de reis”, diz Fernanda. “Para mim, virou a melhor das terapias.”

Como todo fenômeno de comportamento, tenta-se sempre encontrar a faísca de uma novidade. A recente disseminação do adestramento, no Brasil, tem o carimbo do cavaleiro João Victor Marcari Oliva, filho da ex-jogadora de basquete Hortência e do empresário José Victor Oliva. Medalhista de prata — a primeira do Brasil — nos Jogos Pan-Americanos do ano passado, em Santiago, no Chile, e personagem querido entre seus pares, é nome certo para a Olimpíada de Paris. Se voltará com medalha, são outros quinhentos — mas vê-lo montado, seja no garanhão Feel Good, seja no Escorial Campline, é uma lição de harmonia e paciência, atributos tão escassos nos dias de hoje. Por isso, talvez, o adestramento comece a encantar tanta gente.

Publicado em VEJA de 16 de fevereiro de 2024, edição nº 2880

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Conclusão: Adestramento de Cavalos – uma nova paixão em ascensão

Com a recente disseminação do adestramento de cavalos, impulsionada pelo sucesso do cavaleiro João Victor Marcari Oliva, a modalidade tornou-se uma nova paixão em ascensão no Brasil. Além de ser uma prática esportiva elegante e bonita de ver, o adestramento também possui benefícios terapêuticos comprovados, atraindo um público diversificado, especialmente as mulheres. Com aulas acessíveis em várias regiões do país, o vínculo entre seres humanos e cavalos é fortalecido, aumentando o interesse pelo esporte e pelas oportunidades que ele oferece, tanto para o corpo quanto para a mente.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Título do Artigo: Adestramento: A Prática de Montaria que Encanta Tanta Gente

Introdução:
Descubra a história e os encantos por trás da prática de adestramento, uma modalidade olímpica de montaria que tem conquistado o coração de muitas pessoas. Desde suas origens nas estepes da Europa e Ásia até a sua popularização no Brasil, o adestramento é muito mais do que um esporte, é uma experiência terapêutica e transformadora.

FAQs:

1. Qual é a origem da prática de adestramento?

As evidências mais remotas da interação entre humanos e cavalos remontam a 3 000 ou 4 000 anos, provavelmente na região das estepes da Europa e da Ásia. O adestramento evoluiu de meio de transporte para símbolo de status e, posteriormente, tornou-se uma modalidade esportiva de destaque.

2. Quais são as modalidades olímpicas de montaria?

O adestramento é uma das três modalidades olímpicas de montaria, juntamente com o concurso completo e o salto. Cada uma dessas disciplinas exige habilidades específicas dos cavaleiros e seus cavalos, proporcionando um espetáculo de beleza e técnica.

3. Qual o custo e benefício do adestramento?

O adestramento possui benefícios terapêuticos comprovados, como a redução do estresse e o desenvolvimento motor. Além disso, a prática tem se popularizado entre amadores, especialmente mulheres, que buscam melhorar o seu cotidiano e criar laços especiais com os cavalos. Os preços das aulas variam conforme a região, mas o valor das sessões pode ser acessível para quem deseja iniciar nesse esporte.

4. Qual a raça mais comum para o adestramento no Brasil?

Os cavalos da raça lusitana são os mais comuns para o adestramento no Brasil. Conhecidos pela sua elegância e capacidade de execução dos movimentos fluidos e elegantes exigidos na modalidade, os lusitanos são frequentemente escolhidos por praticantes de adestramento.

5. Quem é o cavaleiro brasileiro que tem impulsionado o interesse pelo adestramento?

João Victor Marcari Oliva, filho da ex-jogadora de basquete Hortência e do empresário José Victor Oliva, tem sido um nome influente no adestramento. Sua participação e conquistas em competições internacionais têm contribuído para despertar o interesse pela prática no Brasil, tornando o adestramento uma modalidade que encanta cada vez mais pessoas.

Com as informações sobre a origem, modalidades, custo e benefícios do adestramento, a raça mais comum para a prática e a influência de um cavaleiro brasileiro, os leitores terão uma visão abrangente e esclarecedora sobre o tema, incentivando a busca orgânica no Google e despertando a curiosidade para descobrir mais sobre o fascinante mundo do adestramento.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Identificar o primeiro momento em que um ser humano domesticou um cavalo e o montou para poder se locomover com mais rapidez, caçar e guerrear é um desafio da zoologia e da história das civilizações. As evidências mais remotas dessa interação remontam a 3 000 ou 4 000 anos, provavelmente na região das estepes da Europa e da Ásia. Com o tempo, a equitação passou de meio de transporte popular a símbolo de status, hábito da nobreza. No início do século XX, transformada em esporte olímpico, modalidade cara e exclusiva, dado o alto custo de treinamento e alimentação dos animais, galgou ainda mais a aura de exclusividade.

Há, agora, um movimento de interesse pela prática, em onda que chegou ao Brasil. O ímã de atração é uma das três modalidades olímpicas de montaria, o adestramento, também conhecido como dressage — as outras duas são o concurso completo e o salto. Na disciplina, entre passos e trotes, cavalo e cavaleiro executam um balé fluido, elegante e bonito de ver. A leveza do galope, embora difícil e cansativo, serve a um outro uso, digamos, terapêutico. O vínculo entre o ser humano e o cavalo é comprovadamente bom para a redução do estresse e para o desenvolvimento motor.

Da soma das qualidades esportivas e médicas, brotou o impulso do adestramento. São Paulo e Rio de Janeiro, onde estão as hípicas mais tradicionais, lideram as aulas e treinos adequados a pessoas que não buscam ser campeãs, mas pretendem melhorar o cotidiano e criar laços que só o esporte é capaz de oferecer. Porto Alegre, Belo Horizonte e Curitiba também investem na categoria. “Incentivamos a entrada de alunos, que já não precisam ser sócios de nenhuma hípica nem ter cavalo próprio”, diz Lindinha Flosi Macedo, diretora da Federação Paulista de Hipismo. O preço das aulas varia conforme a região. Em São Paulo, uma sessão na Hípica Paulista sai de 250 reais a 300 reais. Em Porto Alegre, o Haras HGG cobra 80 reais. Os gaúchos, aliás, oferecem ensino a distância para atrair gente do interior. “Mas, com a evolução, o presencial torna-se compulsório”, diz Petra Garbade, proprietária do haras.

ÍDOLO - O atleta João Victor, filho de Hortência: ímã para o interesse pela prática
ÍDOLO – O atleta João Victor, filho de Hortência: ímã para o interesse pela prática (Luis Ruas/CBH//)

Entre os amadores, as mulheres, em especial, é que têm aderido à atividade. A arquiteta paulista Fernanda Negrelli, de 44 anos, se apaixonou pelo dressage há cinco anos. Desde então, evoluiu tanto que foi homenageada como revelação de 2022 pela Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano — os lusitanos, aliás, são a raça mais comum para o adestramento no Brasil. “Parecem cavalos de reis”, diz Fernanda. “Para mim, virou a melhor das terapias.”

Como todo fenômeno de comportamento, tenta-se sempre encontrar a faísca de uma novidade. A recente disseminação do adestramento, no Brasil, tem o carimbo do cavaleiro João Victor Marcari Oliva, filho da ex-jogadora de basquete Hortência e do empresário José Victor Oliva. Medalhista de prata — a primeira do Brasil — nos Jogos Pan-Americanos do ano passado, em Santiago, no Chile, e personagem querido entre seus pares, é nome certo para a Olimpíada de Paris. Se voltará com medalha, são outros quinhentos — mas vê-lo montado, seja no garanhão Feel Good, seja no Escorial Campline, é uma lição de harmonia e paciência, atributos tão escassos nos dias de hoje. Por isso, talvez, o adestramento comece a encantar tanta gente.

Publicado em VEJA de 16 de fevereiro de 2024, edição nº 2880

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