Milho registra nova queda na Bolsa de Chicago diante da confirmação de grande safra dos Estados Unidos

Milho cai na Bolsa de Chicago devido à safra dos EUA?

Preços do milho em queda em Chicago, alta no Brasil

Os preços do milho em Chicago registraram sua terceira queda mensal consecutiva em setembro. No Brasil, apesar da queda da Bolsa de Chicago, o movimento foi de alta para preços em praticamente todas as praças. Com a colheita da segunda safra chegando ao fim, as atenções agora se voltam para o plantio da primeira safra 2023/24. No Rio Grande do Sul, um dos principais produtores de milho verão, está com a semeadura atrasada devido ao excesso de chuvas.

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Preços em Chicago

Com a confirmação de uma grande safra americana do cereal, os preços do primeiro vencimento caíram 1% em setembro, atingindo US$ 4,71/bushel. O avanço da colheita de cereais e das exportações americanas, que continuam em ritmo lento, também contribuíram para o movimento de queda.

Preços no Brasil

Em Primavera do Leste (MT), o aumento em setembro foi de 6,7% em relação a agosto, na média de R$ 38,41/saca. A valorização do dólar frente ao real e o bom ritmo das exportações de cereais ajudaram nesse movimento.

Além disso, o ritmo de vendas dos produtores continuou atrasado, o que reduziu a oferta de cereais no mercado spot.

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Safra de milho no Brasil

A colheita da segunda safra de milho terminou na semana passada e a semeadura da safra de verão continua avançando na região Sul do Brasil. Até o momento, o Paraná apresenta o plantio mais avançado, com 71% da área projetada já semeada. Segundo o Deral, a área de milho verão no Paraná deverá cair para 317 mil hectares, ante 379 mil hectares na safra 2022/23, dados os baixos preços do cereal, que deverá perder espaço para a soja no estado.

Os produtores gaúchos têm enfrentado dificuldades para realizar as atividades de plantio, devido ao excesso de chuvas e às temperaturas mais baixas no estado, que prejudicam a germinação das sementes. Segundo a Conab, o plantio está 7 pp atrás do ano passado, com 55% da área concluída.

Projeções para a safra 2023/24

A colheita global de milho 2023/24 continua projetada em 1,21 bilhão de toneladas, 5% superior à anterior, dada a boa produção americana. No Brasil, as primeiras projeções apontam para uma área menor de milho na safra 2023/24.

O alto desconto do milho brasileiro faz com que as exportações estejam 26% acima do ano passado, porém o avanço da colheita nos EUA e o desempenho da Ucrânia no mercado internacional podem influenciar o ritmo nos próximos meses.

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A última atualização do USDA manteve a projeção da produção de milho dos EUA em 384 milhões de toneladas, ao mesmo tempo que aumentou a produção ucraniana para 28 milhões de toneladas. O consumo global continua projetado em 1,19 bilhão de toneladas, um aumento de 3% em relação à safra 2022/23, enquanto o estoque final atingiu 314 milhões de toneladas, crescimento de 5%.

A Conab divulgou a previsão da primeira colheita do Brasil, trazendo uma área 4,8% menor para o milho, estimada em 21,2 milhões de hectares.

A comercialização de fertilizantes para a segunda safra de 2024 está bem abaixo da média e a rentabilidade do algodão safrinha para o próximo ano parece mais favorável, o que poderá gerar uma migração de área de cereal para pluma na segunda safra de 2024.

Contratos de milho na B3

Com o cenário de queda na produção em 2024, os contratos de milho na B3 começaram a subir. O vencimento ET/24 está cotado em torno de R$ 65/saca, contra média mensal de R$ 63/saca em julho e R$ 64/saca em agosto.

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Exportações brasileiras de milho

As exportações brasileiras continuam em ritmo acelerado, já que o milho americano reduziu a capacidade de escoamento devido aos baixos níveis do rio Mississipi. Porém, o avanço da colheita de cereais nos Estados Unidos pode melhorar a competitividade americana e, outro ponto a monitorar, é o retorno da Ucrânia com maiores volumes no mercado de exportação, o que seria uma grande competição pelos embarques do milho brasileiro, com possíveis consequências para preços e prêmios.

Fonte: Itaú BBA Agro Consultoria

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Conclusão:

Os preços do milho em Chicago tiveram uma queda mensal em setembro, porém, no Brasil, houve um movimento de alta. Com a colheita da segunda safra chegando ao fim, a atenção agora se volta para o plantio da primeira safra de 2023/24. No Rio Grande do Sul, o atraso na semeadura devido ao excesso de chuvas tem sido um desafio para os produtores.

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Pergunta 1: Quais foram os fatores que contribuíram para a queda nos preços do milho em Chicago?

A confirmação de uma grande safra americana de milho, o avanço da colheita e das exportações dos EUA, e o ritmo atrasado de vendas dos produtores, o que reduziu a oferta de cereais no mercado spot.

Pergunta 2: Como foi o movimento de alta nos preços do milho no Brasil?

No Brasil, mesmo com a queda em Chicago, os preços do milho tiveram um movimento de alta em praticamente todas as praças. O aumento em setembro foi de 6,7% em relação a agosto, na média de R$ 38,41/saca.

Pergunta 3: Como está o plantio da primeira safra de milho no Brasil?

Segundo a Conab, a semeadura da primeira safra de milho está acontecendo, e o Paraná apresenta o plantio mais avançado, com 71% da área semeada. No entanto, é esperada uma redução na área de milho verão no Paraná, devido aos baixos preços do cereal.

Pergunta 4: Quais são as projeções para a safra global de milho em 2023/24?

A colheita global de milho em 2023/24 está projetada em 1,21 bilhão de toneladas, um aumento de 5% em relação à safra anterior. No Brasil, as primeiras projeções apontam para uma redução na área plantada de milho na próxima safra.

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Pergunta 5: Como estão as exportações de milho brasileiro?

As exportações de milho brasileiro estão 26% acima do ano passado, devido ao alto desconto do milho nacional. No entanto, o avanço da colheita nos EUA e o desempenho da Ucrânia no mercado internacional podem afetar o ritmo das exportações nos próximos meses.

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Foto: Pexels

Fonte: Itaú BBA Agro Consultoria

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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