Ao longo desta semana que antecedeu o período natalino, os negócios no mercado brasileiro de reposição voltaram à “estaca zero”, informa a zootecnista Jayne Costa, analista da Scot Consultoria.

“As indústrias frigoríficas, em sua maioria, alongaram as suas escalas de abate até janeiro/23 e estão em férias coletivas, pressionando as cotações da arroba do boi gordo e influenciando os negócios para a reposição”, ressalta a analista. “A oferta de bezerros ainda é boa e, com isso, as cotações continuam sofrendo pressão de baixa”, acrescenta Jayne.

Segundo o levantamento da Scot Consultoria, considerando a média de todas as categorias aneloradas, de machos e fêmeas para reposição, as cotações recuaram 0,8% frente ao valor médio da semana anterior.

Na avaliação de Jayne, a ausência de compradores no mercado de animais jovens tem pesado, mas a expectativa é positiva para as primeiras semanas de 2023.

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“Com chuvas mais frequentes em boa parte do Brasil Central, que contribuem para a retomada do vigor da pastagem, a ponta vendedora poderá negociar a preços melhores”, observa a analista.

Segundo apuração da IHS Markit, nesta última semana de leilões regulares pelo Brasil, o volume de negócios no mercado de gado para reposição avançou de forma cadenciada.

“O período de recesso vem esvaziando o mercado e gerando impactos na formação dos preços entre as principais categorias”, informa a IHS.

Embora as condições climáticas na faixa central do Brasil tenham colaborado para o bom desenvolvimento das pastagem, a procura por animais não foi suficiente para absorver a oferta disponível para venda, acrescenta a consultoria.

Dessa maneira, continua a IHS, o descompasso entre oferta e demanda de animais continuou a impactar negativamente os preços dos animais jovens, sobretudo de lotes mais leves.

“Embora o poder de compra dos recriadores e invernistas seja vantajoso atualmente, há uma posição de cautela entre os produtores, sobretudo diante das recentes quedas nos preços da arroba no mercado físico do boi gordo”, ressalta a IHS.

Na região Sudeste do Brasil, os preços dos animais de reposição voltaram a ceder no interior paulista e também nas praças de Minas Gerais.

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“Alguns criadores optaram por liquidar alguns lotes antes da virada de ano, abrindo espaço para ajustes negativos nos preços”, justifica a IHS, ainda referindo-se ao comportamento das cotações na região Sudeste.

Na região Centro-Oeste, o ambiente de preços no mercado de reposição foi um pouco mais volátil ao longo desta semana, com variações negativas ou positivas dependendo do peso do lote e da qualidade dos animais.

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Em Goiás, as cotações dos animais de reposição voltaram a ceder diante da fraca procura, mas encontraram suporte nas praças do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, informa a IHS.

No Norte, a fragilidade nos preços trouxe maior liquidez ao mercado, mas compradores continuaram pedindo mais prazo para pagamento, relata a IHS.

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No Sul, a estiagem vem prejudicando o mercado de reposição no Rio Grande do Sul, elevando a especulação baixista nos preços locais.

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