A semana foi marcada por movimentações positivas no mercado brasileiro de reposição, informa a zootecnista Jayne Costa, analista de mercado da Scot Consultoria.
“A oferta de bovinos jovens continua alta em grande parte das praças pecuárias e a demanda um pouco mais aquecida, sobretudo para as categorias de machos”, relata Jayne.
Porém, a queda de braço entre a ponta compradora e os pecuaristas no mercado do boi gordo (favorecido pelo bom volume de chuva que possibilitou boa capacidade de suporte das pastagens) tem postergado a entrega do bovino terminado, acrescenta a analista.
Tal cenário, continua Jayne, influi nas negociações no mercado de reposição. “Além disso, de acordo com agentes-chave consultados, a regionalização do mercado tem influenciado na distinção entre os preços do bovino Nelore e F1 (cruzamento industrial)”.
Na região Sul do País, o comportamento dos preços tem demonstrado ágio para as raças taurinas.
Em São Paulo, por sua vez, as cotações de bovinos anelorados para reposição mantêm a pressão baixista, relata a analista.
Destaque para o bezerro de ano, que, durante esta semana, apresentou recuo de 3,8% (ou R$ 90/cabeça) na praça paulista, no comparativo com a semana anterior.
Nessa mesma região, o bezerro desmamado teve baixa de 3,6% (R$ 80/cabeça), considerando a mesma base de comparação, informa a Scot.
Nos lotes de fêmeas negociadas, destaque negativo para a novilha, que apresentou desvalorização de 3,5% (ou R$ 82,50/cabeça), no mesmo comparativo.
No Paraná, o mercado do boi gordo tem tomado fôlego, e a procura por bovinos de reposição está aumentando, destaca a analista da Scot. “A maior liquidez tem sido relatada no mercado paranaense e, no curto prazo, a expectativa é positiva para os preços dos animais jovens”, aposta.
