Mato Grosso investe na producao de mel da agricultura familiar

Mato Grosso investe na produção de mel da agricultura familiar

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Empaer e Seaf promovem produção de mel na agricultura familiar na Chapada dos Guimarães. Abelhas, assistência técnica e sustentabilidade ambiental têm favorecido a cadeia produtiva da comunidade Gleba Monjolo.

Agricultores familiares de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) destacam o resultado positivo na produção de mel após o apoio do Governo do Mato Grosso. Após receber caixas de mel da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (Seaf) e assistência técnica da Empresa de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural de Mato Grosso (empaer), o casal de produtores rurais Rosilei Aparecida da Silva Almeida, 47 anos, e seu marido Ailton Assis de Almeida, 56 anos, realizaram a primeira coleta com 90 litros de mel, que foram vendidos a conhecidos e em feiras locais.

Mato Grosso investe na produção de mel da agricultura familiar
A produtora Rosilei Aparecida da Silva Almeida está satisfeita com a produção de mel em sua propriedade – Foto: Empaer

O casal mora na Gleba Monjolo e, assim como outros produtores da comunidade, foi premiado com caixas de mel do Programa MT Produtivo-Apicultura. Desde o início do programa, em 2021, a Seaf já entregou 5.350 caixas de mel para agricultores familiares e indígenas de todas as regiões do Estado.

Segundo Rosilei, cada litro de mel da abelha africanizada Apis mellifera era vendido por R$ 100 e um favo de 700 gramas por R$ 70.”Não deu para quem queria. A venda do mel ajudava muito na nossa renda. Assim que recebemos as caixas, precisávamos aprender sobre cuidados, manuseio e técnicas de como utilizá-las, e nisso a Empaer foi fundamental.”.

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O produtor destaca que ter sido premiado com as caixas pela Seaf tornou possível um sonho que agora é realidade. “O preço de uma caixa é em torno de R$ 300 e eu precisava de cinco, não teria tanto dinheiro. Criar abelhas é uma arte, mas ter apenas algumas colmeias não é suficiente para ser apicultor. É preciso entender seu comportamento social, sua biologia e estar sempre atualizado quanto às técnicas de manejo e produção. É isso que torna a arte da apicultura ainda mais nobre e cativante.”, enfatiza Rosilei.

Opinião compartilhada pela agricultora Antônia Gomes Lima, 63 anos, que mora com o marido na fazenda Deus é Fiel. Ela enfatiza que são vários os fatores que influenciam a produção apícola e é fundamental conhecê-los muito bem para ter um manejo bem-sucedido.

Consegui juntar duas paixões, abelhas e flores. Estamos na Gleba Monjolo desde 2018 e sempre tive interesse em produzir mel. Ser contemplado com as caixas doadas pelo Seaf foi o primeiro passo e, com a orientação da Empaer, acredito que em breve produziremos para vender”, enfatiza Antônia.

A técnica da Empaer, Maria Elienai Correia, explica que o objetivo da assistência técnica é consolidar a apicultura no estado e ajudar a equilibrar e sustentar o meio ambiente. Ela lembra que os produtores da Gleba Monjolo também recebem orientações sobre a produção de pitaya, abacaxi e mandioca, mas alguns encontram na apicultura uma fonte de renda que tem feito diferença na qualidade de vida.

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Segundo Elienai, o clima, o pasto apícola, entre outros fatores, influenciam na produção de mel. “Mato Grosso tem potencial para o desenvolvimento da cadeia produtiva da apicultura, mas investimento e monitoramento são essenciais”.

Ela reforça que a produção de mel exige a manutenção das florestas em pé e a conservação dos recursos hídricos, pois as abelhas precisam de floração e água, o que acaba sendo uma atividade que promove inclusão econômica sustentável.

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A técnica também aponta a importância de se investir em pastagens apícolas, pois, pelo que foi observado no período de monitoramento, apenas a vegetação da região do cerrado não é suficiente. “Precisamos estimular outras floradas para aumentar a produção de mel na região. Um exemplo é o eucalipto, que floresce durante os 12 meses do ano. Mastic também é uma opção. Dela se aproveita a resina retirada das folhas e do caule, além do néctar e pólen das flores, que é o mel medicinal, entre outras espécies. As abelhas basicamente coletam néctar e pólen das flores para se alimentar.”.

Elienai reforça que conhecer as plantas visitadas pelas abelhas, seus períodos de floração e os recursos oferecidos foram informações importantes para os produtores entenderem a relação entre a flora apícola e suas colônias. Agora eles estão identificando períodos de abundância e escassez de alimentos. Ela conclui que os produtores são incentivados a promover a conservação e aumento do pasto apícola, fundamental para o sucesso da atividade.

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Fonte: Assessoria Empaer-MT

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