Novilhos ganham espaço e o papel do confinamento
Novilhos ganham espaço no manejo moderno, e o confinamento torna-se estratégico. Quando a pastagem falha ou é sazonal, o confinamento oferece ganho de peso estável. Com dieta controlada, a fazenda ganha previsibilidade na produção e no lucro.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Vantagens do confinamento para novilhos
Confinamento padroniza o ganho de peso. Isso facilita o planejamento de abate, custos e prazo de venda.
Proteção contra variações climáticas reduz perdas por temperatura ou chuva. A uniformidade de lotes facilita negociação com o frigorífico.
Manejo prático: alimentação, espaço e bem-estar
A base é uma dieta equilibrada com qualidade e disponibilidade.
Ofereça água limpa, sombra e ventilação para evitar estresse.
Combine forragem de boa qualidade com ração concentrada para alcançar o ganho desejado.
Monitoramento semanal do peso ajuda ajustar a dieta e o lote.
Inclua minerais, sal e água sempre disponíveis, com manejo sanitário.
- Avalie a disponibilidade de espaço e abrigo
- Defina a dieta inicial com base em silagem de qualidade
- Estabeleça uma rotina de alimentação e água
- Monitore o peso e ajuste conforme desempenho
Planejamento financeiro e transição entre pasto e confinamento
O confinamento exige investimento inicial em infraestrutura e manejo.
Faça um orçamento diário por animal para comparar com o custo de pasto.
O retorno vem com ganho de peso estável. Menor variação de preço facilita o planejamento.
Machos e fêmeas: dinâmicas de abate e preços
Machos ganham peso mais rápido que as fêmeas no confinamento, e isso muda quando é melhor vender. A decisão entre abater machos ou fêmeas depende do preço, do peso de carcaça e do objetivo da fazenda.
Por que as diferenças existem
Machos costumam ter maior taxa de ganho diário de peso no confinamento. Fêmeas valorizam fertilidade e manejo de matrizes. Por isso, o peso de abate e a qualidade da carcaça costumam divergir entre os grupos.
Impacto no preço e na carcaça
O preço por kg depende do peso final, acabamento e da demanda. Carcaças de machos bem terminados tendem a render mais por animal devido ao maior peso. Fêmeas podem ter preço menor por kg quando vendidas apenas pelo abate, mas mantê-las para reprodução pode ser mais lucrativo a longo prazo.
Planejamento prático
- Defina metas de peso de abate para cada lote e o tempo de término.
- Separe machos e fêmeas se o objetivo for otimizar o ganho, o custo de alimentação e o retorno financeiro.
- Calcule o custo por kg de ganho para cada grupo para orientar a dieta.
- Considere a retenção de matrizes quando houver oportunidade de manter o rebanho sem comprometer o fluxo de abate.
Estratégias de manejo para equilíbrio entre os grupos
Use dietas adequadas e água sempre disponível. Previna estresses que reduzem ganho de peso. Monitore o peso a cada semana e ajuste a dieta. Mantenha saúde sanitária para evitar perdas.
O ciclo pecuário em Mato Grosso e o olhar para 2025
O ciclo pecuário em Mato Grosso depende da chuva, da pastagem e do preço da carne. Hoje, o estado vive variações regionais, com áreas de confinamento ganhando peso rápido e pastagens que demoram a se recuperar após eventos climáticos extremos.
Dinâmica atual do ciclo
A região Centro-Oeste concentra grande parte da produção, mas cada comarca tem características próprias. Em áreas com boa chuva, o ganho de peso é mais estável e o abate ocorre em estágios mais previsíveis. Em anos de seca, o pasto reduz-se e o confinamento ganha espaço para manter o ritmo de produção. A demanda externa, especialmente da China, eleva o preço do boi gordo quando a oferta fica ajustada.
Os produtores que investem em manejo de pastagem, controle de lotes e nutrição bem planejada tendem a manter margens melhores. A logística de saída para os frigoríficos também influencia o preço pago por arroba, especialmente em regiões com gargalos de transporte.
Projeção para 2025
Para 2025, a tendência é de maior equilíbrio entre produção e demanda. Espera-se recuperação gradual das pastagens após a safrinha de milho e maior eficiência no uso de alimentações suplementares. O preço pode oscilar, mas a combinação de menor volatilidade climática e melhoria na infraestrutura tende a sustentar margens.
Os produtores que diversificam entre cria, recria e engorda, com planos de contingência para seca, terão vantagem. A adoção de tecnologias simples, como controle de peso por lote e rotação de pastagens, reduz custos e melhora a previsibilidade.
Estratégias práticas para o produtor
- Defina metas de peso de abate por lote e acompanhe semanalmente o desempenho.
- Invista em manejo de pastagem com recuperação rápida após chuvas, plantio de leguminosas e rotação de piquetes.
- Use suplementação estratégica durante a seca para manter o ganho de peso sem elevar demais os custos.
- Planifique a exportação com a sazonalidade de demanda, ajustando o cronograma de venda.
- Monitore o preço, os custos de alimentação e o peso vivo para manter a lucratividade.
Riscos e oportunidades
Riscos: variações climáticas extremas, inflação de insumos, gargalos logísticos e volatilidade do câmbio que afetam o custo da alimentação.
Oportunidades: melhoria de tecnologia de manejo, integração lavoura-pecuária, e a ampliação de mercados externos que valorizam o boi brasileiro de alta qualidade.
Com planejamento, o ciclo pecuário de MT pode manter o ritmo em 2025 e além, equilibrando produção, preço e renda da fazenda.
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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.
