“Teremos que discutir o preço da carne neste país. Vamos discutir se continuamos apenas exportando ou se deixamos um pouco para comermos”, disse Lula; Lembrando que foi no governo petista que a JBS se tornou a maior do setor de carne bovina.

O Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (10) que, se eleito, pretende “discutir” a política brasileira de exportação de carnes para reduzir os preços. PT falou em evento realizado em Taboão da Serra (SP). Vale lembrar que o PT apresentou uma proposta para regular o agronegócio e, seus deputados, apoiar o projeto que pretende tributar as exportações do setor que movimenta a economia do país.

O que eu quero é que você entre no açougue e compre carne. Por isso vamos ter que discutir o preço da carne naquele país. A gente vai discutir se vai continuar só exportando ou se vai deixar um pouco pra gente comer.”, disse o ex-presidente.

A inflação anualizada desacelerou em julho, mas o impacto dos preços dos alimentos nas famílias de muito baixa renda aumentou no período, segundo pesquisa do Poder360.

A possibilidade de reduzir as exportações brasileiras de carne, citada pelo candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já era uma medida tomada no Argentinae o país sofre as consequências negativas da decisão até hoje, diz o professor do Núcleo de Agronegócios da FGV, Felippe Serigati.

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No caso argentino, a redução das exportações resultou em perda de espaço para o setor no mercado internacional e impacto econômico para o país, “prejudicando a sociedade e a pecuária argentina, que ainda hoje pagam caro por isso”.

Para ele, a raiz do problema da fome no Brasil não é a falta de produção de alimentos, mas a falta de renda. “A pandemia veio, fez cair o rendimento de várias famílias, o que por si só já iria agravar a situação, e foi combinada com uma série de problemas no mercado internacional e nos preços dos combustíveis, com o preço das commodities a operar em níveis muito elevados”.

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Lula envolvido com o crescimento da maior empresa de proteína animal do mundo

Foi justamente durante os governos petistas que a JBS – hoje a maior produtora de proteína do mundo – conseguiu crescer com a contribuição do BNDES. Eles também tiveram seus nomes envolvidos em denúncias e contas estrangeiras, mas que não foram confirmadas até o momento.

Na denúncia, Batista disse que a conta tinha valores superiores aos que o MPF informou apurar. Seria pelo menos US$ 150 milhões. Seriam US$ 70 milhões para Dilma e US$ 80 milhões para Lula, ainda no governo, e mais em 2014, quando Dilma foi reeleita presidente.

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maior produtor do mundo

O petista destacou que um grande número de pessoas passa fome no país e que a população não quer “comer só ovos”. Ele destacou a posição do Brasil como “o primeiro produtor de carne do mundo”.

Durante seu discurso, Lula voltou a afirmar que, se eleito, pretende “mudar a reforma trabalhista”. O candidato utilizou o termo “escravidão” ao classificar a legislação vigente.

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Precisamos mudar a reforma trabalhista que eles fizeram e tirar as pessoas da escravidão. Não queremos cartão verde e amarelo, queremos carteira de trabalho de verdade, que seja assinada e que o trabalhador tenha férias, descanso semanal remunerado. Queremos acabar com a escravidão que eles estão nos fazendo passar”, disse o ex-presidente Lula.

Limitar a exportação é “caminho incerto e bastante incorreto”

Para Sergio De Zen, diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a ideia citada por Lula é “um caminho muito incerto e bastante incorreto em muitos países que a adotaram. Em geral, é preciso lembrar que não exportamos o animal inteiro, muitas vezes a própria exportação subsidia os cortes que são vendidos no mercado interno”.

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Segundo o diretor da Conab, existe o risco de que uma medida como essa faça com que “matamos uma das maiores fontes de renda da economia brasileira, que emprega milhões de pessoas, tenha um resultado muito positivo, principalmente pela produtividade números que tem ao longo do tempo”.

o preço de carne aumentaria no longo prazo no Brasil se houvesse um bloqueio às exportações, como citado pelo candidato presidencial Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diz o CEO da consultoria Agrifatto Lygia Pimentel.

Em entrevista com CNN neste domingo (11), Pimentel explicou que a medida, a princípio, faria o preço cair, mas haveria um desincentivo ao produtor, fazendo com que ele “produzisse menos” e gerando um efeito inverso mais tarde, de aumento de preços, e de uma forma muito mais difícil de lidar, porque a recuperação da produção levaria ainda mais tempo do que se os preços flutuassem livremente”.

“A As exportações brasileiras de carne bovina respondem atualmente por 30% de tudo o que é produzido, sendo 70% para o consumo interno. A partir do final de 2019, tivemos uma expansão dessa proporção, que era de 20% de toda a produção que era exportada, expandindo em função da peste suína africana que afetou os rebanhos suínos na Ásia”, diz Pimentel.

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Nesse sentido, a maior demanda chinesa é “pequena parte” na explicação para a alta dos preços, mais ligada ao ciclo da pecuária. Pimentel destaca que os preços já começam a cair no Brasil à medida que os produtores entram na fase do ciclo de aumento de produção e oferta.

Além disso, houve um ganho de espaço no consumo de carnes de frango e suína, em um processo “que tem a ver com fatores culturais e econômicos. Não é possível atribuir apenas o preço, ou a renda, à mudança de hábitos alimentares, que são muito mais complexos.”, explicou o diretor da Conab.

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