Decisão do Banco Central
A decisão do Banco Central de cortar a taxa Selic pela quarta vez seguida reflete um comportamento dos preços que era esperado pelos analistas financeiros. A redução de 0,5 ponto percentual alerta para a necessidade de ajustes na economia.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Ciclo de Elevação e Redução
Desde março de 2021 até agosto de 2022, a Selic foi elevada pelo Copom 12 vezes seguidas, em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Antes do início do ciclo de alta, a taxa estava no menor nível da série histórica, em 2% ao ano, mas o cenário mudou com a pandemia de covid-19, que levou o Banco Central a reduzir a taxa.
Controle da Inflação
A Selic é crucial para manter sob controle a inflação e sua redução impacta positivamente a produção e o consumo. O aumento do PIB nos últimos trimestres também é um sinal positivo para a economia e reflete a expectativa do mercado de um cenário de crescimento favorável para os próximos anos.
Estimativas e Projeções
Apesar da pressão inflacionária, as estimativas para a inflação oficial são mais otimistas do que as projeções oficiais, indicando um cenário favorável para a economia nos próximos anos. A revisão das estimativas torna-se cada vez mais relevante para acompanhar as mudanças no cenário econômico.
Impacto no Crédito e na Economia
A redução da taxa Selic tende a baratear o crédito e a impulsionar a produção e o consumo, mas também pode afetar o controle da inflação. A atuação do Banco Central é fundamental para equilibrar esses fatores e garantir um cenário econômico estável.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela quarta vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.
A taxa está no menor nível desde maio do ano passado, quando também estava em 11,75% ao ano. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Inflação
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, o indicador ficou em 0,28% e acumula 4,68% em 12 meses . Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada pelos economistas.
O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2023, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,75% nem ficar abaixo de 1,75% neste ano.
No Relatório de Inflação divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a estimativa de que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista para baixo na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de dezembro.
As previsões do mercado estão mais otimistas que as oficiais. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,51%, abaixo portanto do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,59%.
Crédito mais barato
A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia. Isso porque juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o Banco Central aumentou para 2,9% a projeção de crescimento para a economia em 2023.
O mercado projeta crescimento semelhante, principalmente após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas) cresceu 0,1% no terceiro trimestre , enquanto havia expectativa de queda. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2,92% do PIB em 2023.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Perguntas Frequentes sobre a Redução da Taxa Selic
Como a redução da Selic impacta a economia?
A redução da taxa Selic ajuda a estimular a economia, uma vez que juros mais baixos barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Isso pode contribuir para o aumento do PIB e do crescimento econômico.
Qual é o impacto da redução da Selic na inflação?
Por um lado, taxa de juros mais baixa dificulta o controle da inflação, já que taxas menores estimulam o consumo e a demanda. Por outro lado, a redução da Selic pode ajudar a movimentar a economia e estimular a produção, o que poderia, em longo prazo, impactar positivamente a inflação.
Como a redução da taxa Selic afeta o mercado financeiro?
A taxa Selic é usada como referência para as demais taxas de juros da economia. Portanto, a redução da Selic pode influenciar as taxas de empréstimos, financiamentos e investimentos, tornando o crédito mais barato e potencialmente estimulando a movimentação nos mercados financeiros.
Qual é a relação entre a Selic e a política monetária do Banco Central?
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação e estimular a economia. Portanto, o ajuste da taxa Selic está diretamente relacionado à política monetária adotada pelo Banco Central para alcançar metas de inflação e crescimento econômico.
O comportamento dos preços fez o Banco Central (BC) cortar os juros pela quarta vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.