#sou agro | Os especialistas do mercado financeiro sempre dizem que a regra número 1 na área de investimentos é nunca colocar todos os ovos na mesma cesta, ou seja, é necessário e importante diversificar. Esse é justamente o lema dos irmãos Kleber Francisco Carvalho (advogado) e Rafael Francisco Carvalho (diretor do Grupo Paraíso – Indústria e Comércio de Confecções), que em 2018 decidiram investir no agronegócio, mais especificamente na piscicultura, para expandir negócios.
Seus pais possuem uma fazenda no município de Terra Roxa, na região de Cascavel e Toledo, no Paraná, que até então era arrendada para lavoura. A localidade tinha o perfil ideal para iniciar a piscicultura, principalmente porque os dois municípios vizinhos, Maripá e Palotina, já eram fortes na piscicultura devido à presença do abatedouro de peixes da cooperativa C. Vale, instalada na região. “Eu e meu irmão somos sócios, nossa fazenda tem uma boa nascente no meio e na ponta tem um rio com todas as condições favoráveis. Foi quando fomos ver a questão do investimento e da parceria com a cooperativa”, disse Kleber.
Foi quando os empresários levantaram recursos para fazer os investimentos e fizeram as adequações na propriedade, dando início à criação, batizada de “Piscicultura Carvalho”. Foram construídos sete tanques, que juntos somam algo em torno de 70.000 m² de água, onde são criados cerca de 380.000 peixes por ano.
A Tilápia é o carro-chefe da propriedade e também da piscicultura no Paraná e no Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira de Piscicultura (peixe BR), apenas o estado do Paraná produziu 187 mil toneladas da espécie em 2022, o que corresponde a um aumento de 3,2% em relação a 2021, quando foram produzidas 181 mil toneladas. O estado é atualmente o líder nacional na produção de tilápia e é responsável por 34% de toda a produção brasileira.
Início da produção
Ao iniciar o projeto de piscicultura, os irmãos Carvalho não tinham experiência e foram ao mercado pesquisar as melhores tecnologias, produtos e serviços que proporcionassem eficiência na produção. Além disso, eles visitaram propriedades da região, identificando o que havia de bom e ruim em cada uma. “Nosso foco desde o início foi criar uma criação de excelência”, lembra Kleber.
O primeiro lote produzido, segundo o advogado, foi o mais difícil, afinal era um ramo totalmente novo, e a criação vai muito além de colocar o peixe na água, alimentá-lo, esperar, crescer e abater. Na verdade, é bastante complexo. “Não sabíamos se os peixes estavam bem ou se estavam ganhando peso, então foi um desafio mesmo com as orientações importantes dos técnicos da C. Vale. Na altura conseguimos engordar o peixe com cerca de 14 meses, o que não foi muito bom. Quanto maior o tempo de criação, mais problemas em termos de tempo, conversão alimentar, custo, ração e energia – o grande vilão. Tudo isso consome a lucratividade”, acrescentou.
a virada de chave
Depois dessa primeira experiência, no segundo lote os criadores tiveram que melhorar as margens e reduzir os erros. Foi então que buscaram ainda mais informações para melhorar o manejo e principalmente melhorar a ambiência dos peixes na água. Assim, conheceram o Bioboost da Superbac, um produto eficiente na qualidade da água. Afinal, estando bem, as tilápias se alimentariam melhor, diminuiriam o risco de doenças e consequentemente teriam melhor ganho de peso.
Usando soluções de ponta, incluindo Bioboost, a propriedade melhorou suas classificações, superando a maioria dos problemas. Atualmente, a média de retirada dos tanques de tilápia prontos para entrega à C. Vale é de cerca de 1 kg, em apenas dez meses de criação. “Na ponta do lápis, a diferença é bem grande. De tempos em tempos, conseguimos atingir o peso ideal em menos tempo, e isso se converte em lucratividade”, destaca o piscicultor.
Diferenciais
O Bioboost, utilizado na Piscicultura Carvalho, é um bioestimulador de formulação líquida para a degradação da matéria orgânica presente nos aquários. Entre seus diferenciais e benefícios, além da melhoria na qualidade da água, estão: possibilidade de aumentar o adensamento populacional do viveiro, consumo de lodo orgânico no fundo dos viveiros, redução no custo de limpeza mecânica, auxílio na redução de compostos nitrogenados e redução do custo da água. Outro ganho direto é a economia de energia com bombeamento e aeradores, aumentando o peso final do tempo, reduzindo o tempo de cultivo, melhorando a taxa de conversão alimentar e auxiliando no controle do ciclo do nitrogênio.
Recentemente, a propriedade começou a testar outra solução da Superbarc, o Organpesc. O produto é um bioestimulador para aplicação em viveiros de peixes e camarões para solubilizar nutrientes (Fósforo e Potássio) e disponibilizá-los para a proliferação do fitoplâncton (microalgas), que servem de complemento alimentar para peixes e camarões criados em cativeiro. “Estamos testando o Organpesc e nos próximos meses teremos os primeiros resultados”, concluiu Kleber.
(Com agências)


