Integração Lavoura-Pecuária: Benefícios e Práticas Sustentáveis nas Propriedades Brasileiras

A integração lavoura-pecuária (ILP) vem ganhando cada vez mais espaço nas propriedades brasileiras, com aproximadamente 46,7% das propriedades que utilizam confinamento implementando algum tipo de integração. Mas o que exatamente essa prática envolve e quais são os benefícios econômicos, ambientais e sociais que ela proporciona?

Neste artigo, vamos explorar a fundo o conceito de ILP, suas vantagens e os resultados positivos que tem trazido para as propriedades que adotam essa prática. Além disso, vamos analisar as diferentes formas de integração, como lavoura-pecuária, pecuária-floresta e lavoura-pecuária-floresta, e como elas contribuem para a sustentabilidade e produtividade das atividades agropecuárias.

A Importância da Integração Lavoura-Pecuária

A implementação da ILP vai muito além da simples coexistência de culturas e pastagens. Ela busca otimizar o uso da terra e dos recursos naturais, promovendo uma sinergia entre a agricultura e a pecuária. Ao planejar e executar essas atividades de forma integrada, é possível criar um ciclo virtuoso onde cada atividade beneficia a outra, resultando em ganhos para a propriedade como um todo.

O Sucesso da Integração nas Propriedades Paulistas

No estado de São Paulo, a implementação da ILP nas propriedades que utilizam confinamento está em 28,6%, com iniciativas bem-sucedidas que se destacam pela diversificação das atividades e melhores índices zootécnicos. Propriedades como o Confinamento 3M, a Fazenda Santa Gina e a Fazenda Guacho são exemplos de como a integração lavoura-pecuária tem contribuído para a rentabilidade, sustentabilidade e produtividade dessas propriedades.

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Benefícios da Integração Lavoura-Pecuária

A integração lavoura-pecuária (ILP) está se tornando uma prática difundida entre as propriedades brasileiras, com aproximadamente 46,7% das propriedades que utilizam o confinamento implementando algum tipo de integração. Esse sistema vai além da mera coexistência de culturas e pastagens, gerando vantagens econômicas, ambientais e sociais.

Práticas Bem-Sucedidas em São Paulo

No estado de São Paulo, a implementação da ILP está em 28,6% das propriedades pesquisadas. Na região, iniciativas bem-sucedidas de ILP foram destacadas, como no Confinamento 3M, em Piquerobi, e na Fazenda Santa Gina, em Presidente Epitácio. Essas propriedades obtiveram ganhos em produtividade, rentabilidade da terra, oferta de alimentos para o gado e sustentabilidade.

Cuidados e Destinação de Resíduos

Outro ponto relevante levantado foi a prática sustentável de cuidados e destinação de resíduos nos confinamentos. Dentre as estratégias adotadas, destaca-se a compostagem dos dejetos para fertilização orgânica, presente em 88,6% dos confinamentos pesquisados em São Paulo. Essas práticas contribuem para o ambiente saudável, produtivo e econômico das propriedades.

Dietas Variadas e Uso de Coprodutos

Para reduzir os custos nutricionais e aproveitar oportunidades de compra de insumos, os confinamentos em São Paulo adotam dietas variadas, incluindo coprodutos como bagaço de cana, melaço cítrico, polpa cítrica, entre outros. Essas práticas inovadoras garantem melhores resultados na nutrição do gado confinado.

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Conclusão

A prática da Integração Lavoura-Pecuária está se mostrando cada vez mais promissora e benéfica para as propriedades rurais brasileiras. A combinação de atividades agrícolas e pecuárias de forma integrada não só proporciona vantagens econômicas, ambientais e sociais, mas também contribui para a sustentabilidade dos sistemas produtivos.

Os casos de sucesso apresentados durante a expedição Confina Brasil demonstram como a ILP pode ser implementada de maneira eficiente, gerando melhores resultados em termos de rentabilidade, produtividade e uso sustentável dos recursos naturais. A diversificação das atividades, o manejo integrado de culturas e animais, e a utilização de coprodutos e resíduos de forma sustentável são práticas que estão se destacando e sendo adotadas com sucesso pelos produtores rurais.

Portanto, a adoção da Integração Lavoura-Pecuária pode ser uma estratégia vantajosa para as propriedades rurais, proporcionando não apenas benefícios econômicos, mas também contribuindo para a preservação do meio ambiente e a produção de alimentos de forma sustentável. É importante que mais produtores conheçam e considerem a implementação da ILP em suas propriedades, visando a melhoria da atividade agropecuária e o desenvolvimento sustentável do setor.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Otimizando a integração lavoura-pecuária nas propriedades brasileiras

A integração lavoura-pecuária (ILP) está se tornando uma prática comum entre as propriedades brasileiras, trazendo benefícios econômicos, ambientais e sociais. De acordo com dados do Benchmarking Confina Brasil, aproximadamente 46,7% das propriedades que utilizam o confinamento implementam algum tipo de integração. A ILP busca otimizar o uso da terra e dos recursos naturais, planejando e executando de forma conjunta as atividades agrícolas e pecuárias.

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Quais são os benefícios da integração lavoura-pecuária?

A ILP gera vantagens como melhor rentabilização da terra, diversificação da atividade, oferta de alimentos para o gado e sustentabilidade. Além disso, contribui para a reciclagem de nutrientes no solo e melhora a fertilidade e estrutura do solo a longo prazo.

Como a ILP é implementada nas propriedades de São Paulo?

No estado de São Paulo, 28,6% das propriedades que utilizam confinamento implementam a ILP. Exemplos de sucesso nesta prática podem ser observados na Fazenda Santa Gina, Confinamento 3M e Fazenda Guacho, onde a integração tem proporcionado melhores índices zootécnicos, redução de custos e maior produtividade.

Qual é o impacto da integração na fertilização do solo?

Os dejetos dos animais são aproveitados de forma sustentável na fertilização orgânica, melhorando a produtividade das operações agropecuárias. Práticas como a compostagem e distribuição dos resíduos nas áreas de lavoura e pastagem têm se mostrado eficazes na Fazenda Guacho e Agropecuária Lanzi, aumentando a produtividade das plantações e gerando renda extra.

Como a ILP contribui para a viabilidade econômica dos confinamentos?

A diversificação das dietas dos animais, o uso de coprodutos e diferentes processos de armazenagem de insumos são estratégias adotadas para reduzir custos e melhorar a rentabilidade. Propriedades como o confinamento CSAP e Boitel Chaparral têm obtido sucesso na elaboração de dietas balanceadas e aproveitamento de insumos, refletindo em melhor desempenho econômico.

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Quais são as inovações encontradas nos confinamentos em São Paulo?

Os confinamentos estão investindo em práticas inovadoras, como o manejo do milho reidratado, armazenamento estratégico de grãos e produção de dietas próprias. O confinamento Gasparim e Boitel Chaparral são exemplos de propriedades que têm se destacado pela eficiência e inovação em suas operações.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Fazenda Santa Gina: boas práticas foram evidenciadas nas primeiras visitas da expedição Confina Brasil, que fechou a primeira semana passando por 12 cidades do Oeste paulista

A integração lavoura-pecuária (ILP) está se tornando uma prática difundida entre as propriedades brasileiras, conforme revelado pelos dados do Benchmarking Confina Brasil, reunidos pelos técnicos da Scot Consultoria.

De um total de 180 propriedades pesquisadas em 2023, que utilizam o confinamento, aproximadamente 46,7% implementam algum tipo de integração, seja lavoura-pecuária, pecuária-floresta ou lavoura-pecuária-floresta.

A Integração Lavoura-Pecuária vai muito além da mera coexistência de culturas e pastagens, gerando uma série de vantagens econômicas, ambientais e sociais.
De acordo com a Embrapa, considera-se ILP um sistema de produção integrado que busca otimizar o uso da terra e dos recursos naturais. Nele, a agricultura e a pecuária são planejadas e executadas de forma conjunta, de maneira que uma atividade complemente e beneficie a outra.

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“A ideia é criar um ciclo virtuoso onde a lavoura melhora as condições para a pecuária e vice-versa. Após a colheita de uma cultura de grãos, por exemplo, a área pode ser utilizada para pastagem, proporcionando alimento para os bovinos e ao mesmo tempo contribuindo para a reciclagem de nutrientes no solo. Da mesma forma, a presença de bovinos em área de lavoura pode contribuir para a fertilização do solo com seus dejetos”, explica a equipe técnica da Scot Consultoria.

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Rota paulista se destaca pelas iniciativas bem-sucedidas de ILP.

No estado de São Paulo, a implementação nas propriedades pesquisadas, que utilizam confinamento, está em 28,6%. A rota paulista se destaca pelas iniciativas bem-sucedidas de ILP.

As boas práticas foram evidenciadas nas primeiras visitas da expedição Confina Brasil, que fechou a primeira semana passando por 12 cidades do Oeste paulista.

O benefício da diversificação da atividade, assim como a melhor rentabilização da terra, oferta de alimentos para o gado e a sustentabilidade foram vistos em algumas das propriedades, que ainda obtiveram ganhos com redução de custos e melhores índices zootécnicos.

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É o caso, por exemplo, do Confinamento 3M, em Piquerobi, que além da pecuária, trabalha com lavoura, integrando a plantação de soja com capim. O rendimento de carcaça médio e o ganho médio diário do confinamento se mostraram acima da média obtida para o estado, durante a pesquisa de 2023. Esses números são um testemunho do sucesso da gestão e da eficácia das práticas adotadas na fazenda.

A Fazenda Santa Gina, localizada em Presidente Epitácio também se beneficia da integração. Há 14 anos, a propriedade implementou o sistema ILP com uma estratégia bem definida: a plantação de soja precedida por capim, preparando o solo para receber a forrageira. Outro destaque é o uso de mix de culturas, como o feijão guandu, que tem a capacidade de fixar nitrogênio no solo. Essa prática não só melhorou o desempenho das forrageiras, aumentando seu teor de proteína, mas também contribui para a saúde do solo a longo prazo, promovendo melhorias significativas em sua estrutura e fertilidade.
O sistema ILP permitiu que a Fazenda Santa Gina não só otimizasse o uso da terra, mas também produzisse sua própria silagem para a alimentação do gado confinado, garantindo qualidade em seu insumo e menor custo para o confinamento.
O manejo integrado dessas culturas com o gado aumentou significativamente a produtividades das lavouras, assim como a performance do rebanho.

Também a Fazenda Guacho, confinamento AGV, do grupo Agroterenas, localizada em Santa Cruz do Rio Pardo, dedica metade de suas áreas à pastagem e quase um quarto a agricultura, com a produção de cana-de-açúcar, grãos e laranja. A fazenda adota sistemas integrados, combinando capim com milho e soja.

Os dejetos deixam de ser um problema e se tornam uma solução.
Outro ponto de destaque levantado pela equipe da Scot Consultoria foram as práticas de cuidados e destinação de resíduos e dejetos de forma sustentável, presente fortemente nos confinamentos à nível Brasil.

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De acordo com o último levantamento feito pelo Confina Brasil, de 10 confinamentos pesquisados no estado de São Paulo, 88,6% deles realizam o aproveitamento de dejetos para fertilização orgânica, utilizando-os tanto na pastagem quanto na lavoura, sendo uma prática sustentável e que melhora a produtividade das operações agropecuárias.

O confinamento 5 Estrelas, que fica em Estrela d’Oeste, é um dos destaques neste quesito na primeira semana de expedição. Com uma estrutura exemplar, o boitel inaugurado recentemente faz uso da porção líquida dos dejetos do confinamento na fertirrigação do tifton, enquanto os sólidos são parcialmente usados na pastagem e o restante comercializados, como renda alternativa para o confinamento.

A drenagem estratégica dos currais de engorda e a limpeza frequente das baias, não só contribuem para a adubação da pastagem como também previnem problemas com lama na época das chuvas. Além disso, evita a proliferação de doenças.

Já o confinamento Pau d’Alho, de Presidente Venceslau, possui um sistema de tratamento dos dejetos, utilizando uma composteira para o enriquecimento do conteúdo. O composto, enriquecido com gesso, é posteriormente aplicado na pastagem e lavoura, e o excedente é vendido ou trocado por insumos com outras propriedades.

Assim faz também a Agropecuária Lanzi, de Garça, que otimiza o uso dos resíduos do confinamento, impulsionando a produtividade da lavoura de milho. Com um aumento significativo na produção, passando de 100 para cerca de 125 sacas/ha por conta do uso do esterco produzido pelo gado confinado, os gestores vislumbram não apenas suprir suas necessidades internas, mas também gerar uma renda extra vendendo o excedente com esse subproduto.

Da mesma forma, a Fazenda Guacho, de Santa Cruz do Rio Pardo, faz coleta periódica das baias, seguida pela compostagem e distribuição do composto nas áreas de lavoura e pastagem, comprovando ganho em produtividade especialmente nas plantações de laranja, uma das atividades “carro chefe” do grupo Agroterenas, após a adoção dessas práticas.

O administrador do confinamento, Maurício Pegoraro, enfatiza: “jogando esterco na pastagem ou lavoura, você está acrescentando matéria orgânica ao solo. Com o processo de enriquecimento (compostagem), você potencializa a mineralização de nutrientes presentes nesse composto para o solo”.

Essa abordagem sustentável contribui para a viabilidade econômica e ambiental dos confinamentos, além de um ambiente saudável e produtivo para os bovinos.

Dietas variadas, uso de coprodutos e diferentes processos de armazenagem garantem melhores resultados em confinamentos no estado de São Paulo.

Manter o custo nutricional reduzido e ainda conseguir aproveitar oportunidades de compra de insumos no mercado são grandes desafios em qualquer propriedade. Entre os confinamentos paulistas visitadas pela primeira rota do Confina Brasil, foram encontradas soluções interessantes, contrabalanceando essas questões.

No confinamento CSAP, em Buritama, a dieta dos bovinos é composta por uma variedade de ingredientes, incluindo coprodutos que podem impactar positivamente no bolso do pecuarista. A localização do confinamento permite o uso de insumos como bagaço de cana, melaço cítrico, polpa cítrica, torta de algodão, gérmen de milho e caroço de algodão.

A propriedade é cliente da Nutron – uma das empresas parceiras da expedição -, que auxilia na elaboração de dietas para que elas se adequem a cada fase dentro do confinamento e aproveitem os insumos disponíveis pelo melhor preço. O uso de barracões infláveis também foi uma alternativa encontrada pelo confinamento para solucionar a necessidade de espaço e armazenamento. Essa estratégia permite aproveitar os melhores preços dos insumos e manter um estoque adequado.

O confinamento Gasparim, localizado em Presidente Bernardes, destaca-se pela inovação em suas práticas, especialmente no manejo do milho reidratado, no processamento deste insumo um sistema de elevador e esteiras permite o transporte do milho para a reidratação, seguido por uma distribuição estratégica nas trincheiras de concreto. Esse investimento, além de otimizar a produção, diminui o tempo de operação e facilita a logística do confinamento. Além das trincheiras para armazenamento do grão reidratado, também contam com dois barracões para armazenamento de grãos, inicialmente sem serem divididos em box, surgiu a solução do uso de blocos de concreto que se encaixam entre eles, proporcionando uma solução dinâmica para a organização do espaço e flexibilidade de expansão.

No Boitel Chaparral, de Rancharia, o DDG (coproduto da destilaria do milho) é parte da composição da dieta do gado confinado. O confinamento possui uma fábrica para produção da própria dieta, incluindo a produção de seu próprio núcleo.

O aproveitamento de resíduos na nutrição foi, inclusive, o ponta pé inicial para a Fazenda Guacho, de Santa Cruz do Rio Pardo. O confinamento nasceu com o intuito de destinar a polpa cítrica úmida resultante da produção de citrus do grupo, e hoje a atividade do confinamento tem crescido anualmente.

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