#sou agro | De 22 a 26 de maio, 25 alunos das áreas de Agronomia e Biologia terão a oportunidade de adquirir conhecimentos fundamentais no estudo e identificação de insetos parasitóides com relevância econômica na agricultura. O curso é inédito no Estado e será realizado no Laboratório de Ensino de Biologia da Universidade Federal do Acre (UFAC)em parceria com o Embrapa Acre.
Com duração de 40 horas, o treinamento visa fornecer noções básicas de taxonomia de parasitóides, com ênfase em aspectos ecológicos, técnicas de coleta e sua importância econômica como controladores naturais de populações de insetos-praga em culturas agrícolas.
O material utilizado no curso faz parte de um acervo com mais de 2.000 exemplares de insetos coletados e identificados na Terra Indígena Puyanawa, localizada no Município de Mâncio Lima, região do Juruá. A ação faz parte de um projeto de pesquisa, coordenado pela Embrapa, para fortalecer a agricultura com os povos indígenas.
Segundo o pesquisador da Embrapa Acre, Rodrigo Santos, o curso tem potencial para motivar alunos e profissionais a estudarem esses insetos com maior profundidade, permitindo que o Acre conte com taxonomistas qualificados em um futuro próximo. “O estado do Acre carece de conhecimento sobre os inimigos naturais presentes em seu território. Por isso, a importância de conhecer as espécies de himenópteros parasitóides, insetos que possuem íntima relação com seus hospedeiros, que ocorrem na região para identificar insetos com potencial para serem utilizados em programas e controle biológico aplicado. A escassez de profissionais especializados nesta área temática é um desafio que precisa ser superado”.
Esses insetos, os himenópteros parasitóides, depositam seus ovos dentro ou sobre o corpo do hospedeiro, e as larvas se desenvolvem consumindo o hospedeiro nos estágios de ovo, larva, ninfa, pupa ou adulto, resultando em sua morte. Essa característica torna esses insetos valiosos no controle biológico de pragas agrícolas, reduzindo a necessidade de pesticidas químicos nocivos ao meio ambiente.
O conhecimento da taxonomia dos himenópteros parasitóides é essencial para identificar as espécies presentes em uma determinada região, entender suas interações ecológicas, proporcionar ambientes favoráveis à sua permanência e desenvolver estratégias eficientes de controle biológico. Além disso, a criação de insetos em laboratório para uso como inseticidas naturais é uma prática promissora que pode contribuir para a redução das populações de insetos-praga em culturas agrícolas, com redução dos danos às culturas e dos custos associados ao controle de pragas.
“O curso representa um importante marco para o estado do Acre, possibilitando a formação de profissionais capacitados e motivados a contribuir com o estudo e a aplicação prática dos himenópteros parasitóides como aliados no controle de pragas agrícolas. A parceria entre instituições renomadas e o envolvimento de pesquisadores qualificados demonstram a relevância desse campo de estudo e o potencial que ele tem para impulsionar o desenvolvimento sustentável da agricultura na região”, explica o professor da Ufac Vanderley Santos.
(Com EMBRAPA)
(Emanuely/Sou Agro)


