#sou agro | Com queda de 0,04% no Índice de Preços Regionais do Paraná – Alimentos e Bebidas, calculado mensalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (Ipardes), metade dos municípios que compõem a pesquisa observou queda de preços em março.
Da alta de 0,63% em fevereiro, a reversão do IPR – Alimentos e Bebidas para queda em março se deveu a quedas de preços em três municípios: Cascavel (0,48%), Curitiba (0,44%) e Maringá (0,09%). que foram compensados pelos aumentos em Foz do Iguaçu (0,56%), Londrina (0,12%) e Ponta Grossa (0,07%).
Entre os itens que compõem a cesta de produtos IPR que levaram a essa queda estão maçã (-21,86%), batata (-19,65%) e cebola (-6,69%). Por outro lado, em março, os destaques foram os aumentos de preços da banana (17,00% – kg), ovos de galinha (14,20% – dúzia) e tomate (7,04% – kg).
Segundo o diretor de Estatística do Ipardes, Daniel Nojima, em março as principais contribuições para o índice vieram de frutas e verduras e outros itens como café e óleo de soja. “O óleo de soja, auxiliado pela safra recorde no Paraná de produção de grãos, teve queda de 5,5%, enquanto o café teve queda de 1,6%”, diz.
No mês, as principais altas ocorreram em frutas e hortaliças como banana e tomate, já que houve queda na produtividade no início do ano, além da influência do preço dos ovos de galinha, que tiveram demanda aquecida desde fevereiro.
12 MESES ACUMULADOS – No Paraná, a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 7,57%, sendo a maior observada em Maringá (8,34%) e a menor em Cascavel (6,64%).
Entre os produtos com maiores altas de abril de 2022 a março de 2023 estão biscoitos (41,17%), maçãs (26,76%) e ovos de galinha (24,70%). Entre os produtos que tiveram as maiores quedas de preços neste período, destaque para o tomate (-28,08%), óleo de soja (-20,01%) e batata (-13,62%).
QUEDA NA INFLAÇÃO – Nojima explica que o importante a se observar nos novos números do IPR é a continuidade da trajetória de queda expressiva da inflação de alimentos, iniciada no segundo semestre do ano passado e continua no início do ano.
“O IPR acumula alta de apenas 0,4% nos três primeiros meses deste ano. A título de comparação, no mesmo período do ano passado, o IPR havia acumulado uma inflação de 7,4%, movimento que obedeceu a um contexto geral de alta de preços em toda a economia nacional e internacional”, explica o Diretor de Estatística.
Essa fase foi marcada por vários aumentos de custos na economia, como energia, combustível, insumos agrícolas. “Soma-se a isso o impacto da forte seca que prejudicou a produção de diversas safras e a Guerra da Ucrânia, que influenciou os preços na cadeia agrícola mundial, como, por exemplo, o trigo”, diz.
Agora, no início do ano, Nojima refere que vários destes elementos se dissiparam e, em particular, o clima permitiu este ambiente de preços favorável para o início de 2023.
INDICADOR – Lançado em 15 de dezembro de 2022, o IPR utiliza registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes registra uma média de 382 mil notas fiscais eletrônicas por mês emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diversos portes localizados nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.
Os 35 produtos avaliados foram definidos com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses. O instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a oscilação do preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.
Com a análise detalhada dos índices do Ipardes, as maiores cidades paranaenses conseguem saber com exatidão o comportamento dos preços dos alimentos, que tem impacto relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas à situação inflacionária de cada cidade.
(Com AEN)
(Emanuely/Sou Agro)


