O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) atingiu a média de 127,2 pontos em abril, um aumento de 0,8 ponto (0,6%) em relação a março, mas 31,2 pontos (19,2%) abaixo na comparação para o mesmo mês de 2022.

A ligeira subida deveu-se à forte subida do índice de preços do açúcar, aliada à recuperação do índice de preços das carnes, enquanto os índices de preços dos cereais, laticínios e óleos vegetais continuaram em queda. O resultado marca o primeiro aumento em um ano.

O subíndice de preços de cereais registrou média de 136,1 pontos em abril, 2,4 pontos (1,7%) a menos em relação a março e 33,5 pontos (19,8%) abaixo do mesmo período do ano anterior. Segundo a entidade, o resultado reflete a queda das cotações internacionais dos principais grãos, que compensaram a alta do índice do arroz na comparação mês a mês.

Os preços internacionais do trigo, que caíram 2,3% em abril, atingiram o menor nível desde julho de 2021, principalmente por causa da oferta robusta da Rússia e da Austrália. No caso do milho, os preços foram pressionados principalmente pela produção brasileira recorde.

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A pesquisa mensal da FAO também mostrou que o subíndice de preços da Óleos vegetais registrou média de 130 pontos em abril, 1,8 ponto (1,3%) a menos em relação a março, em seu quinto mês consecutivo de queda.

“A queda contínua no índice refletiu o efeito combinado dos preços mundiais estáveis ​​do óleo de palma e preços mais baixos para os óleos de soja, colza e girassol”, disse. justificou a FAO.

Assim como no caso do milho, os preços do óleo de soja também foram pressionados pela possibilidade de oferta recorde do Brasil, apesar das perspectivas menores para a Argentina.

Carnes em alta – O subíndice de preços de carne apresentou média de 114,5 pontos em abril, alta de 1,5 ponto (1,3%) em relação a março, mas 7,4 pontos (6,1%) abaixo do mesmo mês do ano anterior.

No mês, os preços da carne suína foram os que mais subiram, “devido ao aumento das importações dos países asiáticos e contínuas restrições de oferta em vários dos principais exportadores causadas por altos custos de produção e problemas de saúde animal”disse à FAO.

A carne de aves se recuperou após nove meses de quedas, com maior demanda da Ásia e surtos de gripe aviária restringindo a oferta.

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Os preços internacionais de carne bovina também aumentaram, em resposta à queda no abate de bovinos nos Estados Unidos, completou a entidade, enquanto os de ovinos permaneceram praticamente estáveis.

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O subíndice de preços de lacticínios registrou média de 124,6 pontos em abril, queda de 2,2 pontos (1,7%) em relação a março e de 22,1 pontos (15,1%) em relação a março/22, segundo a agência. Os preços do leite em pó caíram pelo décimo mês consecutivo, pressionados pela menor demanda e menor importação do produto.

A FAO ainda registrou média de 149,4 pontos em abril para o subíndice de preços do açúcar, aumento de 22,4 pontos (17,6%) em relação a março. O número marca o terceiro avanço mensal consecutivo e o maior patamar desde outubro de 2011.

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Segundo o órgão, a máxima preocupa com uma oferta restrita na temporada 2022/23, após novas reduções para China e Índia, além da produção abaixo do esperado na Tailândia e na União Europeia.

“Apesar das perspectivas positivas para a safra de cana-de-açúcar de 2023 no Brasil, o início lento da safra devido às chuvas acima da média deu suporte adicional aos preços”acrescentou a FAO, lembrando que a alta do preço do petróleo e a queda do dólar em relação ao real também impulsionaram os ganhos.

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Portal DBO

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