Problemas com importação de lácteos em 2023

Impacto na cadeia produtiva

Em 2023, as importações massivas de produtos lácteos beneficiaram os consumidores brasileiros, reduzindo os preços no varejo. No entanto, isso teve um sério impacto na cadeia produtiva, provocando muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, em meio à ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais. A Federação das Agricultura de Santa Catarina (FAESC) alertou o Ministério da Agricultura sobre a desorganização dessa cadeia produtiva, enquanto participava de manifestações e articulações políticas.

Aumento expressivo das importações

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as importações de lácteos quase dobraram em 2023, totalizando 231,3 mil toneladas, representando um custo de 853,62 milhões de dólares. São Paulo foi o estado que mais importou lácteos em 2023, seguido por Santa Catarina. Isso agravou ainda mais o desgaste provocado pela estiagem e enchentes ao longo do ano, além da entrada massiva de produtos lácteos do Mercosul.

Posicionamento da FAESC e soluções propostas

A FAESC apelou para que os laticínios e o varejo reduzam as importações e voltem a priorizar o leite produzido no Brasil, salientando a importância da cadeia produtiva do leite para a segurança alimentar do país. Além disso, a entidade propõe a regulamentação das importações e a implementação de uma política de apoio ao setor, incluindo a redução da tributação, criação de mercado futuro para commodities lácteas, subsídios para pequenos e médios produtores, e uso obrigatório de produtos lácteos de origem nacional em programas sociais.

Principais países exportadores

A maior parte do leite importado em 2023 era proveniente da Argentina e do Uruguai, países do Mercosul. A Argentina liderou as remessas ao Brasil, com 45,5% do total de produtos lácteos importados, seguida pelo Uruguai. Ambos os países registraram um significativo aumento nas transações em relação ao ano anterior.

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Com isso, é importante buscar maneiras de reorganizar a cadeia produtiva e proteger os produtores menos favorecidos, criando barreiras para evitar a destruição das estruturas produtivas nacionais de lácteos. É essencial conciliar a importância de preços acessíveis para os consumidores com a sustentabilidade da cadeia produtiva nacional.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo




São dois lados de uma mesma moeda: em 2023 as maciças importações de lácteos beneficiaram o consumidor brasileiro com a queda de preços no varejo, mas abalaram a cadeia produtiva e levaram muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais.


A complexidade dessa questão foi levantada em junho do ano passado, quando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) alertou o Ministério da Agricultura que as importações excessivas estavam desorganizando a cadeia produtiva e afetando diretamente a agricultura familiar, fazendo-a desistir desse segmento da agropecuária barriga-verde. A FAESC participou de manifestações e articulações políticas que envolveram toda a cadeia produtiva.


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Nesta semana, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou que as importações de lácteos quase dobraram em 2023. De acordo com o MDIC, as importações brasileiras de lácteos (leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo) encerraram o ano de 2023 com alta de 74,2% em relação ao ano anterior. As compras totalizaram 231,3 mil toneladas de janeiro a dezembro, e os desembolsos, 853,62 milhões de dólares (+66%).


São Paulo foi o estado que mais importou lácteos em 2023 (26,8%) – quase um terço do total nacional – com desembolso de 229 milhões de dólares, quantia 64,8% maior que a aplicada em 2022. Santa Catarina ficou na segunda posição, com aquisições que somam 168 milhões de dólares (+54,9%) e participação de 19,7%.


O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo fez um apelo para que os laticínios e as redes de varejo reduzam as importações e voltem a priorizar o leite do produtor rural brasileiro. “A cadeia produtiva do leite é essencial para a segurança alimentar do Brasil”, assinalou o dirigente. Lembrou que o ano de 2023 foi penoso para o produtor de leite em consequência da conjunção de estiagem no verão, enchentes provocadas pelo El Niño ao longo do ano e entrada massiva de lácteos do Mercosul. Acredita que neste ano a tendência é de melhoria a partir de março, com retomada do consumo pela volta das atividades escolares.


Uma das soluções que a FAESC propõe em sintonia com a CNA é regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil. Paralelamente, o presidente Pedrozo defende uma política de apoio ao setor que inclua medidas articuladas entre os governos da União e dos Estados para estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, EGF (empréstimos do Governo Federal) para o leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo. Outras medidas incluem aquisição subsidiada de tanques de resfriamento e outros equipamentos para pequenos e médios produtores, o uso obrigatório de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.

 


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IMPORTAÇÕES


A maior parte do leite importado em 2023 era de origem argentina e uruguaia, países do Mercosul cujas operações são isentas da Tarifa Externa Comum (TEC). Foi o segundo ano consecutivo com alta na aquisição externa de lácteos, principalmente com origem no Uruguai e na Argentina. Em 2022, o país importou 514 milhões de dólares e acumulou um crescimento de 64% ante os 12 meses de 2021, ou seja, dez pontos percentuais a menos que o resultado acumulado em 2023 sobre o ano anterior.


De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Argentina consolidou-se como líder nas remessas ao Brasil, com participação de 45,5% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no ano passado. O incremento é de 40% em relação ao ano anterior, com faturamento de 388 milhões de dólares – acréscimo de 111 milhões de dólares sobre os negócios de 2022. De outro lado, o Uruguai deu um salto ainda maior, com variação de 87,7% nos negócios realizados de um ano para outro. O país faturou 354 milhões de dólares, mais 166 milhões de dólares que em 2022, abocanhando uma fatia de 41,5% das transações.


As informações são da Faesc, adaptadas pela equipe MilkPoint. 


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H2: Importações de lácteos em 2023 e sua influência na cadeia produtiva de laticínios

São dois lados de uma mesma moeda: em 2023 as maciças importações de lácteos beneficiaram o consumidor brasileiro com a queda de preços no varejo, mas abalaram a cadeia produtiva e levaram muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais.

3 – O impacto na cadeia produtiva e na agricultura familiar
A complexidade dessa questão foi levantada em junho do ano passado, quando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) alertou o Ministério da Agricultura que as importações excessivas estavam desorganizando a cadeia produtiva e afetando diretamente a agricultura familiar, fazendo-a desistir desse segmento da agropecuária barriga-verde. A FAESC participou de manifestações e articulações políticas que envolveram toda a cadeia produtiva.

4 – O crescimento das importações
Nesta semana, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) confirmou que as importações de lácteos quase dobraram em 2023. De acordo com o MDIC, as importações brasileiras de lácteos (leite, creme de leite e laticínios, exceto manteiga ou queijo) encerraram o ano de 2023 com alta de 74,2% em relação ao ano anterior. As compras totalizaram 231,3 mil toneladas de janeiro a dezembro, e os desembolsos, 853,62 milhões de dólares (+66%).

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5 – Principais estados importadores
São Paulo foi o estado que mais importou lácteos em 2023 (26,8%) – quase um terço do total nacional – com desembolso de 229 milhões de dólares, quantia 64,8% maior que a aplicada em 2022. Santa Catarina ficou na segunda posição, com aquisições que somam 168 milhões de dólares (+54,9%) e participação de 19,7%.

6 – Medidas e propostas para mitigar os efeitos das importações
O presidente da FAESC José Zeferino Pedrozo fez um apelo para que os laticínios e as redes de varejo reduzam as importações e voltem a priorizar o leite do produtor rural brasileiro. Uma das soluções que a FAESC propõe em sintonia com a CNA é regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil. Paralelamente, o presidente Pedrozo defende uma política de apoio ao setor que inclua medidas articuladas entre os governos da União e dos Estados para estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, EGF (empréstimos do Governo Federal) para o leite, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo. Outras medidas incluem aquisição subsidiada de tanques de resfriamento e outros equipamentos para pequenos e médios produtores, o uso obrigatório de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.

H3: Importações de lácteos e origem dos produtos
A maior parte do leite importado em 2023 era de origem argentina e uruguaia, países do Mercosul cujas operações são isentas da Tarifa Externa Comum (TEC). Foi o segundo ano consecutivo com alta na aquisição externa de lácteos, principalmente com origem no Uruguai e na Argentina. Em 2022, o país importou 514 milhões de dólares e acumulou um crescimento de 64% ante os 12 meses de 2021, ou seja, dez pontos percentuais a menos que o resultado acumulado em 2023 sobre o ano anterior.

7 – Remessas de lácteos do Uruguai e da Argentina
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Argentina consolidou-se como líder nas remessas ao Brasil, com participação de 45,5% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no ano passado. O incremento é de 40% em relação ao ano anterior, com faturamento de 388 milhões de dólares – acréscimo de 111 milhões de dólares sobre os negócios de 2022. De outro lado, o Uruguai deu um salto ainda maior, com variação de 87,7% nos negócios realizados de um ano para outro. O país faturou 354 milhões de dólares, mais 166 milhões de dólares que em 2022, abocanhando uma fatia de 41,5% das transações.

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1. Quais foram as consequências das maciças importações de lácteos para a cadeia produtiva brasileira em 2023?
R: As importações beneficiaram o consumidor com queda de preços, mas abalaram a cadeia produtiva e levaram muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais.

2. Qual foi a posição das importações brasileiras de lácteos em relação ao ano anterior?
R: As importações brasileiras de lácteos encerraram o ano de 2023 com alta de 74,2% em relação ao ano anterior.

3. Quais estados brasileiros se destacaram nas importações de lácteos em 2023?
R: São Paulo foi o estado que mais importou lácteos em 2023, seguido por Santa Catarina.

4. Quais países lideraram as remessas ao Brasil de lácteos em 2023?
R: A Argentina consolidou-se como líder nas remessas ao Brasil, com participação de 45,5% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no ano passado, seguida pelo Uruguai.

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5. Quais medidas a FAESC propõe para lidar com a questão das importações de lácteos no Brasil?
R: A FAESC propõe regular a importação, criar gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil, e também defende uma política de apoio ao setor que inclua medidas articuladas entre os governos da União e dos Estados para estimular a produção e o consumo.

FAQ sobre Importação de Lácteos no Brasil em 2023

O que são lácteos?

Os lácteos são produtos alimentícios que derivam do leite, como leite pasteurizado, creme de leite, e diversos tipos de queijos e manteigas.

Quais foram os impactos da importação maciça de lácteos no Brasil em 2023?

A importação maciça de lácteos em 2023 beneficiou o consumidor com a queda de preços no varejo, porém abalou a cadeia produtiva do país, levando muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira e criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais.

Qual foi a reação da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) em relação a esse cenário?

A FAESC alertou o Ministério da Agricultura sobre as importações excessivas desorganizando a cadeia produtiva e afetando diretamente a agricultura familiar em Santa Catarina. A federação participou de manifestações e articulações políticas envolvendo toda a cadeia produtiva.

São dois lados de uma mesma moeda: em 2023 as maciças importações de lácteos beneficiaram o consumidor brasileiro com a queda de preços no varejo, mas abalaram a cadeia produtiva e levaram muitos produtores rurais a abandonar a atividade leiteira, criando séria ameaça de desabastecimento de matéria-prima para as indústrias laticínias nacionais.

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