O problema da cigarrinha-do-milho na agricultura

A cigarrinha-do-milho tornou-se um problema sério para a agricultura, causando danos diretos e indiretos nas plantas de milho. A transmissão de bactérias e vírus por esse inseto afeta diretamente a produtividade das espécies vegetais, prejudicando a produção de milho. Diante desse cenário, estratégias de controle têm sido adotadas, incluindo o uso de defensivos agrícolas e o controle biológico.

Estudo pioneiro sobre o fungo Cordyceps javanica

Um estudo realizado no Centro de Pesquisa Avançada de São Paulo para Controle Biológico investigou o mecanismo de ação do fungo Cordyceps javanica sobre a cigarrinha-do-milho. A pesquisa, conduzida por especialistas na área, revelou informações importantes sobre como esse agente bioinseticida afeta o comportamento do inseto sugador.

Técnicas inovadoras utilizadas no estudo

Para elucidar o mecanismo de atuação do fungo, foi empregada uma técnica chamada electrical penetration graph (EPG), que permite monitorar a atividade alimentar da cigarrinha em tempo real. Os resultados foram surpreendentes e abriram novas possibilidades no controle biológico dessa praga na agricultura. A atuação específica e segura do Cordyceps javanica o torna uma alternativa promissora para o manejo integrado da cigarrinha-do-milho.

———————————————————————————————-

Patrocinadores

Deficiências e ameaças

Apesar do controle químico ser amplamente utilizado, a cigarrinha-do-milho apresenta resistência a esses defensivos, o que torna a estratégia menos eficaz ao longo do tempo. Além disso, o uso indiscriminado de inseticidas químicos pode levar à seleção de indivíduos resistentes, agravando o problema.

Mecanismo de ação do fungo

O estudo realizado identificou que o fungo Cordyceps javanica começa a afetar o comportamento da cigarrinha-do-milho dois dias após a aplicação do bioinseticida. Isso se reflete na redução da atividade alimentar dos insetos nos vasos do floema das plantas de milho, local crucial para a transmissão de fitopatógenos.

Impacto ambiental

Além de apresentar um potencial de controle sobre insetos sugadores, o Cordyceps javanica não representa um risco para consumidores humanos ou animais, sendo permitido em cultivos orgânicos. Dessa forma, a utilização de bioinseticidas pode ser uma alternativa mais sustentável e segura para o controle da cigarrinha-do-milho.

————————————————————————————————–

Patrocinadores

Controle biológico da cigarrinha-do-milho: eficácia e sustentabilidade

O estudo realizado no Centro de Pesquisa Avançada de São Paulo para Controle Biológico mostrou a eficácia do fungo Cordyceps javanica no combate à cigarrinha-do-milho, reduzindo sua atividade alimentar e prevenindo a transmissão de patógenos. Esse controle biológico apresenta resultados positivos e é uma alternativa sustentável aos defensivos químicos. Além disso, o Cordyceps javanica não representa riscos à saúde humana ou animal, podendo ser utilizado em cultivos orgânicos. Portanto, a adoção desse método pode ser uma solução viável e consciente para o controle da cigarrinha-do-milho, contribuindo para a preservação do meio ambiente e garantindo a segurança alimentar.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Controle biológico da cigarrinha-do-milho: descubra como o fungo Cordyceps javanica atua

A cigarrinha-do-milho se tornou um sério problema para a agricultura, sendo encontrada em grande parte das Américas, especialmente nas plantações de milho. Além de causar danos diretos às plantas, esse inseto é um vetor de bactérias e vírus que podem afetar a produção agrícola. Para combater a cigarrinha-do-milho, estratégias como a pulverização de defensivos agrícolas e o controle biológico são adotadas.

Como o fungo Cordyceps javanica atua no controle da cigarrinha-do-milho?

Um estudo realizado no Centro de Pesquisa Avançada de São Paulo para Controle Biológico (SPARCBio) revelou que o fungo Cordyceps javanica afeta o comportamento da cigarrinha-do-milho, reduzindo sua atividade alimentar nos vasos do floema das plantas de milho, local onde ocorre a transmissão de fitopatógenos.

Patrocinadores

Quais foram as descobertas da pesquisa sobre o mecanismo de ação do fungo?

Por meio da técnica de electrical penetration graph (EPG), os pesquisadores monitoraram a atividade da cigarrinha-do-milho após a aplicação do fungo bioinseticida. Foi observado que o fungo começa a afetar o inseto dois dias após a pulverização, influenciando seu comportamento alimentar e a transmissão de patógenos.

O fungo Cordyceps javanica é seguro para o consumo humano e animal?

Sim, a atuação do Cordyceps javanica é específica para insetos e não apresenta riscos para consumidores humanos ou animais. Seu uso é permitido em cultivos orgânicos, uma vez que o fungo atua de forma natural no controle de pragas.

Por que a cigarrinha-do-milho se tornou um problema ainda mais grave nos últimos anos?

A crescente população da cigarrinha-do-milho está ligada à expansão da monocultura em larga escala e ao uso inadequado de ferramentas de manejo, como o controle químico. A falta de monitoramento e a seleção de indivíduos resistentes contribuem para o aumento da praga.

Quais são as recomendações para o manejo da cigarrinha-do-milho?

É necessário adotar estratégias de manejo mais sustentáveis, como o controle biológico, para combater a cigarrinha-do-milho de forma eficaz. O uso consciente de defensivos agrícolas e a rotação de culturas também são medidas importantes para mitigar os danos causados por esse inseto.

Patrocinadores

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

A cigarrinha-do-milho tornou-se um problema sério para a agricultura. Esse inseto está hoje amplamente distribuído nas Américas, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina.

  • Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp! Siga o Canal Rural no WhatsApp!

No Brasil, ele utiliza apenas as plantas de milho como hospedeiras e ainda são desconhecidos seus mecanismos de adaptação a outros vegetais. Na planta do milho, a cigarrinha causa um dano direto, pela sucção da seiva do floema – o tecido vivo através do qual circulam compostos orgânicos solúveis, em especial a sacarose, pelo corpo vegetal.

Mas esse não é o principal problema: o inseto é também um transmissor de bactérias e vírus que podem causar grandes danos às espécies vegetais, afetar a produtividade e, por decorrência, a produção do milho.

Patrocinadores

Para combater a cigarrinha-do-milho – reduzindo sua população e principalmente impedindo a transmissão de fitopatógenos para novas plantas hospedeiras –, duas estratégias são habitualmente adotadas: a pulverização com defensivos agrícolas e o controle biológico. Os defensivos são, de longe, os mais empregados. Mas, o controle biológico vem obtendo crescente adesão.

Um dos agentes bioinseticidas utilizados em produtos atualmente comercializados é o fungo Cordyceps javanica. Essa espécie generalista apresenta alto potencial de controle sobre insetos sugadores. Mas, até agora, não se sabia exatamente como isso acontecia.

Para elucidar o mecanismo de atuação do fungo entomopatogênico sobre a cigarrinha-do-milho foi realizado um estudo pioneiro no Centro de Pesquisa Avançada de São Paulo para Controle Biológico (SPARCBio), constituído pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela empresa Koppert Biological Systems na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP).

A investigação foi conduzida pela engenheira agrônoma Nathalie Maluta, pós-doutora na área de fitossanidade e pesquisadora da Koppert Brasil. Teve a participação de Thiago Rodrigues de Castro, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Koppert Brasil, e de João Roberto Spotti Lopes, professor da Esalq-USP.

Patrocinadores

“Nosso trabalho evidenciou que o fungo começa a afetar o comportamento da cigarrinha-do-milho dois dias após a pulverização do bioinseticida, reduzindo a atividade alimentar dos insetos nos vasos do floema das plantas de milho, local onde ocorre a transmissão de fitopatógenos”, conta Maluta à Agência Fapesp.

Para obter esse resultado, a pesquisadora aplicou uma técnica, ainda pouco conhecida no Brasil, chamada de electrical penetration graph (EPG). Nesta, a cigarrinha de teste, ativa sobre a planta de milho, é conectada a um eletrodo.

E a atividade de seu estilete – isto é, da estrutura bucal, semelhante a minúsculos canudos, utilizada para sugar a seiva – pode ser assim monitorada e representada por meio de um gráfico, permitindo a associação das formas de onda produzidas com as atividades biológicas desempenhadas pelos insetos. Guardadas as devidas proporções, o procedimento é semelhante ao do eletrocardiograma, que monitora graficamente a atividade do coração.

“A técnica de EPG gera formas de onda com diferentes características, como nível de tensão, frequência e amplitude, que podem ser correlacionadas com atividades biológicas do inseto. Isso nos permite saber, em tempo real, o que ele está fazendo ou o que está acontecendo com ele – inclusive o efeito do bioinseticida sobre sua atividade sugadora ou transmissora de patógenos”, informa Maluta.

Patrocinadores
Cigarrinha do milho conectada ao eletrodo do sistema de EPG sobre planta de milho foto Nathalie Maluta
Cigarrinha-do-milho conectada ao eletrodo do sistema de EPG sobre planta de milho (foto: Nathalie Maluta).

A Koppert comercializa, há tempos, um produto bioinseticida que tem como princípio ativo o Cordyceps javanica. E o artigo agora publicado explica seu mecanismo de ação.

“O produto, contendo o fungo, é pulverizado sobre a planta e atinge os insetos ali presentes. Também deixa um filme na superfície vegetal com o qual os insetos que pousam depois entram em contato. De uma maneira ou de outra, o fungo penetra nos corpos dos insetos. Seu efeito não é imediato. Ele precisa de alguns dias para germinar e produzir esporos, levando o inseto à morte. Mas, bem antes disso, o fungo já começa a afetar os seus comportamentos, inclusive o comportamento alimentar”, relata Maluta.

A pesquisadora afirma que a atuação do Cordyceps javanica é inteiramente específica e não oferece nenhum risco ao consumidor humano ou animal, tanto que seu uso é permitido para cultivos orgânicos. “Esse fungo já existe e atua na natureza. Não foi fabricado em laboratório por manipulação genética”, enfatiza.

Maluta afirma que, além de estar sendo agravada agora pela crise climática, a grande proliferação da cigarrinha-do-milho é uma decorrência direta da expansão da monocultura em larga escala e, principalmente, do uso inadequado das ferramentas de manejo, como o controle químico.

“Ao aplicar inseticidas químicos sem prévio monitoramento e sem saber se há necessidade de entrar com alguma medida de controle, ocorre a seleção de indivíduos resistentes, uma vez que os insetos suscetíveis morrem e os resistentes permanecem no campo, até o ponto em que nenhum instrumento de controle funciona mais. É preciso mudar radicalmente as estratégias de manejo”, diz.

“Esse inseto afeta o milho há muito tempo. Mas, nos últimos anos, sua população cresceu de forma explosiva. Isso também foi afetado pelos cultivos sucessivos. Hoje, temos não só as safras, mas também as chamadas safrinhas, o que aumenta a taxa de proliferação da praga, porque ela tem disponibilidade de comida praticamente o tempo todo”, ressalta.

______

Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Siga o Canal Rural no Google News.

Verifique a Fonte Aqui

Patrocinadores

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here