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Frango e suíno superam carne bovina?

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Afinal, as carnes de frango e de suíno estão mais competitivas em relação à carne bovina?

Sumário

1. Introdução

2. Consumo de carnes no Brasil

2.1 Aspectos culturais e socioeconômicos

2.2 Queda no consumo de carne bovina

3. Competitividade entre as carnes

3.1 Preços no mercado atacadista

3.2 Competitividade média entre as carnes

4. Tendências de consumo

4.1 Comparação de preços e competitividade

4.2 Popularização da carne suína

4.3 Custo-benefício do frango

5. Conclusão

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

A tendência é de continuidade no incremento da competitividade da carne suína frente à carne bovina | Foto: Envato

Artigo dos analistas de mercado da Scot Consultoria, Julia Zenatti e Rodrigo Silva

O consumo de carnes vai além da nutrição e está atrelado a aspectos culturais e socioeconômicos, que influenciam a procura por proteínas. Festas de final de ano, eventos esportivos, comemorações e feriados religiosos, entre outros eventos, favorecem ou reduzem o consumo das diferentes proteínas animais.

Por exemplo, passado os períodos festivos – final de ano, dia das mães, carnaval – cotidianamente, o consumo de carnes está atrelado à renda do consumidor. Nos últimos anos, com a perda do poder de compra do brasileiro diante da elevação da inflação, o consumo de carne bovina caiu (figura 1).

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Figura 1. Consumo per capita de carne bovina e de frango (eixo da esquerda) e suína (eixo da direita) em quilos, anualmente.

*estimativa
Fonte: ABPA e IBGE / Elaborado por Scot Consultoria

O preço no mercado atacadista é um indicativo interessante para analisar a tendência de consumo. Basicamente, a pergunta é: com o preço de um quilo da carcaça casada de bovinos inteiros quantos quilos de frango inteiro resfriado, ou de carcaça especial suína, podem ser comprados?

Quando dividimos os preços dessas carnes pelo preço da carne bovina, obtemos um número que representa a competitividade entre essas carnes. Quanto mais próximo de “1,00”, menor a competitividade e quando o valor se desprende desse número, a competitividade aumenta (figura 2). 

Figura 2. Competitividade média ano a ano entre as carnes de frango e suína frente à carne bovina.

*O tracejado vermelho demarca o nível 1,00, em que não existiria competitividade entre as carnes.
Fonte: Scot Consultoria

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Em 2020, o preço médio da carcaça casada de bovinos inteiros foi de R$19,47/kg, deflacionada pelo IGP-DI, já para o fechamento de 2022, o preço médio ficou cotado em R$18,22/kg, redução em preços reais de R$1,24/kg, ou 6,82%.

O frango inteiro resfriado no atacado, em 2020, era negociado em média por R$6,71/kg, enquanto, no fechamento de 2022, a média foi de R$7,01/kg, incremento real de R$0,30/kg, ou 4,51%.

Para a carcaça suína, tínhamos o preço de R$13,02/kg em 2020, já, em 2022, a cotação fechou em R$9,46/kg queda de R$3,56/kg, ou 27,34%.

Sendo assim, em 2020, com o dinheiro gasto para comprar um quilo de carne bovina no atacado era possível comprar 2,91 quilos de frango resfriado e 1,53 quilo de carcaça especial suína. Já em 2022, a relação entre as proteínas animais fora de 2,63 quilos para o frango no atacado e 1,95 quilo para o suíno no atacado.

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Portanto, em média, nos últimos dois anos, a carne bovina ganhou competitividade frente à carne de frango e perdeu para a carne suína.

Figura 3. Competitividade da carne bovina frente às carnes de frango (azul) e suína (laranja), entre janeiro de 2020 e janeiro de 2023.

*até a terceira semana de janeiro de 2023
Fonte: Scot Consultoria

Com base nos preços médios dos últimos dois anos, a tendência é de continuidade no incremento da competitividade da carne suína frente à carne bovina, ou seja, uma popularização do consumo da carne suína, que está financeiramente mais atrativa.

Mesmo com a queda de competitividade entre 2020 e 2022, a carne de frango ainda apresenta o melhor custo-benefício frente a carne bovina e suína – na média de 2022, os preços nominais das carcaças de frango, suína e bovina no atacado foram, respectivamente, R$7,06/kg, R$9,52/kg e R$18,32/kg. Portanto, o frango continuará a ser a proteína animal consumida em maior volume (figura 1).

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Fonte: Scot Consultoria

Consumo de Carnes e seus aspectos

O consumo de carnes vai além da nutrição e está intrinsecamente ligado a aspectos culturais e socioeconômicos, que influenciam a procura por proteínas animais. Diferentes eventos, como festas de final de ano, eventos esportivos, comemorações e feriados religiosos, afetam o consumo das diversas proteínas.

Após períodos festivos, o consumo de carnes está diretamente relacionado à renda do consumidor. Nos últimos anos, devido à elevação da inflação e à perda do poder de compra, houve uma queda no consumo de carne bovina (Figura 1).

Consumo per capita de carnes

Para analisar a tendência de consumo, é interessante observar o preço no mercado atacadista. A pergunta é: com o preço de um quilo de carne bovina, quantos quilos de frango inteiro resfriado ou de carcaça especial suína podem ser comprados?

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Dividindo os preços dessas carnes pelo preço da carne bovina, obtemos um número que representa a competitividade entre elas. Quanto mais próximo de “1,00”, menor a competitividade. Quando o valor se distancia desse número, a competitividade aumenta (Figura 2).

Preços médios e competitividade

Em 2020, a carcaça casada de bovinos inteiros tinha um preço médio de R$19,47/kg, enquanto em 2022 o preço médio foi de R$18,22/kg, uma redução de R$1,24/kg, ou 6,82%.

O frango inteiro resfriado no atacado, em 2020, era negociado em média por R$6,71/kg, enquanto em 2022 a média foi de R$7,01/kg, um incremento de R$0,30/kg, ou 4,51%.

Já a carcaça suína teve um preço de R$13,02/kg em 2020, e em 2022 a cotação fechou em R$9,46/kg, uma queda de R$3,56/kg, ou 27,34%.

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Com base nesses preços, em 2020 era possível comprar 2,91 quilos de frango resfriado ou 1,53 quilo de carcaça especial suína com o dinheiro gasto para comprar um quilo de carne bovina no atacado. Já em 2022, a relação foi de 2,63 quilos para o frango e 1,95 quilo para o suíno.

Tendência de competitividade

Nos últimos dois anos, a carne bovina ganhou competitividade frente à carne de frango e perdeu para a carne suína (Figura 3).

Com base nos preços médios, a tendência é de continuidade no incremento da competitividade da carne suína frente à carne bovina, o que indica uma popularização do consumo de carne suína, que está financeiramente mais atrativa.

Conclusão

Mesmo com a queda de competitividade, a carne de frango ainda apresenta o melhor custo-benefício em relação à carne bovina e suína. Portanto, é esperado que o frango continue sendo a proteína animal consumida em maior volume.

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Fonte: Scot Consultoria

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

A tendência atual é de um aumento na competitividade da carne suína em relação à carne bovina. Isso se deve principalmente à queda no poder de compra do consumidor e aos preços mais acessíveis da carne suína e de frango. Apesar disso, a carne de frango ainda apresenta o melhor custo-benefício e continuará sendo a proteína animal consumida em maior volume.

Perguntas e Respostas

1. Quais são os principais fatores que influenciam o consumo de carnes?

O consumo de carnes é influenciado por aspectos culturais, socioeconômicos e eventos especiais.

2. Como a queda no poder de compra do consumidor impactou o consumo de carne bovina?

A queda no poder de compra do consumidor resultou em uma redução no consumo de carne bovina nos últimos anos.

3. Como é calculada a competitividade entre as carnes?

A competitividade entre as carnes é calculada dividindo os preços das diferentes carnes pelo preço da carne bovina.

4. Quais foram as mudanças nos preços da carne bovina, de frango e suína nos últimos anos?

A carne bovina teve uma redução de preço real de 6,82%, enquanto a carne de frango teve um aumento de preço real de 4,51% e a carne suína teve uma queda de 27,34%.

5. Qual é a previsão para a tendência de competitividade entre a carne suína e bovina?

A previsão é que a carne suína continue ganhando competitividade em relação à carne bovina nos próximos anos.

A tendência é de continuidade no incremento da competitividade da carne suína frente à carne bovina | Foto: Envato

Artigo dos analistas de mercado da Scot Consultoria, Julia Zenatti e Rodrigo Silva

O consumo de carnes vai além da nutrição e está atrelado a aspectos culturais e socioeconômicos, que influenciam a procura por proteínas. Festas de final de ano, eventos esportivos, comemorações e feriados religiosos, entre outros eventos, favorecem ou reduzem o consumo das diferentes proteínas animais.

Por exemplo, passado os períodos festivos – final de ano, dia das mães, carnaval – cotidianamente, o consumo de carnes está atrelado à renda do consumidor. Nos últimos anos, com a perda do poder de compra do brasileiro diante da elevação da inflação, o consumo de carne bovina caiu (figura 1).

Figura 1. Consumo per capita de carne bovina e de frango (eixo da esquerda) e suína (eixo da direita) em quilos, anualmente.

*estimativa
Fonte: ABPA e IBGE / Elaborado por Scot Consultoria

O preço no mercado atacadista é um indicativo interessante para analisar a tendência de consumo. Basicamente, a pergunta é: com o preço de um quilo da carcaça casada de bovinos inteiros quantos quilos de frango inteiro resfriado, ou de carcaça especial suína, podem ser comprados?

Quando dividimos os preços dessas carnes pelo preço da carne bovina, obtemos um número que representa a competitividade entre essas carnes. Quanto mais próximo de “1,00”, menor a competitividade e quando o valor se desprende desse número, a competitividade aumenta (figura 2). 

Figura 2. Competitividade média ano a ano entre as carnes de frango e suína frente à carne bovina.

*O tracejado vermelho demarca o nível 1,00, em que não existiria competitividade entre as carnes.
Fonte: Scot Consultoria

Em 2020, o preço médio da carcaça casada de bovinos inteiros foi de R$19,47/kg, deflacionada pelo IGP-DI, já para o fechamento de 2022, o preço médio ficou cotado em R$18,22/kg, redução em preços reais de R$1,24/kg, ou 6,82%.

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