Focos de raiva são registrados em rebanho, veja

Focos de raiva são registrados em rebanho, veja

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Segundo as primeiras informações divulgadas, três focos de raiva animal foram confirmados no estado que possuí o maior rebanho do país; Confira!

Três focos de raiva animal foram registrados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) neste primeiro mês de 2023. Os casos ocorreram em três municípios da baixada cuiabana: Jangada, Nossa Senhora do Livramento e Planalto da Serra. A preocupação maior, segundo especialistas, esta relacionado a transmissão da doença e, também, pelo risco que pode trazer ao estado do Mato Grosso, esse que possuí o maior rebanho do país.

O médico veterinário e fiscal do Indea Alisson Cericatto explica que as estratégias de vacinação de bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos são fundamentais para o combate à doença, além do controle da população de morcegos hematófagos, conhecidos como morcegos vampiros.

“Anualmente são registrados centenas de óbitos pela doença em animais de produção, gerando um impacto econômico e social elevado. No ano de 2022, por exemplo, foram registrados 43 focos positivos em 41 municípios, sendo as principais espécies afetadas os bovinos e os equinos, com 35 e 8 focos, respectivamente”, explicou.

A raiva não tem tratamento, sendo fatal uma vez iniciados os sinais clínicos. Ao contrário de animais de pequeno porte, como cães, a raiva em herbívoros se manifesta com sintomas de paralisia, queda, tremores, movimentos de pedalagem e dilatação da pupila.

O médico veterinário orienta que a principal forma de prevenção é por meio da vacinação dos animais, evitando a ocorrência da doença.

“Em casos de sugadura por morcegos hematófagos, pode-se utilizar pasta vampiricida nos animais sugados. O produtor também deve comunicar ao Indea de seu município para programação de captura para controle da população”, orienta Alisson, para os casos onde a doença não tenha se manifestado.

Contudo, nos casos em que forem identificados animais com os sinais clínicos da doença, o Indea deve ser comunicado imediatamente, e o animal não pode ser tocado ou manipulado, pois a raiva é transmitida também aos humanos.

morcego raiva
Foto: Divulgação

Sintomas da Raiva animal

Os primeiros sintomas são o isolamento do animal e a perda de apetite, os quais também ocorrem em outras doenças e por razões diversas, mas no caso da raiva estes sintomas iniciais evoluem rapidamente, apresentando sinais neurológicos como salivação intensa, tremores musculares, andar cambaleante, decúbito e movimentos de pedalagem, opistótono e morte; em casos raríssimos, pode ficar agressivo.

Além dos prejuízos financeiros à pecuária brasileira (perda de animais e gastos com medicação), o risco para a saúde humana é real, especialmente para pessoas que manipulam um animal acometido.

Recomendações para o procedimento de vacina

− A vacinação é de forma voluntária, sendo recomendada em áreas onde há casos confirmados da ocorrência da doença e também para áreas de ocorrência do morcego transmissor da raiva, o Desmodus rotundus.

− A vacina é a mesma para bovinos, equinos, ovinos e caprinos, a qual deve ser mantida sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). Antes de aplicar, o frasco deve ser agitado. A aplicação se dá por via subcutânea, na dose de 2mL por animal.

− A vacina deverá ser aplicada em animais que nunca receberam a vacina, em duas etapas, com intervalos de 30 dias, e depois deverá ser repetida a cada 12 meses, sendo que em animais jovens deverá ser aplicada a partir de três meses.

− O critério de vacinações poderá ser alterado segundo recomendação do médico veterinário ou programa oficial da autoridade sanitária.

− Não vacinar animais doentes, debilitados ou sob estresse extremo.

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino com 32 milhões de cabeças

O rebanho bovino cresceu pelo terceiro ano consecutivo em 2021 e alcançou o número recorde da série histórica, segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento de 3,1% na comparação com 2020 fez o número de cabeças chegar a 224,6 milhões, ultrapassando o recorde anterior, de 2016 (218,2 milhões).

Mato Grosso, como em 2020, foi líder no ranking estadual, com 32,4 milhões de cabeças, ou 14,4% do efetivo nacional. A seguir vinha Goiás (10,8%). No ranking municipal, a liderança segue com São Félix do Xingu (PA), como em 2020, alcançando 2,5 milhões de cabeças.

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