Família Breda transforma gado de ponta, café e mármore em lucro em Rondônia

Família Breda transforma gado de ponta, café e mármore em lucro em Rondônia

Trajetória da família Breda até Rondônia e a diversificação da fazenda

Pecuária Rondônia foi o eixo da trajetória da família Breda até o estado. Eles migraram em busca de terra ampla e oportunidades no agronegócio, esperando diferente conjuntos de condições que favorecessem a criação de gado de ponta. A fazenda começou com foco na pecuária, priorizando manejo simples, sanidade do rebanho e ganhos estáveis.

Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!

Com o tempo, a visão se expandiu. A diversificação apareceu como forma de reduzir riscos e ampliar a renda. Hoje, a fazenda combina gado de qualidade com caficultura e uma atividade de mármore nas áreas de exploração próximas. Essa tríade cria sinergias logísticas, utiliza melhor cada hectare e fortalece a resiliência econômica da propriedade.

Como a diversificação ganhou espaço

A entrada do café abriu novas saídas de venda e oportunidades de emprego local. O manejo de pastagens permanece, mas passa a caminhar junto com o planejamento da lavoura e a logística de saída do café e do mármore. O gado continua integrado ao manejo das pastagens, contribuindo com nitrogênio natural para o solo e apoiando a produção de café cultivado sob sombra.

Práticas-chave que sustentam esse modelo são simples, claras e aplicáveis a outras fazendas. Rotação de pastagens mantém o peso e a saúde do rebanho, ao mesmo tempo que preserva o solo. Adubação baseada em resíduos do gado devolve nutrientes sem desperdícios. Armazenagem adequada de grãos de café reduz perdas e facilita a comercialização. Parcerias locais asseguram insumos e mercado para todas as atividades.

Essa abordagem aumenta a estabilidade financeira, gera empregos na região e incentiva a continuidade da fazenda ao longo das safras. Para o produtor, a mensagem é simples: diversificar com foco, manter o rebanho como alavancador de solo e usar a terra de forma integrada para maximizar o retorno.

Gado de ponta: manejo, sanidade e desempenho na rastreabilidade

Gado de ponta exige manejo rigoroso, sanidade constante e rastreabilidade clara para entregar desempenho estável e lucro na fazenda.

Comece pelo manejo diário: pastagens bem manejadas, alimentação balanceada e observação atenta dos animais. Peças simples do dia a dia evitam perdas e elevam ganho de peso.

Manejo diário para gado de ponta

  • Rotação de pastagens para manter o forrageio verde e reduzir estresse no rebanho.
  • Fornecimento de alimentação balanceada com base na fase de vida e no peso.
  • Observação diária de apetite, ruminação, febre e sinais de doença.
  • Higiene do ambiente: cama seca, comedouros limpos e boa ventilação nas áreas de manejo.
  • Registro de peso mensal para acompanhar o desempenho.

Sanidade do rebanho

  • Vacinação conforme orientação veterinária regional.
  • Controle de verminoses com vermífagos nos intervalos indicados.
  • Controle de ectoparasitas e higiene de estábulos e curral.
  • Quarentena de animais novos para evitar introdução de doenças.
  • Monitoramento de sinais respiratórios e de estresse térmico.

Rastreabilidade e desempenho

Cada animal recebe um identificador único, permitindo traçar a história desde o nascimento até o abate.

  • Uso de brinco ou tag com código único (RFID quando possível).
  • Registro de nascimento, vacinação, peso, alimentação e parto.
  • Leitura regular de peso e registro em planilha simples ou software local.
  • Calcular GMD e CAA para detectar desvios e ajustar manejo rapidamente.

Práticas rápidas para começar

  • Defina um protocolo básico de rastreabilidade para 3 meses.
  • Priorize vacinação, desparasitação e alimentação de qualidade.
  • Treine a equipe para registrar dados de forma simples e precisa.

Do gado ao abate: números que comprovam o desempenho do Nelore e Angus

Do gado ao abate, os números contam a história do desempenho entre Nelore e Angus. A gente mede com três métricas básicas: ADG (ganho diário de peso), FCR (consumo de ração por kg ganho) e rendimento de carcaça.

O Nelore, bem adaptado ao pasto e ao clima quente, costuma registrar ADG entre 0,6 a 0,9 kg/d em pastejo puro. Com suplementação, pode chegar a 1,1 kg/d. O Angus, quando bem alimentado, fica entre 0,9 a 1,25 kg/d, especialmente em confinamento ou com suplementação de grãos.

FCR é a relação entre o alimento consumido e o peso ganho. Em pastagens tropicais, o Nelore tende a ter FCR maior. O Angus, com ração de qualidade, costuma ter FCR menor, o que significa menos alimento por kg ganho. Manejo adequado reduz custos e aumenta a margem.

Peso vivo ao abate e carcaça

Peso vivo ao abate varia, mas, em sistemas comerciais no Brasil, o Nelore costuma terminar entre 420 e 520 kg. O Angus pode chegar a 520-650 kg, dependendo da idade de abate e do regime de alimentação. A carcaça rende, em geral, 50-54% para Nelore e 54-58% para Angus.

Qualidade da carne

Angus tende a oferecer marmoreio mais alto, elevando o valor da carne. Nelore entrega carne firme e estável, com bom acabamento quando o manejo é adequado.

Como usar esses números no dia a dia

  • Defina metas por raça e por fazenda, considerando clima e alimentação disponível.
  • Acompanhe peso aos 6, 12 e 18 meses para cada lote.
  • Monitore custo de ração e pastagem para entender a eficiência (FCR).
  • Use dados para selecionar pares de cruzamento que maximizem ganho e qualidade.

Com dados simples, você acompanha a evolução do rebanho, ajusta a alimentação e o manejo, e decide quando abater para obter melhor retorno.

Café e mármore: diversificação que impulsiona ganhos na região

Café e mármore na diversificação da fazenda fortalecem ganhos na região, criando duas fontes de renda que se complementam.

Nesse modelo, o café oferece produção estável de grãos e renda sazonal, enquanto a extração de mármore agrega valor com rocks e rochas ornamentais. Juntas, as atividades reduzem o risco, geram empregos e ampliam a circulação de dinheiro local.

Benefícios da diversificação

  • Fluxo de caixa mais estável ao longo do ano, não dependendo apenas de uma safra.
  • Mais oportunidades de emprego para a comunidade local, com atividades sazonais e permanentes.
  • Melhor uso da mão de obra, equipamentos e infraestrutura de transporte na região.
  • Sinergias logísticas entre lavoura, pedreira e mercados próximos.
  • Valorização de resíduos: casca de café vira composto; pó de mármore pode ajudar na calagem de solos, quando regulamentado.

Como estruturar a integração

  1. Mapeie o terreno para separar áreas de café, pedreira e corredores de acesso seguro.
  2. Crie um plano de manejo do solo, água e poeira para proteger lavoura e trabalhadores.
  3. Defina um calendário de atividades que sincronize plantio, colheita e extração de rochas.
  4. Busque parcerias com indústrias de beneficiamento do mármore e com cooperativas de café.
  5. Faça um orçamento de investimento inicial, custos operacionais e projeção de retorno.

Cuidados ambientais e legais

  • Obtenha licenças ambientais e de mineração conforme a legislação local.
  • Implemente ações de controle de poeira, conservação de água e recuperação de áreas degradadas.
  • Proteja áreas de preservação permanente e siga normas de saúde e segurança no trabalho.
  • Monitore impactos na fauna, na qualidade do solo e na disponibilidade de água.

Próximos passos práticos

  1. Inicie com um projeto piloto: 5–10 ha de café e uma área de pedreira de pequeno porte.
  2. Busque apoio de cooperativas, bancos rurais e órgãos de fomento para financiamento.
  3. Estabeleça indicadores simples: produção de café por hectare, volume de rocha extraída e custos por unidade.
  4. Documente cada etapa para facilitar licenças futuras e melhoria contínua.

Circuito Nelore de Qualidade: contexto, impactos e oportunidades

Circuito Nelore de Qualidade é um programa que conecta produtores, criadores e frigoríficos para elevar a qualidade da carcaça e a rentabilidade da pecuária Nelore. Ele orienta ganhos estáveis por meio de manejo, sanidade, genética e rastreabilidade.

Contexto: o circuito incentiva produtores a manter padrões consistentes, com foco na uniformidade do lote, acabamento de carne e transparência de dados ao longo da cadeia. Ao participar, a fazenda passa a ter acesso a mercados que valorizam qualidade e previsibilidade de entrega.

Contexto do Circuito Nelore de Qualidade

O programa premia propriedades que demonstram consistência no desempenho do rebanho, desde o nascimento até o abate. A avaliação considera gerenciamento de pastagem, sanidade do rebanho, alimentação adequada e registro claro de dados.

Impactos para a fazenda e para a cadeia

  • Melhorang de herdabilidade por meio de manejo padronizado.
  • Rastreamento completo que facilita certificações e acordos com frigoríficos.
  • Preço maior por carcaça de qualidade e maior previsibilidade de vendas.
  • Mais empregos locais e fortalecimento da logística regional.
  • Redução de perdas por sanidade e melhor uso da alimentação.

Oportunidades de negócio

  • Acesso a contratos preferenciais com grandes frigoríficos e redes de atacado.
  • Maior facilidade de crédito rural devido à transparência de dados e resultados.
  • Parcerias com cooperativas para integração de cadeia e melhoria de competitivo
  • Valorização de genética e técnicas de manejo que elevam o valor da fazenda.

Como participar

  1. Verifique elegibilidade junto à associação local e aos frigoríficos parceiros.
  2. Padronize o manejo: pastagem, alimentação balanceada e sanidade regular.
  3. Implemente rastreabilidade: identifique cada lote com registros de nascimento, peso e manejo.
  4. Solicite adesão formal ao circuito e prepare-se para auditorias periódicas.
  5. Defina metas de desempenho e acompanhe progressos com indicadores simples.
  6. Treine a equipe para manter consistência e qualidade em todas as fases.

Lições para produtores: gestão, planejamento e visão de futuro

Gestão eficaz começa com hábitos simples que você pode aplicar hoje, na prática do dia a dia. A gente mede o desempenho com poucos indicadores e revisa as ações com regularidade.

Fundamentos da gestão rural

Defina metas claras de produção. Use metas realistas para o semestre. Acompanhe três indicadores simples: peso médio do rebanho, consumo de ração e custo por kg de produto. Registre os resultados semanalmente para ver tendências.

Planejamento prático

Crie um calendário de atividades sazonais. Planeje a alimentação, manejo de pastagem e vacinação com antecedência. Reserve orçamento para imprevistos e mantenha reservas de estoque de insumos básicos.

Ferramentas simples de gestão

Use planilhas simples ou um software local, se puder. Faça listas de verificação diárias para cada área: pastagem, sanidade, nutrição. Use gráficos fáceis para ver se está indo bem.

Gestão de pessoas

Treine a equipe e delegue tarefas. Converse regularmente com o time, ouça feedback e ajuste os processos. Segurança e bem-estar dos trabalhadores são parte do sucesso.

Visão de futuro e inovação

Tenha uma visão de longo prazo, com metas para 1, 3 e 5 anos. Busque parcerias com cooperativas, pesquisas locais e tecnologias que caibam no bolso. NDVI, por exemplo, pode ajudar a monitorar a saúde das pastagens sem complicação, mas use apenas como apoio.

Próximos passos práticos

  1. Faça um diagnóstico rápido da sua operação hoje.
  2. Liste as prioridades para os próximos 90 dias.
  3. Monte um plano simples com metas, responsáveis e prazos.
  4. Revise resultados a cada mês e ajuste o curso.

Além disso, confira abaixo esses posts:

Preço do Milho Atualizado

Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.

joão silva

Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite. Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.