O desafio do agricultor Ari Pastre

Foi em busca de independência financeira que o agricultor Ari Pastre começou, ainda com 12 anos de idade, a plantar o sorgo vassoura no distrito de Água Boa, região de Maringá, no Paraná. Hoje com 50 anos, ele não sabe até quando vai continuar plantando. Produzida de forma artesanal, desde a colheita até a sua confecção, a vassoura de sorgo tem o formato típico do instrumento utilizado pelas bruxas das histórias infantis, que povoam o imaginário de muita gente. Mas tem perdido espaço para os modelos de plástico — mais baratos e produzidos em escala industrial.

“A gente chegou a plantar até 30 alqueires. Foi o máximo que eu plantei, mas isso há 25 anos quando tinha mais gente pra trabalhar. Hoje a gente está a cada ano diminuindo mais a área porque não tem mais mão de obra”, lamenta o produtor que, este ano, plantou 20 alqueires, o equivalente a 48,4 hectares, sem saber se irá colher toda a área, já que falta mão de obra.

Ari e família confeccionam as vassouras na própria fazenda e as destinam para atravessador e ao mercado local. Das 20 pessoas que precisava contratar para a colheita, conseguiu apenas cinco. “A gente acha que mais três ou quatro anos é perigoso até termos que parar de plantar porque a cada ano que passa fica pior”, afirma.

De acordo com engenheiro agrônomo e extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Silvio Ferrari, o sorgo vassoura está presente de forma expressiva em Água Boa há pelo menos duas décadas, chegando a ocupar até 2,5 mil hectares, a depender da rentabilidade do milho, uma vez que pode ser cultivado no mesmo período que o cereal.

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Produção artesanal enfrenta desafios do mercado

Produzida de forma artesanal, desde a colheita até a sua confecção, a vassoura de sorgo tem o formato típico do instrumento utilizado pelas bruxas das histórias infantis, que povoam o imaginário de muita gente. Mas tem perdido espaço para os modelos de plástico — mais baratos e produzidos em escala industrial. “A gente chegou a plantar até 30 alqueires. Foi o máximo que eu plantei, mas isso há 25 anos quando tinha mais gente pra trabalhar. Hoje a gente está a cada ano diminuindo mais a área porque não tem mais mão de obra”, lamenta o produtor que, este ano, plantou 20 alqueires, o equivalente a 48,4 hectares, sem saber se irá colher toda a área, já que falta mão de obra.

Desafios do mercado e falta de mão de obra

Ari e família confeccionam as vassouras na própria fazenda e as destinam para atravessador e ao mercado local. Das 20 pessoas que precisava contratar para a colheita, conseguiu apenas cinco. “A gente acha que mais três ou quatro anos é perigoso até termos que parar de plantar porque a cada ano que passa fica pior”, afirma. De acordo com engenheiro agrônomo e extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Silvio Ferrari, o sorgo vassoura está presente de forma expressiva em Água Boa há pelo menos duas décadas, chegando a ocupar até 2,5 mil hectares, a depender da rentabilidade do milho, uma vez que pode ser cultivado no mesmo período que o cereal.

A importância do sorgo vassoura para a região

Segundo ele, a principal vantagem do sorgo vassoura em relação a outros grãos é a sua comercialização, que pode ser distribuída ao longo do ano e não apenas na safra. Com uma vida dedicada ao sorgo vassoura, seu Ari não tem um plano B. Ele conta com o avanço de uma tecnologia que ainda não existe para manter-se na atividade. “A gente sonha com aparecer algum maquinário para de repente facilitar um pouco, mas se a gente não conseguir mais plantar 20 alqueires, o plano B seria plantar menos, três alqueires, porque não vemos outra saída”, lamenta o agricultor.

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Desafios da Agricultura Familiar

A agricultura familiar é essencial para a economia e a produção de alimentos, mas enfrenta desafios significativos, como a falta de mão de obra e a concorrência com produtos industrializados. Os produtores, como Ari Pastre, enfrentam dificuldades para manter suas atividades e precisam de apoio para garantir a continuidade de suas práticas sustentáveis. É fundamental reconhecer a importância da agricultura familiar e buscar soluções para os desafios enfrentados pelos agricultores, garantindo a segurança alimentar e a sustentabilidade do setor.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Artigo: A luta do agricultor Ari Pastre para preservar a cultura do sorgo vassoura

Foi em busca de independência financeira que o agricultor Ari Pastre começou, ainda com 12 anos de idade, a plantar o sorgo vassoura no distrito de Água Boa, região de Maringá, no Paraná. Hoje com 50 anos, ele não sabe até quando vai continuar plantando.

Produzida de forma artesanal, desde a colheita até a sua confecção, a vassoura de sorgo tem o formato típico do instrumento utilizado pelas bruxas das histórias infantis, que povoam o imaginário de muita gente. Mas tem perdido espaço para os modelos de plástico — mais baratos e produzidos em escala industrial.

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FAQs sobre a cultura do sorgo vassoura

Aqui estão algumas perguntas frequentes sobre o cultivo e uso do sorgo vassoura:

1. O que é sorgo vassoura?

O sorgo vassoura é uma cultura de grão utilizada na produção artesanal de vassouras. É cultivado principalmente na região de Água Boa, no Paraná, e tem uma forma típica de vassoura de bruxa.

2. Por que o cultivo de sorgo vassoura está em declínio?

O cultivo de sorgo vassoura está diminuindo devido à falta de mão de obra e à concorrência dos modelos de plástico, mais baratos e produzidos em escala industrial.

3. Qual é a vantagem comercial do sorgo vassoura em relação a outros grãos?

Uma das principais vantagens do sorgo vassoura é a possibilidade de comercialização ao longo do ano, ao contrário de outras culturas como soja e milho, que são entregues logo após a colheita.

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4. Qual é o futuro do cultivo de sorgo vassoura?

O futuro do cultivo de sorgo vassoura é incerto devido à falta de mão de obra e à competição com modelos de vassoura de plástico. Muitos produtores, como Ari Pastre, não têm um plano B e dependem de avanços tecnológicos para manter a atividade.

5. Como a cultura do sorgo vassoura impacta a região de Água Boa, no Paraná?

A cultura do sorgo vassoura tornou a região de Água Boa conhecida como a “terra da vassoura” e contribui para a economia local, com vendas para outras regiões do Brasil.

Com uma vida dedicada ao sorgo vassoura, seu Ari não tem um plano B. Ele conta com o avanço de uma tecnologia que ainda não existe para manter-se na atividade.

“A gente sonha com aparecer algum maquinário para de repente facilitar um pouco , mas se a gente não conseguir mais plantar 20 alqueires, o plano B seria plantar menos, três alqueires, porque não vemos outra saída”, lamenta o agricultor.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Foi em busca de independência financeira que o agricultor Ari Pastre começou, ainda com 12 anos de idade, a plantar o sorgo vassoura no distrito de Água Boa, região de Maringá, no Paraná. Hoje com 50 anos, ele não sabe até quando vai continuar plantando.

Produzida de forma artesanal, desde a colheita até a sua confecção, a vassoura de sorgo tem o formato típico do instrumento utilizado pelas bruxas das histórias infantis, que povoam o imaginário de muita gente. Mas tem perdido espaço para os modelos de plástico — mais baratos e produzidos em escala industrial.

“A gente chegou a plantar até 30 alqueires. Foi o máximo que eu plantei, mas isso há 25 anos quando tinha mais gente pra trabalhar. Hoje a gente está a cada ano diminuindo mais a área porque não tem mais mão de obra”, lamenta o produtor que, este ano, plantou 20 alqueires, o equivalente a 48,4 hectares, sem saber se irá colher toda a área, já que falta mão de obra.

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Ari e família confeccionam as vassouras na própria fazenda e as destinam para atravessador e ao mercado local. Das 20 pessoas que precisava contratar para a colheita, conseguiu apenas cinco. “A gente acha que mais três ou quatro anos é perigoso até termos que parar de plantar porque a cada ano que passa fica pior”, afirma.

De acordo com engenheiro agrônomo e extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Silvio Ferrari, o sorgo vassoura está presente de forma expressiva em Água Boa há pelo menos duas décadas, chegando a ocupar até 2,5 mil hectares, a depender da rentabilidade do milho, uma vez que pode ser cultivado no mesmo período que o cereal.

A forte presença da cultura já rendeu à região o rótulo de “terra da vassoura”, com vendas para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

“Temos alguns produtores que, entra ano e sai ano, sempre plantam sorgo vassoura, e acho interessante porque aqueles que produzem em escala e volume maior acabam comercializando essa vassoura durante praticamente todo o ano”, afirma o extensionista.

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Segundo ele, a principal vantagem do sorgo vassoura em relação a outros grãos é a sua comercialização, que pode ser distribuída ao longo do ano e não apenas na safra.

“Então é uma receita que tem caixa durante todo o ano, diferente da soja e do milho que a pessoa planta e colhe para logo entregar numa cooperativa”, completa Ferrari.

Com uma vida dedicada ao sorgo vassoura, seu Ari não tem um plano B. Ele conta com o avanço de uma tecnologia que ainda não existe para manter-se na atividade.

“A gente sonha com aparecer algum maquinário para de repente facilitar um pouco , mas se a gente não conseguir mais plantar 20 alqueires, o plano B seria plantar menos, três alqueires, porque não vemos outra saída”, lamenta o agricultor.

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