Os impactos da crise na cadeia produtiva do leite no Brasil
O setor de lácteos tem enfrentado desafios significativos nos últimos anos, incluindo estiagens, enchentes e um aumento nas importações. Esses problemas têm afetado a remuneração dos produtores nacionais e, consequentemente, a competitividade do pequeno e médio produtor de leite. Diante desse cenário, é crucial examinar possíveis soluções e políticas públicas que possam fortalecer a pecuária leiteira no país.
A avaliação do presidente da Faesc
Segundo José Zeferino Pedrozo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), o aumento das importações de leite tem impactado negativamente o setor, reduzindo a renda das famílias rurais e levando muitos produtores a abandonar a atividade. Diante dessa situação, Pedrozo defende a necessidade de um debate com os órgãos governamentais para a definição de medidas que fortaleçam a pecuária leiteira, com foco no aumento da produção e no suporte aos pequenos produtores.
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Debate sobre a crise na cadeia produtiva do leite
Os transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado – estiagens, enchentes e excesso de importação – recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
O dirigente aponta que a excessiva importação de leite iniciada no primeiro semestre do ano passado achatou a remuneração do produtor nacional, impactando negativamente a competividade do pequeno e médio produtor de leite. As importações brasileiras de lácteos da Argentina e do Uruguai, em 2023, praticamente dobraram.
O presidente observa que grande parte dos produtores rurais atua na área de lácteos e que a crise no setor derruba a renda das famílias rurais. A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro.
Pedrozo defende um debate do setor produtivo com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a definição de medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no País com foco no aumento da produção, no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite.
O sindicalista reconhece que o governo vem adotando, desde o ano passado, medidas para mitigar os efeitos do aumento das importações de lácteos de países do Mercosul, como Uruguai e Argentina. Neste mês, inclusive, entrará em vigor a norma tributária que impede incentivos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, para indústrias que compram produtos estrangeiros. “Embora bem-intencionadas, as medidas são insuficientes”, avalia.
Pedrozo alerta que a crise na cadeia do leite afeta diretamente a agricultura familiar, levando milhares de produtores a abandonar a atividade, que já registra forte concentração da produção em Santa Catarina. “Talvez uma das soluções seja regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes”, sugere.
José Zeferino Pedrozo assegurou que os Sindicatos Rurais catarinenses estão dispostos a colaborar com ações e programas voltados para apoio, desenvolvimento e fortalecimento do setor de lácteos.
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Uma nova política pública para o desenvolvimento do setor de lácteos
A crise na cadeia do leite afeta diretamente a agricultura familiar e tem levado muitos produtores a abandonar a atividade. É crucial definir medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no país, com foco no aumento da produção e no fortalecimento do pequeno e médio produtor de leite. A regulamentação da importação e o apoio a ações e programas voltados para o setor são passos essenciais para superar os desafios atuais e garantir um futuro mais estável para a produção de leite no Brasil.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Política de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira: O que considerar?
Os transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado – estiagens, enchentes e excesso de importação – recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
1. Quais são os principais desafios enfrentados pela cadeia produtiva do leite?
O excesso de importação de leite iniciada no primeiro semestre do ano passado achatou a remuneração do produtor nacional, impactando negativamente a competividade do pequeno e médio produtor de leite. As importações brasileiras de lácteos da Argentina e do Uruguai, em 2023, praticamente dobraram.
2. Por que o desenvolvimento da pecuária leiteira é importante para o país?
Grande parte dos produtores rurais atua na área de lácteos, e a crise no setor derruba a renda das famílias rurais. A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou uma queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro.
3. Quais medidas estão sendo propostas para fortalecer a pecuária leiteira no Brasil?
O debate do setor produtivo com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar é essencial para a definição de medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no País, com foco no aumento da produção e no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite. Dessa forma, será possível estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo, além da utilização de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.
4. Qual é a posição do governo em relação às importações excessivas de lácteos?
O governo vem adotando, desde o ano passado, medidas para mitigar os efeitos do aumento das importações de lácteos de países do Mercosul, como Uruguai e Argentina. No entanto, as medidas são consideradas insuficientes pelo presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo.
5. Como os sindicatos rurais estão contribuindo para o fortalecimento do setor de lácteos?
Os Sindicatos Rurais catarinenses estão dispostos a colaborar com ações e programas voltados para apoio, desenvolvimento e fortalecimento do setor de lácteos. Essa colaboração é essencial para enfrentar os desafios atuais e futuros da cadeia produtiva do leite.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Os transtornos que a cadeia produtiva do leite tem enfrentado – estiagens, enchentes e excesso de importação – recomendam a formulação de uma nova política pública para o desenvolvimento do setor na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
O dirigente aponta que a excessiva importação de leite iniciada no primeiro semestre do ano passado achatou a remuneração do produtor nacional, impactando negativamente a competividade do pequeno e médio produtor de leite. As importações brasileiras de lácteos da Argentina e do Uruguai, em 2023, praticamente dobraram.
O presidente observa que grande parte dos produtores rurais atua na área de lácteos e que a crise no setor derruba a renda das famílias rurais. A forte presença de leite importado no mercado brasileiro provocou queda geral de preços, anulando a rentabilidade dos criadores de gado leiteiro.
Pedrozo defende um debate do setor produtivo com o Ministério da Agricultura e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar para a definição de medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no País com foco no aumento da produção, no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite. Dessa forma será possível estimular, simultaneamente, a produção e o consumo, abrangendo a redução da tributação, combate às fraudes, criação de mercado futuro para as principais commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo, além da utilização de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.
O sindicalista reconhece que o governo vem adotando, desde o ano passado, medidas para mitigar os efeitos do aumento das importações de lácteos de países do Mercosul, como Uruguai e Argentina. Neste mês, inclusive, entrará em vigor a norma tributária que impede incentivos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, para indústrias que compram produtos estrangeiros. “Embora bem-intencionadas, as medidas são insuficientes”, avalia.
Pedrozo alerta que a crise na cadeia do leite afeta diretamente a agricultura familiar, levando milhares de produtores a abandonar a atividade, que já registra forte concentração da produção em Santa Catarina. “Talvez uma das soluções seja regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes”, sugere.
José Zeferino Pedrozo assegurou que os Sindicatos Rurais catarinenses estão dispostos a colaborar com ações e programas voltados para apoio, desenvolvimento e fortalecimento do setor de lácteos.
As informações são da Assessoria de imprensa do Sistema Faesc Senar.
Foto: CNA.