As exportações brasileiras de carne bovina (in natura e processada) somaram US$ 695,2 milhões, o equivalente a 152,28 mil toneladas, informa a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), com base em números Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Os números representam queda de 29% em divisas e de 16% em volume em relação a fevereiro de 2022, quando os embarques do produto totalizaram US$ 974,3 milhões, representando 181.727 toneladas.
A queda foi provocada parcialmente pela suspensão das exportações de carne bovina para a China. Em 22 de fevereiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou a interrupção dos envios do produto para o país chinês, devido a um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mais conhecida como “mal da vaca louca”, em um bovino de 9 anos de uma propriedade rural do Pará.
No primeiro bimestre, as vendas externas de carne bovina alcançaram US$ 1,546 bilhão, com o envio de 336.102 toneladas. Os números representam queda de 13% em receita e de 1% em volume, em comparação ao mesmo período de 2022, quando o faturamento foi de US$ 1,772 bilhão, com embarques de 339.188 toneladas.
A China continua sendo a maior importadora da carne bovina brasileira. Em janeiro, o país importou 100.165 toneladas e em fevereiro 72.536 toneladas. No acumulado do ano, as vendas para o país asiático somaram US$ 840 milhões, com queda de 4,2% em relação a 2022 (USD$ 877,6 milhões).
Os Estados Unidos foram o segundo maior importador, proporcionando receitas de US$ 171,6 milhões (- 25,6% em relação a 2022), com movimentação de 35.651 toneladas (-18% na comparação com o ano passado).
O Chile foi o terceiro maior importador, com receita de US$ 53,9 milhões (US$ 55,2 milhões em 2022) e compras de 11.617 toneladas neste ano, contra 11.436 toneladas de 2022. (+1,6%).
O quarto importador foi o Egito, com receita de US$ 42,8 milhões (queda de 64,4% em relação a 2022, com US$ 120,2 milhões) e movimentação de 12.338 toneladas (no ano passado 31.705 toneladas, queda de 61,1%).
Na quinta posição aparece Hong Kong, com receita de US$ 63,6 milhões em 2002 para US$ 42,2 milhões nos dois primeiros meses de 2023. O volume caiu de 17.635 toneladas em 2022 para 13.965 toneladas no mesmo período de 2023 (-20,8%).
No total, 61 países aumentaram as compras de carne bovina e 73 reduziram as importações.
