As importações de carne bovina dos Estados Unidos caíram 9,2% em setembro/22 em relação ao resultado obtido em igual mês do ano passado, informou o portal norte-americano beefmagazine.com, com base em informativo divulgado pela Universidade Estadual de Oklahoma (OSU, na sigla em inglês).
Trata-se do quarto mês consecutivo de baixa nas compras externas da proteína do país da América do Norte, que é o segundo maior importador mundial da commodity, atrás da China.
No acumulado de janeiro a setembro de 2002, porém, as importações totais de carne bovina dos EUA são 6,4% maiores na comparação com o mesmo período de 2021, puxados pelas fortes compras registradas no início do ano.
Segundo a universidade de Oklahoma, as importações de carne bovina do Brasil, importante fornecedor da proteína ao mercado norte-americano, aumentaram no início de 2022, quando um embargo chinês à carne brasileira, anunciado no final de 2021, disponibilizou grandes suprimentos de carne brasileira.
Em janeiro de 2022, o Brasil foi a maior fonte de importações de carne bovina dos EUA e respondeu por 28,4% do total de compras da proteína no mês, relembro o informativo.
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Em setembro/22, após quatro meses de queda (no comparativo anual), o Brasil respondeu por 9% das importações norte-americanas de carne bovina – foi o maior fornecedor mundial durante o mês.
No acumulado deste ano, além do Brasil, Canadá e México também registraram avanço nas exportações da proteína bovina ao mercado norte-americano (sobre mesmo período de 2021), enquanto as vendas da Austrália e da Nova Zelândia caíram em igual intervalo de comparação.
Na visão da universidade, as importações norte-americanas de carne bovina devem continuar diminuindo até o final do ano, mas provavelmente aumentarão em 2023, já que a produção de carne bovina dos EUA está caindo para níveis recordes.
“A produção doméstica de carne bovina magra para processamento pode cair acentuadamente nos próximos meses, tornando as importações de carne bovina mais atraentes, especialmente quando impulsionadas pelo dólar forte”, concluiu o estudo.
Embora muitos fatores possam estar impactando os declínios nas importações dos EUA de carne bovina, talvez o maior deles seja a taxa de abate doméstico de vacas, observa um recente informativo publicado pelo portal norte-americano beefmagazine.com.
As importações de carne bovina são menores quando o abate de vacas é maior e vice-versa. As importações de carne bovina e o abate doméstico de vacas contribuem para a produção de carne moída e se complementam.
“As importações de carne bovina são menores quando o abate de vacas é maior e vice-versa”, observa o informativo, que acrescenta: “As compras de carne bovina de outros países e o abate doméstico de vacas contribuem para a produção de carne moída e se complementam”.