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Entidades repudiam Lula por dizer que associa agricultura ao fascismo

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lula - pt - regulação da agroindústria

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

pelo menos sete entidades que representam os produtores rurais repudiaram as declarações do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista ao ‘Jornal Nacional’ na última quinta-feira (25), na qual classificou parte do setor como “fascista” e “direitista”.

As manifestações da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) foram divulgados em notas no último final de semana.

Na sexta-feira (26), a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) já tinha publicado uma nota de desaprovação semelhante. Aprosoja-MT afirmou que o surgimento do regime totalitário fascista na Itália representa um “página triste” na história humana.

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“Mera desonestidade argumentativa do emissor” — Aprosoja-MT

“Embora, na ausência de vocabulário ofensivo, muitos usem esse termo para atacar aqueles que não concordam com suas ideias, o uso indiscriminado da terminologia não altera o que ela realmente representa, mas apenas mera desonestidade argumentativa por parte do emissor ”, disse Aprosoja-MT. , entidade que representa cerca de 7.500 produtores de soja e milho em Mato Grosso.

Aprosoja-MT critica mais Lula

O ex-presidente Lula

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A Aprosoja-MT também afirmou que Lula em “lapso de espontaneidade” fez uma “menção desonrosa” além dos produtores que não aderem ao seu projeto de governo. “Sobre este ataque vil e ofensivo, não há mais nada a dizer do que repudiamos veementemente e lamentamos que quem pensa assim sobre seu próprio povo esteja concorrendo ao mais alto cargo da República.”

“Ele sabe muito bem que esse tipo de infração atinge a todos” — Aprosoja-MT

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“Embora, ao ser questionado pelos entrevistadores, o candidato Lula tenha tentado relativizar o conteúdo desrespeitoso de seu discurso, dizendo que era apenas uma parte do setor, ele sabe muito bem que esse tipo de ofensa recai sobre todos, pois o único elogio para o setor foi dada por meio de uma citação nominal de um mega agricultor, seu amigo pessoal”, disse Aprosoja-MT, referindo-se ao fato de Lula ter mencionado o ex-ministro da Agricultura — e também produtor de grãos em Mato Grosso. Grosso — Blairo Maggi.

A entidade afirmou ainda que talvez a resposta do apoio de muitos produtores ao presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL), seja na defesa da liberdade econômica, direitos de propriedade e segurança e criticou “Ataques violentos” feitas aos produtores pelos “militantes” de Lula.

Sobre comentário referente ao MST

Fonte: MST

Fonte: MST

A SRB contestou as declarações de Lula sobre a invasões do Movimento Sem Terra (MST) se restringir a terras improdutivas e a associação do setor com o desmatamento. “O MST liderou invasões não só de propriedades rurais em diferentes regiões do Brasil, mas também de centros de pesquisa de empresas e instituições que são referências mundiais para o desenvolvimento da agricultura”.

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“A agricultura brasileira vem avançando em práticas cada vez mais sustentáveis” — SRB

“A SRB também rejeita generalizações atribuídas ao setor, classificando-as como antagônicas às atuais políticas ambientais. Sabemos que a agricultura brasileira vem avançando em práticas cada vez mais sustentáveis, adequando-se às rígidas leis ambientais, e não podemos deixar que os produtores rurais sejam confundidos com criminosos”, disse a entidade em nota enviada à imprensa.

Outras instituições sobre o discurso de Lula

Fonte: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Fonte: Heinrich Aikawa/Instituto Lula

A Faesp afirmou que o Produtores paulistas “estão longe do espectro fascista” e a favor de uma agricultura sustentável. “A Faesp esclarece que os produtores demonstram – e continuam demonstrando – a toda a sociedade brasileira que defendem a agricultura sustentável, colocando em prática diversas ações e programas com esse objetivo”, mencionando a defesa da própria entidade do Código Florestal Brasileiro e a contribuição para a segurança alimentar do país. “Acreditamos que as manifestações em contrário são fruto do desconhecimento sobre o agronegócio brasileiro”, disse.

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Nesse sentido, a Famasul descreveu o discurso de Lula como um qualificação “frívola” e “criminosa” do agronegócio brasileiro e que demonstra “completo desconhecimento” sobre o setor. “A Famasul subscreve as palavras do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)João Martins, que, durante o Encontro Nacional do Agro, afirmou que ‘não há mais espaço neste país para uma equipa corrupta e incompetente, e muito menos para o regresso de um candidato que foi processado e preso como ladrão’”, disse a entidade. .

“Os produtores rurais que fazem o agronegócio brasileiro são trabalhadores incansáveis” — Faec

Outra instituição e para repetir a fala de Martins foi a Faec. “Diferente do candidato, que nega o assalto aos cofres públicos do país quando estava no poder – crime confessado por seus apoiadores -, os produtores rurais que fazem o agronegócio brasileiro são trabalhadores incansáveis. As palavras do candidato não mudarão a realidade. Ao mesmo tempo em que repudia suas declarações contra o agronegócio, a Faec exorta o candidato a deixar em paz quem quer produzir e gerar renda! representa os produtores rurais do Ceará.

Em defesa dos produtores rurais

produtor
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Foto: Pixabay

A Farsul criticou o uso do termo, afirmando que o discurso ofendeu “milhões de produtores ruraisindustriais, comerciantes, prestadores de serviços, trabalhadores rurais e empresas do agronegócio”.

“Não é o ataque que nos preocupa, mas a demonstração inaceitável de ódio contra eles. Seria mais importante para o país se tivessem sido apresentadas propostas, pois, durante o ciclo petista no poder, vivenciamos a nova matriz econômica, que mergulhou o país na maior crise econômica dos últimos 100 anos. Ou, pelo menos, uma proposta clara de como evitar que os escândalos de corrupção ocorridos durante sua gestão se repitam”, rebateu Farsul.

Na última sexta-feira (26), a ABCZ afirmou que as falas de Lula mostram seu desconhecimento sobre o setor. “Lula nomeou como ‘fascista’ o agronegócio brasileirodemonstrando total desconhecimento sobre a importância e a realidade do nosso setor”, disse o presidente da associação, Rivaldo Machado Borges Júnior.

“A pecuária e a agricultura brasileira são reconhecidas por sua fundamental importância para a segurança alimentar mundial” — Rivaldo Machado Borges Júnior

“Mais do que sustentar economicamente o país, a pecuária e a agricultura brasileira são reconhecidas por sua fundamental importância para a segurança alimentar mundial. Assim, esse setor não pode ser rotulado como violento e autoritário”, acrescentou Borges Júnior em nota.

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