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Em 10 anos, olivicultura gaúcha investe mais de R$ 1 bilhão para ampliar a produção

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Atividade em expansão no Rio Grande do Sul, a olivicultura busca se fortalecer cada vez mais para ampliar sua participação no mercado, a exemplo dos investimentos feitos pelos olivicultores para ampliar a capacidade produtiva. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), só no ano passado, o aporte das empresas do setor foi de cerca de R$ 150 milhões. Nos últimos 10 anos, informa a entidade, o valor ultrapassa R$ 1 bilhão.

Segundo o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, novas áreas também estão sendo plantadas no estado. “A todo momento, temos notícias de novos produtores. E agora temos um grande número de trabalhadores que estão recebendo esses recursos da colheita. Em grandes empreendimentos, temos trabalhadores registrados com carteira de trabalho assinada; nas menores, há funcionários e familiares. É um momento importante que estamos vivendo”, destaca, prevendo uma super safra em 2023.

A estimativa, segundo o dirigente, é que cerca de 5 mil pessoas estejam envolvidas na colheita, em um período de 30 a 90 dias, dependendo da propriedade. “Hoje vem uma cultura que mostra uma vocação muito diferente de todas as outras. Estamos na terceira seca seguida e, mesmo assim, aumentamos a produção. Isso reforça que o Rio Grande do Sul tem aptidão para produzir oliveiras e tem uma cultura que vai crescer muito.”

Um dos exemplos de investimento está em São Gabriel, na Fronteira Oeste do RS. Recentemente, a Casa Gabriel Rodrigues inaugurou seu novo moinho. Segundo Maria Cristina Cunha, sócia e proprietária do empreendimento, juntamente com o marido, Marco Aurélio Cunha, o investimento foi um sonho de muitos anos que se tornou realidade:

“Queríamos muito a máquina Pieralisi, que atendesse às expectativas dos produtores. E isso foi possível porque a empresa facilitou a aquisição dessa planta industrial”, diz Maria Cristina. A Casa Gabriel Rodrigues, informa a produtora, também obteve financiamento do BNDES, por meio do programa ABC. A operação financeira foi realizada por meio do Banrisul.

aumento na produção

A nova fábrica tem capacidade para absorver 500 quilos por hora para a produção de azeite, podendo chegar aos 800 quilos por hora dependendo do tipo de operação. “Contratamos um engenheiro agrônomo que trabalha conosco há seis meses e que também trabalha em Portugal. Além disso, fechamos parcerias com outros vizinhos. Isso viabiliza o pagamento dos nossos investimentos”, enfatiza Maria Cristina.

Segundo o proprietário da Casa Gabriel Rodrigues, neste ano a produção já dobrou e a expectativa é aumentar ainda mais. “Fizemos pomares com idades diferentes. Assim, a cada ano entra um pomar com maior produção. No próximo ano devemos dobrar novamente. A nossa capacidade é de produzir 40.000 litros de azeite e devemos ter algum tempo para chegar a esta quantidade de litros. É um longo caminho a percorrer, mas sentimos que a demanda está aumentando a cada ano”. A cada safra e poda, acrescenta, o empreendimento gera pelo menos 35 novos empregos.

Além da Casa Gabriel Rodrigues, Fernandes informa que outras empresas construíram ou estão ampliando suas usinas, como Lagar H e Azeite Puro, ambas de Cachoeira do Sul (RS), Azeite Milonga, de Triunfo (RS), Azeite Sabiá, de Encruzilhada do Sul (RS), e Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu (RS).

Olivoturismo também é explorado, com investimentos feitos no Parque Olivas de Gramado, em Gramado (RS), que está ampliando sua estrutura para receber visitantes. A Pousada Olival Vila do Segredo, em Caçapava do Sul (RS), também vem investindo em estruturas para o turismo.

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