Uma doença que afeta os gatos e é causada por fungos também pode ser transmitida aos humanos.

No dia 4 de abril, o Ministério Público do Paraná realiza reunião técnica com órgãos públicos e organizações da sociedade civil para tratar do recente aumento do quadro de casos de esporotricose, doença que atinge principalmente gatos, mas também pode ser transmitida a humanos, com complicações graves se não for tratada a tempo.

O tema é acompanhado pelo Ministério Público de Defesa do Meio Ambiente de Curitiba desde o ano passado, com a instauração de procedimento administrativo próprio.

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Causada por um fungo – encontrado na terra, em espinhos, farpas, madeira e outros materiais em decomposição – a esporotricose é transmitida, principalmente entre os felinos, no contato entre animais infectados, a partir de arranhões e mordidas. Sua manifestação ocorre principalmente como lesões cutâneas que, se não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem se agravar. Já foram registradas mortes, inclusive, de pacientes imunossuprimidos, como portadores de HIV, doentes renais e pessoas em quimioterapia para tratamento de câncer.

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O objetivo do Ministério Público ao acompanhar a situação é garantir que as ações necessárias para conter a doença sejam adotadas pelos gestores públicos responsáveis. Para tanto, foi constituído um grupo de trabalho com a participação de diversos órgãos públicos e entidades afins, como as secretarias de Meio Ambiente e Saúde dos municípios da Região Metropolitana, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Paraná, a Secretaria Estadual de Saúde, Universidade Federal do Paraná, entre outros, que têm se reunido periodicamente para tratar do assunto. O objetivo da reunião de 4 de abril é avançar na definição de estratégias conjuntas para conter a propagação da doença e disseminar informações entre a população sobre formas de prevenção e os primeiros passos a serem tomados sempre que houver suspeita de contaminação.

Registros

Inicialmente restrita às áreas rurais, a doença também foi identificada e tem apresentado crescimento significativo nas regiões metropolitanas de vários estados. No Paraná, os primeiros registros de contágio da doença ocorreram a partir de 2011, na Região Metropolitana de Curitiba. Desde então, os números cresceram significativamente: enquanto em 2017 foram 43 registros, em 2022 as ocorrências chegaram a 4.141 em todo o estado. Esse cenário, com aumento das ocorrências, tanto em humanos quanto em animais, levou a Secretaria de Estado da Saúde a tornar obrigatória a notificação dos casos atendidos tanto nos serviços de saúde públicos quanto nos privados em todo o estado.

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A esporotricose é caracterizada por feridas na pele que não cicatrizam e podem se deteriorar muito rapidamente. A recomendação dos profissionais é procurar atendimento de um especialista em medicina veterinária assim que surgirem os primeiros sintomas nos animais para a devida identificação da doença.

Com MP/PR

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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