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Redução ano a ano da captação na cadeia de lácteos do Mato Grosso: desafios e oportunidades

A redução contínua na captação de leite na cadeia de lácteos do Mato Grosso tem preocupado os produtores. Um estudo encomendado pela Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite-MT) e realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (IMEA) revelou os desafios e oportunidades dessa atividade no estado.

O estudo, intitulado “Diagnóstico da Cadeia Láctea em Mato Grosso”, entrevistou cerca de 2.500 produtores, 24 laticínios e oito cooperativas, visando compreender a realidade do setor. Os resultados mostram uma queda no ranking de produção do estado, que foi o 8º maior produtor de leite e agora ocupa a 12ª posição.

Em entrevista ao Estúdio Rural, Cleiton Gauer, superintendente do IMEA, destacou alguns pontos levantados pelo estudo. Um deles é a falta de educação formal dos produtores em comparação com outras cadeias produtivas. Essa lacuna evidencia a necessidade de capacitação e treinamento técnico para os produtores da região.

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“Conseguimos ter um panorama dos desafios do produtor, da aplicação de tecnologias no campo e quais são as perspectivas de desenvolvimento para os últimos anos”, explicou Gauer.

Outro dado preocupante é a dependência financeira dos produtores em relação à atividade leiteira. Cerca de 70% deles obtêm a maior parte de sua renda com a produção de leite. Além disso, aproximadamente 50% têm ocupações paralelas e 40% possuem outro emprego para complementar a renda. Essa situação impede a dedicação exclusiva dos produtores à atividade e gera dificuldades na gestão das propriedades.

Foto: Freepik

Mão de obra familiar

De acordo com o estudo, a força de trabalho nas propriedades é majoritariamente composta por familiares. Menos de 10% dos produtores têm contratos de trabalho direto e cerca de 20% contratam mão de obra temporária.

“A mão de obra, na maioria das vezes, é o produtor e sua família. Quando vemos a atuação dos cônjuges, é algo muito significativo. 58% deles trabalham em algum lugar da propriedade. O casal está trabalhando junto operacionalmente. E as crianças também, em menor escala, mas sempre ajudam”, ressaltou Gauer.

Sucessão familiar

O estudo revelou ainda uma preocupação em relação à sucessão familiar nas propriedades leiteiras. A nova geração de produtores apresenta baixo interesse em permanecer na atividade, sendo direcionada para outras áreas com maior potencial de receita. A falta de manutenção nas propriedades e os desafios enfrentados pelos produtores desestimulam a continuidade da atividade.

“Isso acontece pela falta de manutenção nas propriedades, tendo um potencial de receita maior em outros locais porque acaba a atividade leiteira, dependendo do investimento, estrutura os desafios das propriedades se manterem até que haja atividade no futuro, o próprio produtor acaba passando isso para a criança, diminuindo o interesse”, explicou Gauer.

O estudo revelou também que 15% dos produtores entrevistados já afirmam que pretendem deixar a atividade leiteira.

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Conclusão

O estudo encomendado pela Aproleite-MT e realizado pelo IMEA mostrou os desafios enfrentados pelos produtores de leite no Mato Grosso. A queda na captação de leite, a falta de capacitação dos produtores, a dependência financeira da atividade e a baixa taxa de sucessão familiar são alguns dos pontos preocupantes identificados. Para garantir a sustentabilidade da cadeia de lácteos no estado, é necessário investir em capacitação, acesso a tecnologias e incentivos para a nova geração de produtores.

Perguntas frequentes

1. Qual foi a queda na captação de leite no Mato Grosso?

No último ano, o Mato Grosso caiu do 8º para o 11º lugar no ranking de produção de leite, e no primeiro trimestre de 2023, recuou para a 12ª colocação.

2. Quais foram os principais desafios identificados no estudo?

O estudo apontou a falta de educação formal dos produtores, a dependência financeira da atividade leiteira e a baixa taxa de sucessão familiar como os principais desafios enfrentados pelos produtores de leite no Mato Grosso.

3. Qual é a força de trabalho nas propriedades leiteiras?

A mão de obra nas propriedades leiteiras é majoritariamente composta por familiares dos produtores. Menos de 10% têm contratos de trabalho direto e cerca de 20% contratam mão de obra temporária.

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4. Por que a nova geração de produtores não tem interesse em permanecer na atividade?

A falta de manutenção nas propriedades, os desafios enfrentados pelos produtores e a baixa rentabilidade da atividade leiteira desestimulam a nova geração de produtores a permanecer na atividade.

5. Quais são as perspectivas para a cadeia de lácteos no Mato Grosso?

Para garantir a sustentabilidade da cadeia de lácteos no Mato Grosso, é necessário investir em capacitação dos produtores, acesso a tecnologias e incentivos para a nova geração de produtores. Essas medidas podem contribuir para o crescimento e desenvolvimento da atividade no estado.

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Redução ano a ano da captação na cadeia de lácteos do Mato Grosso. Os desafios e oportunidades da atividade foram apontados em estudo encomendado pela Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite-MT) e realizado por Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (altura). A chamada “Diagnóstico da Cadeia Láctea em Mato Grosso”, ele ouviu cerca de 2.500 produtores, 24 laticínios e oito cooperativas, buscando entender a realidade do setor no estado.

Mato Grosso, que já foi o 8º maior produtor de leite, caiu para 11º no ano passado e, no primeiro trimestre de 2023, recuou para a 12ª colocação.

O Estúdio Rural esta semana recebeu o superintendente do alturaCleiton Gauer, para falar sobre a análise do estudo.

estudio rural cadeia do leite

Foto: Canal Rural Mato Grosso

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“Conseguimos ter um panorama dos desafios do produtor, da aplicação de tecnologias no campo e quais são as perspectivas de desenvolvimento para os últimos anos”, explica Gauer.

Um dos pontos levantados pelo superintendente é que o nível de educação dos produtores é menor quando comparada a outras cadeias produtivas já analisadas pelo instituto. Portanto, torna-se maior a necessidade de ações de capacitação e tecnicização dos produtores.

Além disso, Gauer comentou que sobre 70% dos produtores obtêm a maior parte de sua renda com a atividade leiteira. “Cerca de 50% informaram ter ocupação com outras atividades gerais e quase 40% possuem outro emprego para complementar a renda. O produtor não pode ter dedicação exclusiva e a propriedade não pode gerar frutas suficientes para ele permanecer junto com a família”, explica.

leite - ipca

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Foto: Freepik

mão de obra familiar

Dado o perfil das propriedades analisadas, a força de trabalho é majoritariamente familiar. Pelas leituras feitas no estudo, menos de 10% têm contrato direto para trabalhar na atividade leiteira e cerca de 20% contratam mão de obra temporária.

“A mão de obra, na maioria das vezes, é o produtor e sua família. E quando vemos a atuação dos cônjuges, é algo muito significativo. 58% deles trabalham em algum lugar da propriedade. O casal está trabalhando junto operacionalmente. E as crianças também, em menor escala, mas sempre ajudam”, ressalta.

sucessão familiar

Um alerta revelado pelo diagnóstico foi o baixo interesse de muitos produtores em permanecer na atividade nos próximos anos. Isso, principalmente aos que fazem parte da nova geração no campo.

Há uma fatia dos jovens que pretendem permanecer na atividade, mas a maioria não se interessa. E inclusive, já são direcionados para malhar em outra atividade.

“Isso acontece pela falta de manutenção nas propriedades, tendo um potencial de receita maior em outros locais porque acaba a atividade leiteira, dependendo do investimento, estrutura os desafios das propriedades se manterem até que haja atividade no futuro, o próprio produtor acaba passando isso para a criança, diminuindo o interesse”, explica Gauer.

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Ao todo, 15% dos produtores entrevistados já afirmam que pretendem deixar a atividade.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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Fonte: Canal Rural

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