Destaque na produção de alimentos orgânicos no norte de Mato Grosso.

Uma pequena propriedade rural, próxima a Alta Floresta, no norte de Mato Grosso, faz parte de uma rede de produção orgânica na parte amazônica do estado. A fazenda tem cinco hectares e é administrada por Adeildo Antonio Sopeletto, ou Toninho, como prefere ser chamado.

A Rede de Produção Orgânica da Amazônia Matogrossense (Revolução), na comunidade de Guadalupe, reúne 13 organizações comunitárias de pequenos produtores em sete municípios da região.

A produção orgânica do local é o tema do episódio 35 do MT Sustentável.

A história do fazendeiro começado em 1986 quando veio para Mato Grosso, trabalhou em fazendas de gado e em 2001 adquiriu área própria. Nela, realizou o sonho de construir uma plantação de café. O diferencial da propriedade é o café orgânico sombreado. Sem adubação química e com várias árvores no meio e ao lado da plantação.

“Nossa fertilização acontece de forma orgânica. Utilizamos biofertilizantes, através do biodigestor, e a limpeza é feita na roçadeira. Cortamos cerca de 3 vezes por ano para fornecer palha e é o que tiramos das folhas das árvores, madeira… A grama que cortamos, trazemos para o campo para proteger o solo”, explica o Sr. Antonio.

Como protocolo de produção orgânica, ao redor do cafezal de um hectare, um barreira natural com capim açu. A medida ajuda evitar a contaminação de foraderivados de herbicidas e outros produtos químicos que podem ser aplicados nas proximidades.

O café colhido na propriedade é seco, descascado, torrado e moído no local. Dessa forma, sai pronto, a gosto do cliente.

Foto: Leandro Balbino/ Canal Rural MT

Integração de lavoura pecuária

A propriedade ainda reserva espaço para um hectare de pastagem, que foi dividida em piquetes e com cerca elétrica. No local, ele mantém quatro vacas para produção de leite e todos os dejetos dos animais vão para o biodigestor.

O gás metano, resultante da decomposição da matéria orgânica, é canalizado para a cozinha e ajuda a reduzir os gastos familiares. Já o biofertilizante vai para o cafezal.

produção orgânica

As boas práticas na propriedade foram decisivas para sua participação em um grupo de agricultores, que visa produzir orgânicos. Toninho faz parte do Repoama desde 2019.

A rede foi criada a partir da iniciativa do Instituto Centro de Vida (ICV).

A destinação correta do lixo doméstico é obrigatória para certificar a propriedade como orgânica. Ali foi construída uma fossa séptica. biodigestor. E o que resta do processo é biofertilizante.

O sistema agroflorestal adotado por Antônio inclui árvores em toda a propriedade. Muitos são frutíferos e geram renda. As geladeiras da casa estão cheias de polpas de frutas fabricadas aqui, dentro dos padrões exigidos e prontos para comercialização.

+Confira todos os episódios da série MT Sustentável

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