Análise das Condições Climáticas no Rio Grande do Sul
Com o fechamento da primeira metade de maio, as condições climáticas no Rio Grande do Sul têm desafiado as atividades agrícolas, em especial a colheita. O adiamento das operações tem levado a perdas significativas, como a abertura de vagens, germinação de grãos e proliferação de fungos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as precipitações diminuíram, permitindo breves janelas para a colheita em grande parte do Estado, embora com alto teor de umidade tanto no solo quanto nas plantas.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Diante desse cenário, a produtividade da soja tem sido impactada, com redução drástica na qualidade dos grãos. O avanço da colheita tem sido limitado, com estimativas de que grande parte das lavouras restantes possam ser abandonadas devido à inviabilidade econômica. Além disso, as fortes chuvas afetaram a cultura do milho e do milho silagem, resultando em perdas e dificuldades na realização das operações.
Nesse contexto, os produtores estão buscando alternativas como acionar o seguro agrícola e renegociar dívidas para mitigar os prejuízos. A estrutura dos solos também foi severamente afetada, levando à preocupação com a recuperação futura. O panorama atual da agricultura gaúcha reflete a complexidade das condições climáticas e a necessidade de soluções eficazes para enfrentar os desafios presentes e futuros.
Além disso, confira abaixo esses posts:
Pragas de Milho e Sorgo: Descubra as Ameaças Ocultas para Sua Colheita
06 Dicas Essenciais para Plantar Sorgo com Sucesso
Estimativas de perdas na colheita de soja
As condições climáticas desfavoráveis no Rio Grande do Sul estão causando grandes perdas na colheita de soja. Com a continuidade das chuvas, os grãos estão sofrendo deterioração, resultando em uma redução drástica na qualidade. Até o momento, 85% das lavouras de soja foram colhidas, apresentando um avanço de sete pontos percentuais em relação à semana anterior.
Desafios na colheita do milho e milho silagem
As elevadas precipitações também impactaram a colheita de milho, com apenas 2% de avanço em relação à semana anterior. As atividades de colheita do milho silagem estão sendo realizadas de forma lenta, priorizando a maturação ideal dos grãos e a qualidade nutricional das plantas. As chuvas acentuaram o acamamento das plantas afetadas pela cigarrinha, resultando em possíveis perdas significativas.
Impacto nas culturas de feijão e arroz
A colheita da feijão 1ª safra foi concluída, com uma produtividade estimada em 1.930 kg/ha. Já na feijão 2ª safra, as condições climáticas continuam desfavoráveis, prejudicando o desenvolvimento da cultura. A colheita do arroz também avançou pouco devido às chuvas, com lavouras em condição de alagamento. A estrutura dos solos foi severamente afetada, exigindo esforços de recuperação nos próximos anos.
Além disso, confira abaixo esses posts:
Preço do Bezerro Nelore e Mestiço Atualizado
Preço da vaca Nelore e Mestiça Atualizado
Impactos das Chuvas nas Colheitas Gaúchas: Desafios para a Recuperação
Diante das perdas significativas causadas pelas condições climáticas desfavoráveis no Rio Grande do Sul, os produtores enfrentam desafios na recuperação das lavouras. Com o adiamento da colheita devido ao excesso de chuvas, as perdas já são visíveis, tanto na qualidade dos grãos de soja quanto na produtividade do milho silagem. A situação é agravada pela impossibilidade econômica de colher as áreas restantes, levando alguns produtores a acionar o seguro agrícola ou renegociar dívidas.
A recuperação dos solos também se mostra como um desafio, com a estrutura e fertilidade dos terrenos impactados pelas enchentes. Será necessário um trabalho árduo nos próximos anos para restaurar a capacidade produtiva das áreas afetadas. Os cuidados agronômicos serão essenciais para garantir o desenvolvimento das culturas e a produção de alimentos no estado.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Análise das Condições Climáticas e Impacto na Colheita no Rio Grande do Sul
No fechamento da primeira metade de maio, as condições climáticas sobre o Rio Grande do Sul permaneceram desfavoráveis para as atividades de campo, especialmente a colheita. As perdas aumentam diariamente com o adiamento da operação, provocando a abertura de vagens, a germinação de grãos ou seu comprometimento pela proliferação de fungos.
1. Qual é o impacto das condições climáticas na colheita de soja no Rio Grande do Sul?
O excesso de chuvas tem resultado em uma redução drástica na qualidade dos grãos de soja, levando a perdas significativas. Cerca de 85% das lavouras de soja já estão colhidas, apresentando deterioração devido às condições adversas.
2. Como os produtores estão lidando com as perdas na colheita de soja?
Os produtores estão acionando o seguro agrícola para cobrir parte das perdas. Aqueles sem cobertura estão buscando renegociar dívidas e transferir pagamentos para períodos futuros, devido à inviabilidade econômica da colheita das áreas afetadas.
3. Qual é a situação da colheita de milho no estado?
Devido às chuvas intensas, a colheita de milho está sendo prejudicada, com perdas por germinação de grãos em espigas e incidência de doenças fúngicas. A cultura da soja tem sido priorizada em relação ao milho nas poucas oportunidades de colheita.
4. Como está a colheita de milho silagem e feijão no Rio Grande do Sul?
A colheita de milho silagem tem sido lenta devido à priorização de outras lavouras de verão. No caso do feijão, a 1ª safra foi concluída, enquanto a 2ª safra enfrenta condições climáticas desfavoráveis.
5. Qual é a situação da colheita de arroz no estado?
A colheita de arroz avançou pouco, com algumas lavouras em alagamento devido às chuvas. A estrutura dos solos foi severamente afetada pelas condições climáticas, demandando anos de trabalho na recuperação agronômica dos solos.
Recuperação de Solos: Um Desafio Após as Condições Climáticas
A estrutura dos solos no Rio Grande do Sul foi severamente afetada pelas chuvas, exigindo um esforço conjunto na recuperação da fertilidade e capacidade produtiva. Serão anos de trabalho na restauração da qualidade do solo e na proteção contra erosão para garantir a sustentabilidade da agricultura no estado.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
No fechamento da primeira metade de maio, as condições climáticas sobre o Rio Grande do Sul permaneceram desfavoráveis para as atividades de campo, especialmente a colheita. O fato agrava a situação, pois as perdas aumentam diariamente com o adiamento da operação, provocando a abertura de vagens, a germinação de grãos ou seu comprometimento pela proliferação de fungos. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), as precipitações foram menos recorrentes, o que permitiu pequenas janelas temporais para a realização da colheita em grande parte do Estado, apesar dos altos teores de umidade no solo e nas plantas.
“Da soja colhida se observa redução drástica na qualidade dos grãos, em comparação ao produto obtido antes do excesso de chuvas”, destaca o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, ao analisar que na safra 2023-2024 o Rio Grande do Sul cultivou 6,68 milhões de hectares, que é a maior área cultivada. “Na última análise feita pela Emater, se verifica que 85% das lavouras de soja estão colhidas, apresentando um avanço de sete pontos percentuais”, diz, ao ressaltar que “parte dos municípios produtores de soja e parte dos agricultores optaram por colher, ainda que o grão esteja em condições não favoráveis e mesmo no período de calamidade”.
Nesse sentido, a Emater/RS-Ascar estima que nos próximos dias o avanço da colheita da soja provavelmente será pouco significativo, já que muitas lavouras, dos 15% restantes, devem ser abandonadas em razão da inviabilidade econômica, ou seja, a colheita dessas áreas não cobre os custos da operação, o frete e os descontos aplicados no recebimento pelas cerealistas. Os prejuízos serão maiores nas regiões Centro, Sul e Oeste do Estado, onde grandes extensões ainda não haviam sido colhidas.
Diante dessas perdas significativas, os produtores estão acionando o seguro agrícola. Aqueles que não possuem cobertura para suas lavouras buscarão renegociar as dívidas com os cerealistas e com outros financiadores da safra, transferindo para os períodos futuros a quitação dos débitos. A estimativa de produtividade projetada inicialmente era de 3.329 kg/ha, mas deverá variar negativamente, dependendo dos resultados de lavouras a colher ou perdidas.
Milho – As elevadas precipitações e o alto teor de umidade do ar, nas últimas semanas, ocasionaram perdas treferentes à germinação de grãos em espigas, incidência de doenças fúngicas e desenvolvimento de micotoxinas. Novamente, nas poucas oportunidades de colheita, a cultura da soja foi priorizada em relação ao milho. O período apresentou avanço de apenas 2% nas operações de colheita em comparação à semana anterior, atingindo 88% no Rio Grande do Sul. Cerca de 9% das lavouras estão em maturação e 3%, em enchimento de grãos.
Milho silagem – As atividades de colheita e de ensilagem foram retomadas, mas de maneira lenta, com o objetivo tanto de realizar a operação em plantas próximas ao ideal de maturação dos grãos, quanto de preservar a condição verde das plantas, antes que ocorra o secamento da palhada e a consequente perda de qualidade nutricional. Porém, a operação foi realizada apenas em algumas propriedades, pois a prioridade é a colheita de outras lavouras de verão. Estima-se que 92% foram colhidos, e a produtividade projetada permanece em 35.518 kg/ha.
As fortes chuvas acentuaram o acamamento das plantas afetadas pela cigarrinha – fenômeno conhecido como enfezamento – e aumentaram a incidência de doenças bacterianas. Nessas circunstâncias, estima-se que haverá elevado índice de perdas do milho silagem.
Feijão 1ª safra – A colheita foi concluída. Estimam-se 25.264 hectares cultivados e 1.930 kg/ha de produtividade.
Feijão 2ª safra – As condições climáticas, caracterizadas por elevada umidade e temperaturas amenas, continuaram desfavoráveis para o desenvolvimento da cultura. Contudo, a interrupção das precipitações, em parte do período, permitiu a colheita com o intuito de mitigar as perdas nas lavouras maduras. Nesse contexto, a proporção de áreas colhidas atingiu 40%. A área cultivada em 2ª safra, no Estado, está estimada em 19.900 hectares, e a produtividade deverá ser inferior à projetada de 1.568 kg/ha.
Arroz – A colheita do arroz avançou pouco após um novo período marcado por dias chuvosos, havendo ainda algumas lavouras em condição de alagamento devido à cheia dos cursos d’água. Estima-se que a área colhida alcançou 86%. A área cultivada no Estado está estimada em 900.203 hectares, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A produtividade inicialmente estimada em 8.325 kg/ha poderá ser reduzida após a quantificação das perdas.
Parte da produção de arroz é armazenada em silos nas propriedades. Em alguns casos, a enchente inundou a parte inferior de muitos desses silos, ocasionando perdas elevadas pela falta de energia elétrica para a ventilação da massa de grãos e pela impossibilidade de transporte do produto por causa de danos nas estradas. Até o momento, não há uma estimativa precisa do número de silos inundados pelas águas.
RECUPERAÇÃO DE SOLOS
A estrutura dos solos, “severamente atingida nessa calamidade, tanto na agricultura como na pecuária gaúcha”, preocupa o diretor técnico da Emater/RS, pois em municípios severamente afetados pelas chuvas sofreram o carregamento de camadas de solo. “De modo geral, é possível afirmar que a estrutura dos solos, o histórico de trato agronômico acumulado por anos e anos, foi severamente impactada em todo o Estado. Isso significa que os próximos anos serão de recuperação dos solos agrícolas, porque a perda não foi só de estrutura de solo, mas também de fertilizantes e de corretivos, carregados pelas águas da enchente, pelas águas das enxurradas e pelo escoamento superficial”, ressalta Baldissera.
Para o diretor técnico, em que pese todo o cuidado na proteção de solo, com cobertura e manejo adequado, é impossível o solo absorver todo o volume de água que tem caído sobre as lavouras, “de forma que processos erosivos, desde os mais severos até processos mais brandos, carregaram aí uma riqueza bastante importante e uma fertilidade de solo que é extremamente necessária para o desenvolvimento das culturas, para o desenvolvimento dos cultivos e para a produção de alimentos”. “Então, os próximos anos serão de muito trabalho na recuperação dos solos, nos cuidados agronômicos que devem ser dispensados aos solos, a recuperar e a recuperar toda a capacidade produtiva do estado do Rio Grande do Sul no setor agropecuário”, finaliza Baldissera.