A cor da pelagem das vacas influencia no pastejo?

Descubra a influência da cor da pelagem das vacas no pastejo!

Estudo analisa o impacto da cor da pelagem nas vacas leiteiras durante o pastejo

Neste artigo, vamos analisar a influência da cor da pelagem das vacas leiteiras no comportamento dos animais durante o pastejo. Vamos abordar como a radiação solar afeta o conforto térmico dos animais de produção e como a cor da pelagem pode desempenhar um papel importante nesse contexto. O estudo aqui apresentado foi realizado por especialistas em Ciências Veterinárias da Universidade Federal de Uberlândia, trazendo conclusões importantes sobre o tema. Ao final, vamos discutir as principais descobertas e o impacto dessa análise no manejo e bem-estar dos animais. Fique conosco para descobrir mais sobre esse estudo fascinante.

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A influência da radiação solar no conforto térmico dos animais de produção

Em muitas regiões do Brasil, a temperatura elevada e o ambiente úmido podem afetar o conforto térmico das vacas leiteiras, influenciando diretamente seu comportamento durante o pastejo. Mas será que a cor da pelagem pode ter algum impacto nesse cenário? Vamos investigar a relação entre a radiação solar e o conforto térmico dos animais, expandindo o conhecimento sobre o assunto e identificando possíveis implicações práticas.


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Subtítulo 1

Os animais de produção e o ambiente térmico

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Em muitas regiões do Brasil, quando ocorre o aumento da temperatura, o ambiente térmico torna-se quente e úmido. Neste cenário é essencial garantir o conforto térmico das vacas leiteiras, pois este pode afetar diretamente o comportamento dos animais durante o pastejo. Nesse sentido, a radiação solar é um dos principais elementos que afetam o conforto térmico dos animais de produção. Durante o verão, a incidência de raios solares é intensa e pode causar desconforto térmico em vacas, sob exposição prolongada ao sol.

Subtítulo 2

O estudo sobre a cor da pelagem das vacas leiteiras

Para responder este questionamento um estudo foi realizado por (Silva et al., 2022), em uma fazenda de gado leiteiro, em Santarém – Pará, região de clima quente e úmido da Amazônia Oriental com 20 vacas em lactação (produção diária de 9L/vaca), da raça Girolando (5/8 H/G). Destas, 10 apresentavam pelame predominantemente preto e as outras 10 predominantemente branco, todas estavam no meio da lactação, em bom estado de saúde e não estavam prenhes. Os pesquisadores observaram o comportamento natural desses animais em pastejo por 12 horas diárias, durante três dias consecutivos divididos em três turnos: manhã, intermediário e à tarde. Ao final das avaliações, observou-se que em todos os horários estudados, os índices de estresse térmico indicaram estresse por calor, para bovinos leiteiros da raça Girolando.

Subtítulo 3

Impacto da cor da pelagem no comportamento das vacas

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Os animais de pelagem preta passaram mais tempo em atividades na sombra, em comparação as de pelagem branca. Os animais de pelagem clara permaneceram mais tempo ao sol, realizando seus comportamentos naturais. Observou-se que as vacas de pelagem preta nas mesmas condições de pastagem e ambiente, necessitam de um tempo maior de pastejo e apresentam a atividade de caminhar sob a sombra das árvores mais evidente que as vacas de pelagem branca. Outra observação interessante, é que as vacas de pelagem clara pastejam por mais tempo expostas ao sol, em comparação as vacas de pelagem escura.

Subtítulo 4

Evidências científicas sobre os efeitos da cor da pelagem

A cor do pelame pode desempenhar um papel importante, visto que as vacas com pelagem preta têm maior capacidade de absorver a radiação solar, o que pode aumentar a temperatura corporal e, consequentemente, causar desconforto. Por outro lado, as vacas com pelagem branca refletem mais a radiação solar, o que pode ajudar a manter a temperatura corporal.

Subtítulo 5

Impactos do estudo no manejo das vacas leiteiras

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Portanto, as vacas leiteiras apresentam mudanças em seu comportamento natural, quando expostas ao ambiente quente. Neste contexto, as vacas de pelagem preta têm maiores limitações termorregulatórias, quando expostas ao estresse por calor, do que as de pelagem branca. Este comportamento pode impactar na qualidade da forragem ingerida, devido a melhor estrutura do pasto ao pleno sol.

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Controle térmico e comportamento de vacas leiteiras

Mudanças no comportamento natural de vacas leiteiras foram observadas em um estudo que analisou o efeito da cor do pelame no estresse térmico em ambientes quentes e úmidos.

Impacto da cor do pelame

Os resultados mostraram que as vacas de pelagem preta têm maiores limitações termorregulatórias quando expostas ao calor, em comparação com as vacas de pelagem branca. Isso demonstra a importância de considerar o controle térmico no manejo dos animais em ambientes quentes, especialmente em sistemas de produção leiteira.

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Conclusão

Portanto, a cor da pelagem pode desempenhar um papel fundamental no comportamento e conforto térmico de vacas leiteiras em ambientes quentes, e deve ser levada em conta ao planejar estratégias de manejo e bem-estar animal.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Como a cor da pelagem pode influenciar o comportamento animal em pastejo?

Um estudo realizado em uma fazenda de gado leiteiro, em região de clima quente e úmido da Amazônia Oriental, observou o comportamento de vacas leiteiras com pelagem preta e branca durante o pastejo.

O que é o índice de estresse térmico e como é calculado?

O índice de estresse térmico é uma medida que indica o impacto do ambiente no conforto térmico dos animais. Ele é calculado com base na temperatura do ar e umidade relativa, sendo uma ferramenta importante para avaliar o bem-estar dos animais em condições climáticas desfavoráveis.

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Quais são as principais diferenças no comportamento das vacas de pelagem preta e branca durante o pastejo?

As vacas de pelagem preta passaram mais tempo em atividades na sombra, enquanto as de pelagem branca permaneceram mais tempo ao sol, realizando seus comportamentos naturais. Além disso, as vacas de pelagem clara pastejaram por mais tempo expostas ao sol, em comparação às vacas de pelagem escura.

Por que a cor do pelame pode desempenhar um papel importante no conforto térmico das vacas leiteiras?

Vacas com pelagem preta têm maior capacidade de absorver a radiação solar, o que pode aumentar a temperatura corporal e causar desconforto. Já as vacas com pelagem branca refletem mais a radiação solar, ajudando a manter a temperatura corporal.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Em muitas regiões do Brasil, quando ocorre o aumento da temperatura, o ambiente térmico torna-se quente e úmido. Neste cenário é essencial garantir o conforto térmico das vacas leiteiras, pois este pode afetar diretamente o comportamento dos animais durante o pastejo. Nesse sentido, será que a cor da pelagem pode influenciar o comportamento animal em pastejo?


A radiação solar é um dos principais elementos que afetam o conforto térmico dos animais de produção. Durante o verão, a incidência de raios solares é intensa e pode causar desconforto térmico em vacas, sob exposição prolongada ao sol, pode ocorrer o aumento da temperatura corporal, o que resulta em queda no seu desempenho.


Para responder este questionamento um estudo foi realizado por (Silva et al., 2022), em uma fazenda de gado leiteiro, em Santarém – Pará, região de clima quente e úmido da Amazônia Oriental com 20 vacas em lactação (produção diária de 9L/vaca), da raça Girolando (5/8 H/G). Destas, 10 apresentavam pelame predominantemente preto e as outras 10 predominantemente branco, todas estavam no meio da lactação, em bom estado de saúde e não estavam prenhes.


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Os pesquisadores observaram o comportamento natural desses animais em pastejo por 12 horas diárias, durante três dias consecutivos divididos em três turnos: manhã (6:00 às 9:55 h), intermediário (10:00 às 13:55 h) e a tarde (14:00 às 17:55 h). Os animais foram colocados todos em um único piquete de 3,5 hectares formado com capim humidicola, capim agulha (Urochloa humidicola), com acesso a sombra natural abundante, água e sal mineral a vontade. A temperatura do ar e a umidade relativa foram medidas a cada 15 minutos, para posteriormente realizarem os cálculos de índices de estresse térmico.


Ao final das avaliações, observou-se que em todos os horários estudados, os índices de estresse térmico indicaram estresse por calor, para bovinos leiteiros da raça Girolando. As vacas de pelagem preta passaram mais tempo em atividades na sombra, em comparação as de pelagem branca. Os animais de pelagem clara permaneceram mais tempo ao sol, realizando seus comportamentos naturais (Silva et al., 2022).


Os animais de pelagem preta nas mesmas condições de pastagem e ambiente, necessitam de um tempo maior de pastejo e apresentam a atividade de caminhar sob a sombra das árvores mais evidente que as vacas de pelagem branca. Os comportamentos de ócio e ruminação na sombra são mais evidentes em vacas de pelagem branca. Outra observação interessante, é que as vacas de pelagem clara pastejam por mais tempo expostas ao sol, em comparação as vacas de pelagem escura (Silva et al., 2022). Este comportamento pode impactar na qualidade da forragem ingerida, devido a melhor estrutura do pasto ao pleno sol. 


Nesse sentido, a cor do pelame pode desempenhar um papel importante, visto que as vacas com pelagem preta têm maior capacidade de absorver a radiação solar, o que pode aumentar a temperatura corporal e, consequentemente, causar desconforto. Por outro lado, as vacas com pelagem branca refletem mais a radiação solar, o que pode ajudar a manter a temperatura corporal.


Portanto, as vacas leiteiras apresentam mudanças em seu comportamento natural, quando expostas ao ambiente quente. Neste contexto, as vacas de pelagem preta têm maiores limitações termorregulatórias, quando expostas ao estresse por calor, do que as de pelagem branca.

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Autores:


Gustavo Segatto Borges – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Mara Regina Bueno Matos Nascimento – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Ana Carolina Guimarães Fenelon – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Ariadne Silva – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Fabiana O. Notário – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Lucas Vilaça – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Ray César Silva – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Rosane Ribeiro – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Ana Beatriz Inácio de Freitas – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Carolyne Dumont – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Sandra Gabriela Klein – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


Thomas Abdo Costa Calil – Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias – Universidade Federal de Uberlândia


 


Referência:


Silva, W. C.; Silva, E. B. R.; Santos, M. R. P.; et al. Behavior and thermal comfort of light and dark coat dairy cows in the Eastern Amazon. Front. Vet. Sci., v. 9, sep. 2022. https://doi.org/10.3389/fvets.2022.1006093


 


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