Abrapa e Aprosoja miram no combate à mancha-alvo

Descubra a estratégia inovadora!

Introdução

A preocupação com a mancha-alvo tem mobilizado a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil), levando à realização de um dia de campo para discutir este problema que afeta os produtores de soja e algodão. A necessidade de encontrar estratégias eficazes para o combate a essa doença se tornou uma preocupação significativa para o setor agrícola, reunindo especialistas, pesquisadores e representantes do governo para buscar soluções integradas.

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Manejo integrado como estratégia

O pesquisador da Embrapa Cerrados, Sergio Abud, foi um dos palestrantes e destacou como a mancha-alvo passou de uma doença secundária para uma grande preocupação nas lavouras, trazendo dados detalhados sobre o complexo de doenças e enfatizando os principais fatores que reduzem as perdas de produtividade. Ele ressaltou a importância do manejo fitossanitário integrado, manejo integrado de pragas e fisiologia de produção como ferramentas essenciais para maximizar os componentes de rendimento.

Para Abud, não se pode depender apenas de fungicidas para o controle das doenças. Não existe uma resposta única. É fundamental considerar fatores como genética, palhada, datas de plantio e escolha adequada de fungicidas, além de utilizar a tecnologia de aplicação correta.

O fungo Corynespora cassicola, responsável pela doença, pode sobreviver por mais de uma safra no solo, em restos culturais de plantas hospedeiras e em sementes infectadas. Essa preocupação foi destacada pelo assessor técnico da Aprosoja, Leonardo Minaré, que ressaltou o aumento dos custos para os agricultores devido à sensibilidade crescente das cultivares à doença.

Edivando Seron, consultor da ABRAPA, também expressou a preocupação do setor produtivo com os danos severos causados pela mancha-alvo, que resultam em desfolha precoce e prejuízos significativos em termos de produtividade e qualidade da fibra, no caso do algodão.

José Victor Torres, coordenador-geral de agrotóxicos e afins do Ministério da Agricultura, classificou o dia de campo como um “evento emergencial” em relação à mancha-alvo, pela análise técnica das demandas, especialmente neste ano, quando o ministério estará empenhado na regulamentação da nova lei de agrotóxicos.

Carlos Alexandre, especialista em vigilância sanitária da Anvisa, informou que o órgão trabalha em parceria com o Mapa e considera eventos como este de suma importância para ampliar o debate sobre os problemas fitossanitários que preocupam o campo.

Já Paulo Queiroz, consultor da Blink Projetos Estratégicos, abordou as megatendências no campo, destacando os desafios das principais doenças nos cultivos de soja e algodão, enfatizando a necessidade de soluções integradas e de longo prazo, dada a escassez de novas moléculas e o tempo e investimento.

“Com estimativas de que a mancha-alvo vai liderar em severidade e dano nos próximos dez anos, é evidente que o enfrentamento desse desafio exigirá esforços coordenados e uma abordagem multifacetada para garantir a segurança e a sustentabilidade da produção agrícola no Brasil”, pontuou Queiroz.

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Conclusão: Desafios e Soluções para o Controle da Mancha-Alvo

O evento de dia de campo foi fundamental para reunir especialistas, pesquisadores e representantes do setor agrícola em torno do desafio da mancha-alvo nas lavouras de soja e algodão. Ficou evidente a importância da integração entre os diferentes setores da agricultura para enfrentar desafios comuns, como o controle de doenças fitossanitárias.

O manejo integrado, apresentado como uma estratégia essencial, ressaltou a necessidade de considerar diversos fatores, como genética, manejo fitossanitário integrado e tecnologia de aplicação correta. Além disso, a conscientização sobre a sobrevivência do fungo por várias safras no solo e a sensibilidade crescente das cultivares à doença são pontos-chave a serem considerados.

Com a previsão de que a mancha-alvo se tornará ainda mais severa nos próximos anos, é crucial que os produtores, entidades e órgãos governamentais estejam preparados para adotar uma abordagem multifacetada e coordenada para garantir a segurança e a sustentabilidade da produção agrícola no Brasil.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre a Mancha-Alvo

1. O que é a mancha-alvo?

A mancha-alvo é uma doença causada pelo fungo Corynespora cassicola, que afeta as culturas de soja e algodão, resultando em prejuízos significativos na produtividade das lavouras.

2. Como o fungo responsável pela mancha-alvo sobrevive no solo?

O fungo Corynespora cassicola pode sobreviver por mais de uma safra no solo, em restos culturais de plantas hospedeiras e em sementes infectadas, aumentando a preocupação dos agricultores.

3. Quais são as estratégias de manejo integrado recomendadas para controlar a mancha-alvo?

O manejo integrado de pragas e doenças, o uso adequado de fungicidas, a escolha correta de genética, palhada e datas de plantio são ferramentas essenciais para combater a mancha-alvo de forma eficaz.

4. Qual é a importância da discussão e troca de informações sobre a mancha-alvo entre os diferentes setores da agricultura?

A integração entre os setores público e privado, além da troca de informações e experiências, contribui para o desenvolvimento de estratégias eficientes de controle da mancha-alvo, visando garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade da produção agrícola.

5. Como a mancha-alvo pode impactar a produção de alimentos no Brasil nos próximos anos?

Com estimativas de que a mancha-alvo será uma das principais doenças nos cultivos de soja e algodão nos próximos anos, o enfrentamento desse desafio exigirá esforços coordenados e uma abordagem multifacetada para garantir a segurança e a sustentabilidade da produção agrícola no país.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Por: Marcelo Lara – Jornalista especializado em Agronegócios

dia de campo mancha alvo 2
Evento realizado na Estação Experimental da Staphyt, em Formosa (GO)
Foto: Divulgação

O combate à mancha-alvo tem mobilizado a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja Brasil). As entidades organizaram um dia de campo para discutir o problema que deixou de ser secundário e se tornou uma preocupação significativa para os produtores de soja e algodão.

O evento, realizado na Estação Experimental da Staphyt, em Formosa (GO), reuniu técnicos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Embrapa, além de especialistas e pesquisadores independentes.

Na abertura do evento, o consultor da ABRAPA, Edivandro Seron, fez uma introdução falando um pouco sobre o trabalho e a representatividade da ABRAPA, onde 99% de todo o algodão brasileiro exportado passa pelos produtores associados à entidade. Isso aumenta ainda mais a preocupação com o enfrentamento de doenças como é o caso da mancha-alvo.

Durante a visita aos experimentos conduzidos pelo pesquisador Nédio Tormem, os participantes puderam observar os sintomas da mancha-alvo e discutir estratégias eficazes de combate à doença com outros especialistas do tema. As condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do fungo têm impactado as culturas de soja e algodão, resultando em prejuízos à produtividade das lavouras. Os fungos responsáveis pela mancha-alvo são agressivos e difíceis de controlar devido à sua variabilidade genética.

Para os participantes do dia de campo, ficou claro que é crucial esse tipo de discussão sobre problemas fitossanitários que afetam os produtores, dada a importância da integração entre os diferentes setores da agricultura para enfrentar desafios comuns. O controle de doenças exigirá o envolvimento de todos os agentes, tanto da iniciativa privada quanto do governo. A troca de informações e experiências contribui para a formulação de estratégias eficientes, sempre visando garantir a segurança alimentar e a sustentabilidade da produção de alimentos no Brasil.

As explicações técnicas fornecidas pelo pesquisador Nédio Tormem no campo da Staphyt permitiram observar os ciclos da doença nas lavouras, os danos severos que podem ser causados e os tratamentos disponíveis, incluindo produtos e opções para o manejo.

Segundo o pesquisador da Staphyt, a visita ao campo experimental possibilitou avaliar a eficácia de diferentes fungicidas no controle da mancha-alvo, tanto misturas já registradas e disponíveis no mercado quanto uma nova combinação diferenciada, com foco no controle do complexo de manchas.

Após a parte prática no campo experimental, a equipe ainda participou de um debate sobre a mancha-alvo, com um grupo seleto e focado em buscar soluções.

Manejo integrado como estratégia   

O pesquisador da Embrapa Cerrados, Sergio Abud, foi um dos palestrantes e destacou como a mancha-alvo passou de uma doença secundária para uma grande preocupação nas lavouras, trazendo dados detalhados sobre o complexo de doenças e enfatizando os principais fatores que reduzem as perdas de produtividade. Ele ressaltou a importância do manejo fitossanitário integrado, manejo integrado de pragas e fisiologia de produção como ferramentas essenciais para maximizar os componentes de rendimento.

Para Abud, não se pode depender apenas de fungicidas para o controle das doenças. Não existe uma resposta única. É fundamental considerar fatores como genética, palhada, datas de plantio e escolha adequada de fungicidas, além de utilizar a tecnologia de aplicação correta.

O fungo Corynespora cassicola, responsável pela doença, pode sobreviver por mais de uma safra no solo, em restos culturais de plantas hospedeiras e em sementes infectadas. Essa preocupação foi destacada pelo assessor técnico da Aprosoja, Leonardo Minaré, que ressaltou o aumento dos custos para os agricultores devido à sensibilidade crescente das cultivares à doença.

Edivando Seron, consultor da ABRAPA, também expressou a preocupação do setor produtivo com os danos severos causados pela mancha-alvo, que resultam em desfolha precoce e prejuízos significativos em termos de produtividade e qualidade da fibra, no caso do algodão.

José Victor Torres, coordenador-geral de agrotóxicos e afins do Ministério da Agricultura, classificou o dia de campo como um “evento emergencial” em relação à mancha-alvo, pela análise técnica das demandas, especialmente neste ano, quando o ministério estará empenhado na regulamentação da nova lei de agrotóxicos.

Carlos Alexandre, especialista em vigilância sanitária da Anvisa, informou que o órgão trabalha em parceria com o Mapa e considera eventos como este de suma importância para ampliar o debate sobre os problemas fitossanitários que preocupam o campo.

Já Paulo Queiroz, consultor da Blink Projetos Estratégicos, abordou as megatendências no campo, destacando os desafios das principais doenças nos cultivos de soja e algodão, enfatizando a necessidade de soluções integradas e de longo prazo, dada a escassez de novas moléculas e o tempo e investimento.

“Com estimativas de que a mancha-alvo vai liderar em severidade e dano nos próximos dez anos, é evidente que o enfrentamento desse desafio exigirá esforços coordenados e uma abordagem multifacetada para garantir a segurança e a sustentabilidade da produção agrícola no Brasil”, pontuou Queiroz.

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