Presidente da ABQM fala sobre os maiores desafios da sua gestão

Desafios enfrentados pelo Presidente da ABQM durante sua gestão

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José, ou melhor, o Zé Vasconcelos, é o que podemos chamar de autodidata. Sozinho, ainda na infância, aprendeu a fazer esculturas usando giz escolar, o que lhe rendeu prêmios e, também, uma participação em um programa da TV Cultura. Em seguida, decidiu ir para a argila e não tardou a ir para o metal, onde passou a ser totalmente reconhecido, principalmente pelas belas obras inspiradas nos cavalos, uma de suas paixões. Foi assim que nasceu a sua alcunha de escultor de cavalos. “Apesar de fazer arte contemporânea, sem dúvidas, foram eles que me deram fama”, avalia ele, que já expôs suas obras em vários países pelo mundo afora. “É um privilégio viver de arte no nosso país”, ressalta o mineiro de Guaxupé.

Em viagem pela França onde atualmente expõe os seus trabalhos no Longines Paris Eiffel Jumping 2023, o escultor de cavalos encontrou um tempo para conversar com o Portal Cavalus e falar de suas inspirações. Acompanhe!

Zé Vasconcelos, várias de suas esculturas têm o cavalo como personagem principal. De onde vem essa ligação?

Eu sou do interior de Minas, um estado famoso pela criação de cavalos desde a sua colonização. Lá, há muitas propriedades que criam esses animais. A partir dos anos 80, eu já tinha feito escultura de cavalo usando giz de escola. Após morar em Paris, abandonei a prótese dentária e fui viver de escultura. A primeira de metal foi de cavalo e está no acervo em Guaxupé. Lembro que a coloquei numa Saveiro e saí pela cidade, quando começaram as propostas para exposições. Em seguida, fiz uma exposição numa hípica em Campinas e, assim de fato, entrei para o mundo equestre. Fiquei conhecido pelo pessoal do hipismo em alguns lugares e depois fui ter contato com o pessoal do Quarto de Milha, o que fez aumentar as vendas dos meus trabalhos.

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Como foi passar da argila para o aço?

Primeiro é importante frisar que veio o giz escolar, material que esculpi de 78 até 87, quando fui morar em Campinas. Lá, quis fazer esculturas maiores e parti para a argila. Resolvi fazer isso porque eu queria fazer algo maior. Após uma viagem à França, voltando para o Brasil, senti a necessidade de me envolver diretamente com a arte e fazer esculturas ainda maiores. Como o bronze era um material muito caro, resolvi investir em material reciclado, o qual eu poderia soldar e fazer algo grande. Enquanto no giz e na argila, a gente vai retirando, no metal, eu vou soldando, ou seja, é um processo progressivo. Com o metal, tive mais liberdade para fazer o tamanho que eu quisesse. Daí, fui para o ferro e, no decorrer do tempo, para o inox.

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Você se considera um autodidata em sua arte?

Posso dizer com convicção que sou 100% autodidata, desde o desenho na escola, passando pelo giz, a argila e o ferro. Eu não sabia nem soldar. Comprei a máquina e fui aprendendo. Nunca tive aula de nada, nem de arte. Talvez isso tenha dado uma característica ao meu trabalho, mas também fez com que demorasse pra crescer. Hoje, se eu colocasse um aprendiz comigo, ele conseguiria aprender em dois anos o que desenvolvi em mais de 40 de escultura.

Como é transformar metal duro em obras de artes como as suas?

O processo de transformar o metal rígido em obra de arte também foi desenvolvido sozinho. A maioria dos escultores entortam os materiais usando fogo, martelo e outras ferramentas. Já, eu desenvolvi outra técnica para dar a curva no metal sem o martelo. Esse processo, de certa forma, enriqueceu muito a minha escultura e há quem queira entender como faço, mas é um segredo meu (risos). Faz parte da minha essência. Desenvolvi este processo sem dar pancada e sem esquentar.

Quais trabalhos você poderia destacar nessa sua trajetória?

Todas as esculturas produzidas por mim, são importantes. Cada uma possui a sua história. Mas posso destacar a primeira que eu coloquei na Saveiro, quando fui chamado para expor da hípica, começando assim, a negociar e fazer dinheiro com a arte. Tem o São Jorge que é uma escultura imponente e de grandes proporções. Ele ficou em exposições até ser negociado por um preço justo. Agora há o Centauro Alado, uma obra muito especial que marca uma mudança de fase em minha carreira e será negociada na hora certa e para a pessoa certa.

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Você tem executado muitos trabalhos fora do país. Conta pra gente sobre isso.

Fora do país, meus trabalhos foram expostos em lugares como em Montevidéu onde expus em um jockey clube, em seguida algumas obras em uma galeria no mesmo país. Outro trabalho foi feito nos EUA, onde expus na Flórida, em um concurso de cavalos, saindo dele, fui pro Texas e fiz escultura em Dallas. Uma dessas esculturas está exposta até hoje em uma fazenda e acho que irá para Miami. Na Europa, fiz exposição na Alemanha e França, onde estou atualmente. Recebi muitos convites para expor em Paris. Voltando para o Brasil, começo a produzir para expor na capital francesa. Quero tentar Milão também. Meu foco é Dubai, um país emergente que possui muito campo para arte. É meu objetivo.

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Ze Vasconcelos o escultor de cavalos conta a sua trajetoria nas artes plasticas 3 3

O que o cavalo, tão presente no seu trabalho, representa pra você?

A minha vida artística está baseada no cavalo. No Brasil, sou conhecido como o escultor de cavalos porque já fiz de todas as raças, me aperfeiçoei na anatomia, no movimento e nos esportes. Ele representa todo o meu trabalho o qual sou conhecido agora. Já fiz muitos trabalhos de arte contemporânea, mas sou conhecido basicamente pelo cavalo. Como diz Leonardo da  Vinci, para o homem, o cavalo é o animal que tem a anatomia mais perfeita e mais bonita. Não é fácil captar a morfologia e os movimentos dele. Mas consegui desenvolver uma técnica e os resultados têm sido muito bons. 

Zé Vasconcelos, como é ser conhecido como o escultor de cavalos?

Estou pegando novos projetos ligados à arte contemporânea e, claro, ao cavalo. Sou conhecido como o Zé Vasconcelos, o escultor de cavalos, mas tem muita obra contemporânea minha por aí. De certa forma, esse reconhecimento me deixa muito feliz e satisfeito. Viver de arte é um privilégio.
Mais informações sobre os trabalhos de Zé Vasconcelos podem ser encontradas em seu site oficial e também nas redes sociais @zevasconcellos.

Por Wesley Vieira/Portal Cavalus
Fotos: Divulgação/Zé Vasconcelos

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Jornal do campo
Zé Vasconcelos: O Escultor de Cavalos e sua Arte Autodidata

José Vasconcelos, mais conhecido como Zé Vasconcelos, é um artista autodidata que se tornou famoso por suas esculturas de cavalos. Desde a infância, ele demonstrava talento artístico ao criar esculturas com giz escolar, o que lhe rendeu prêmios e reconhecimento. Com o passar do tempo, ele decidiu explorar novos materiais, como argila e metal, e foi nesse último que ele encontrou sua verdadeira paixão e sua principal fonte de fama.

Atualmente, as obras de Zé Vasconcelos são reconhecidas internacionalmente, e ele já expôs em vários países ao redor do mundo. Em uma conversa exclusiva com o Portal Cavalus, durante sua viagem pela França, onde está expondo no Longines Paris Eiffel Jumping 2023, ele compartilhou um pouco sobre suas inspirações e sua trajetória.

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Quando questionado sobre sua ligação com os cavalos, Zé Vasconcelos explicou que é natural, pois cresceu em Minas Gerais, um estado conhecido pela criação desses animais. Desde os anos 80, ele já criava esculturas de cavalos, inicialmente utilizando giz escolar. Quando decidiu viver exclusivamente da arte, abandonou a prótese dentária e passou a se dedicar totalmente à escultura. Sua primeira escultura em metal, também de um cavalo, foi colocada em sua Saveiro e exposta pela cidade de Guaxupé, o que lhe rendeu propostas para exposições e o lançou no mundo equestre.

Sobre a transição da argila para o aço, Zé Vasconcelos explicou que buscava trabalhar com esculturas maiores e decidiu investir em materiais reciclados, que permitiam soldagem e a criação de peças de maior proporção. Ele encontrou a liberdade de criar esculturas do tamanho que quisesse no metal, especialmente no ferro e no inox. Essa transição lhe deu mais flexibilidade e possibilitou a exploração de diferentes formas e tamanhos.

Ao ser questionado sobre sua formação como artista, Zé Vasconcelos revelou que é autodidata, sem nunca ter tido aulas de arte formal. Ele aprendeu sozinho desde o desenho na escola até a escultura em diferentes materiais. Essa falta de formação formal pode ter dado uma característica única ao seu trabalho, mas também o fez demorar mais tempo para crescer como artista. No entanto, ele acredita que se um aprendiz trabalhasse com ele, poderia aprender em dois anos o que ele desenvolveu ao longo de mais de 40 anos de escultura.

Quanto ao processo de transformar metal duro em obras de arte, Zé Vasconcelos desenvolveu suas próprias técnicas, sem a necessidade de usar martelo ou aquecer o metal. Ele utiliza um método secreto para dar curvas ao metal sem a necessidade de ferramentas tradicionais. Essa técnica peculiar faz parte de sua essência como artista e enriquece ainda mais suas esculturas.

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Entre tantas obras produzidas ao longo de sua carreira, Zé Vasconcelos destaca que todas são importantes e possuem sua própria história. No entanto, ele menciona duas esculturas específicas como destaques: a primeira que colocou na Saveiro, quando começou a expor na hípica e a negociar suas obras, e o São Jorge, uma escultura imponente e de grandes proporções que foi exposta e vendida por um preço justo. Além disso, ele menciona o Centauro Alado como uma obra especial que marca uma mudança de fase em sua carreira.

Em relação às suas exposições internacionais, Zé Vasconcelos conta que suas esculturas já foram expostas em Montevideo, Uruguai, onde participou de um concurso de cavalos em um jockey clube, assim como em galerias locais. Ele também teve a oportunidade de exibir seu trabalho nos Estados Unidos, mais especificamente na Flórida e no Texas. Na Europa, expôs na Alemanha e atualmente está expondo na França. Ele recebeu vários convites para expor em Paris e está planejando futuras exposições em Milão. Seu objetivo principal é conquistar o mercado de arte em Dubai, visto como um país emergente com grande potencial para a arte.

O cavalo representa uma parte significativa do trabalho de Zé Vasconcelos e está presente em grande parte de suas esculturas. Ele considera o cavalo um animal de anatomia perfeita e bonita, mas desafiador de retratar devido à sua morfologia e movimentos complexos. Graças à sua técnica desenvolvida ao longo dos anos, ele conseguiu capturar a essência e a beleza dos cavalos em suas esculturas.

Ser reconhecido como “o escultor de cavalos” é algo que deixa Zé Vasconcelos feliz e satisfeito. Embora ele também trabalhe com arte contemporânea, é através de suas esculturas de cavalos que ele ganhou reconhecimento e vive da sua arte. Atualmente, ele está explorando novos projetos ligados à arte contemporânea, mantendo o cavalo como uma temática recorrente em seu trabalho.

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Zé Vasconcelos é um exemplo de autodidatismo e dedicação à arte. Sua trajetória mostra que é possível alcançar o sucesso mesmo sem formação formal, desde que haja paixão, habilidade e determinação. Suas esculturas de cavalos são verdadeiras obras de arte que encantam espectadores ao redor do mundo, e ele continua buscando novos desafios e oportunidades de expandir sua arte para novos horizontes.

Perguntas e Respostas Frequentes sobre Zé Vasconcelos:

1. Quais são as principais inspirações de Zé Vasconcelos?
R: Sua principal inspiração são os cavalos, que representam uma parte significativa de seu trabalho, mas também se inspira na arte contemporânea e nas formas da natureza.

2. Zé Vasconcelos já teve alguma formação formal em arte?
R: Não, Zé Vasconcelos é autodidata e nunca teve aulas formais de arte. Ele desenvolveu suas habilidades artísticas por conta própria ao longo dos anos.

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3. Como Zé Vasconcelos transforma o metal duro em obras de arte?
R: Zé Vasconcelos desenvolveu sua própria técnica para dar curvas ao metal, sem a necessidade de ferramentas tradicionais como martelo ou aquecimento. O processo exato é um segredo mantido por ele.

4. Quais são os destaques na trajetória de Zé Vasconcelos?
R: Entre os destaques de sua trajetória, Zé Vasconcelos destaca a primeira escultura que expôs na hípica, que marcou o início de sua carreira, o São Jorge, uma escultura imponente e de grandes proporções, e o Centauro Alado, que marca uma mudança de fase em sua carreira.

5. O que o cavalo representa para Zé Vasconcelos?
R: O cavalo representa uma parte significativa do trabalho de Zé Vasconcelos e é a principal temática de suas esculturas. Ele considera o cavalo um animal de anatomia perfeita e bonita, e sua representação é um desafio artístico que ele busca superar em suas obras.

Fonte
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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