Desafios de produzir sementes de alta qualidade e vigor

Desafios de produzir sementes de alta qualidade e vigor

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O vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates) e pesquisador da Embrapa Soja, José de Barros França-Neto, foi um dos palestrantes do Fórum Técnico da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná (CSM-PR) 2022, realizada de 6 a 8 de dezembro, em Carambeí (PR). França-Neto, proferiu palestra sobre “Metodologias de Análise de Vigor” baseado no livro de Vigor de Sementes: Conceitos e Testes, publicação da Abrates referência há 22 anos na pesquisa agropecuária.
“Comecei falando dos desafios de produção de sementes de alta qualidade no Brasil, uma vez que as condições climáticas de clima tropical e subtropical nem sempre são favoráveis à produção de semente de alta qualidade, assim, é muito importante que o controle de qualidade das sementes nos laboratórios seja muito bem feito. Nesse sentido, mostrei os diversos testes que podem ser feitos, como os testes físicos, fisiológicos, bioquímicos e teste resistência a estresse. Esses são os quatro grupos que avaliam o vigor da semente”, explica França-Neto.
Dentre os testes físicos, vice-presidente da Abrates abordou a questão de tamanho de semente, densidade, coloração e deu ênfase aos testes de raio-X, análise computadorizada de imagem e ressonância magnética. Em relação aos testes fisiológicos, frisou, principalmente, os que avaliam a qualidade da plântula, como a primeira contagem no teste germinação, velocidade de germinação ou de emergência e os testes de crescimento de plântulas, comprimento, massa seca, classificação de rigor, precocidade da emissão da raiz primária e emergência de plântulas.
França-Neto detalhou também como os testes bioquímicos avaliam interações bioquímicas associadas a sementes, como o teste de tetrazólio, condutividade elétrica e lixiviação de potássio. “No teste de tetrazólio, ressaltei as 17 espécies que estão cobertas no nosso Manual do Vigor, onde determinamos não só a viabilidade, que é a germinação potencial, mas também vigor para algodão, amendoim, feijão, girassol, 8 espécies de gramíneas forrageiras tropicais, de milho, de soja, solanáceas, envolvendo sementes de tomate, pimentão e de trigo.
O vice-presidente da Abrates ressaltou ainda, entre os testes de resistência a estresse, a germinação a baixa temperatura, teste de envelhecimento acelerado, teste com deterioração controlada e teste de frio.
O pesquisador destaca que conhecer o vigor de sementes pode auxiliar o agricultor na escolha do lote a ser utilizado para semeadura, diminuindo perdas iniciais por desuniformidade de plantas e, para o produtor de sementes, a informação do vigor auxilia em estratégias de armazenamento bem como no tempo de armazenagem, servindo como parâmetro para avaliação da qualidade das sementes e como estratégia de venda.
“Graças a evolução científica do setor, produzimos semente de soja de qualidade em condições que seriam consideradas impossíveis há uns anos atrás”, finaliza França-Neto.

Livro em promoção
O livro Vigor de Sementes: Conceitos e Testes”, em sua 2ª edição, com 601 páginas traz informações atualizadas e organizadas de forma prática e eficaz sobre testes de vigor que podem ser utilizados em sementes das mais diversas espécies.
Fruto da colaboração de 18 autores e quatro editores, o livro mostra a evolução da pesquisa em sementes tanto no conhecimento dos 11 testes relatados na época, como no desenvolvimento de novos testes. Na edição atualizada, dividida em 19 capítulos, são abordadas as metodologias detalhadas para a execução de 15 diferentes testes de vigor.
Até o fim de dezembro, o livro de R$ 458 pode ser adquirido por R$ 300 pelo link https://loja.abrates.org.br/.

 

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