O Desafio da Conservação de Solo no Brasil

Quando se fala em conservação de solo, algumas reflexões vêm à tona sobre o maior desafio para o Brasil: as pastagens degradadas. Conforme dados do LAPIG/UFG, chegamos a 60% dos 177 milhões de ha de pastagens com graus intermediários e severos de degradação. Quais foram e são as possíveis causas para esses mais de 100 milhões de ha degradados? Será que o que falta é crédito? Assistência técnica? Acesso ao conhecimento ou disponibilidade de tecnologias?

O governo brasileiro tem a ambição de recuperar ou intensificar o uso de 40 milhões de ha nos próximos 10 anos. Estudo recente da Embrapa aponta que 38 milhões de ha de pastagens degradadas têm potencial para serem convertidos em agricultura (soja, milho etc.). Ou seja, potencial tem. Os 50 anos de pesquisa da empresa também sinalizam que conhecimento e tecnologia existem. Assim, carreando recursos, assistência técnica e qualificação, os problemas podem ser efetivamente resolvidos, pelo menos em tese.

E o mercado para os produtos dessa intensificação? Também não parece ser um problema, pois teremos mais 2 bilhões de habitantes no planeta até 2050. Aliás, a intensificação sustentável das pastagens é uma excelente estratégia para atender a essa demanda mundial ao mesmo tempo em que melhora as condições de conservação dos solos brasileiros.

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Desenvolvimento

A degradação das pastagens no Brasil é um desafio que tem impactos significativos no setor agropecuário do país. De acordo com dados do LAPIG/UFG, mais de 60% das pastagens brasileiras apresentam graus intermediários e severos de degradação, totalizando mais de 100 milhões de hectares. Mas quais são as causas por trás desse cenário preocupante?

Falta de investimento e assistência técnica

Um dos principais motivos apontados para a degradação das pastagens é a falta de investimento em práticas de conservação do solo e assistência técnica aos produtores rurais. Muitas vezes, os custos envolvidos na implementação de tecnologias e manejo adequado das pastagens acabam sendo um obstáculo para os produtores.

Potencial de recuperação e intensificação

Apesar dos desafios, estudos da Embrapa apontam um potencial significativo de recuperação e intensificação das pastagens degradadas. Cerca de 38 milhões de hectares apresentam potencial para serem convertidos em áreas agricultáveis, o que poderia contribuir para a melhoria da produtividade e sustentabilidade no setor agropecuário.

Desafios na pecuária extrativista

No entanto, o processo de recuperação das pastagens e intensificação da produção enfrenta desafios na pecuária extrativista. Questões como a disponibilidade de terras baratas e a baixa fiscalização levam a uma expansão descontrolada da atividade, contribuindo para a degradação ambiental e social.

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Conclusão

Para enfrentar o desafio da degradação das pastagens no Brasil, é essencial investir em políticas públicas que incentivem a recuperação e intensificação sustentável da agropecuária. Além disso, é fundamental promover a conscientização dos produtores sobre a importância da conservação do solo e da adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Somente assim será possível garantir a sustentabilidade do setor agropecuário e a preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.

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Conclusão

Diante do cenário apresentado, fica evidente que a conservação do solo no Brasil passa diretamente pela recuperação e intensificação das pastagens degradadas. Com potencial para converter grandes extensões de áreas degradadas em agricultura e atender à demanda crescente por alimentos, é fundamental impulsionar a adoção de práticas sustentáveis no setor agropecuário.

É imprescindível que haja um esforço conjunto, envolvendo governo, instituições de pesquisa, produtores e sociedade civil, para promover ações que garantam a conservação do solo e dos recursos naturais. Somente assim será possível superar os desafios e alcançar um equilíbrio entre a viabilidade econômica da atividade agropecuária e a preservação do meio ambiente.

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Título: Desafios e Perspectivas para a Conservação do Solo no Brasil

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Análise: Desafios e Potencial para Conservação de Solo no Brasil

Quando se fala em conservação de solo, algumas reflexões vêm a tona sobre o maior desafio para o Brasil: as pastagens degradadas. Conforme dados do LAPIG/UFG, chegamos a 60% dos 177 milhões de ha de pastagens com graus intermediários e severos de degradação.

FAQs

1. Quais são as possíveis causas para mais de 100 milhões de ha de pastagens degradados?

A degradação das pastagens pode ser atribuída a fatores como falta de crédito, assistência técnica, acesso ao conhecimento e disponibilidade de tecnologias.

2. Qual é a ambição do governo brasileiro em relação à recuperação de pastagens nos próximos 10 anos?

O governo brasileiro pretende recuperar ou intensificar o uso de 40 milhões de ha de pastagens nos próximos 10 anos.

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3. Qual é o potencial das pastagens degradadas para serem convertidas em agricultura?

Estudo da Embrapa aponta que 38 milhões de ha de pastagens degradadas têm potencial para serem convertidos em agricultura, como soja e milho.

4. Por que a intensificação sustentável das pastagens é importante?

A intensificação sustentável das pastagens é uma estratégia para atender à crescente demanda mundial por alimentos, ao mesmo tempo em que melhora a conservação dos solos brasileiros.

5. Quais são os fatores que viabilizam a bovinocultura extensiva no Brasil?

A bovinocultura extensiva se beneficia da alta disponibilidade de terras, baixa capacidade de implementação e fiscalização das leis vigentes, o que torna mais lucrativo abrir novas áreas ou tomar posse de terras públicas do que investir em manejo racional das pastagens.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Quando se fala em conservação de solo, algumas reflexões vêm a tona sobre o maior desafio para o Brasil: as pastagens degradadas. Conforme dados do LAPIG/UFG, chegamos a 60% dos 177 milhões de ha de pastagens com graus intermediários e severos de degradação. Quais foram e são as possíveis causas para esses mais de 100 milhões de ha degradados? Será que o que falta é crédito? Assistência técnica? Acesso ao conhecimento ou disponibilidade de tecnologias?

O governo brasileiro tem a ambição de recuperar ou intensificar o uso de 40 milhões de ha nos próximos 10 anos. Estudo recente da Embrapa aponta que 38 milhões de ha de pastagens degradadas têm potencial para serem convertidos em agricultura (soja, milho etc.). Ou seja, potencial tem. Os 50 anos de pesquisa da empresa também sinalizam que conhecimento e tecnologia existem. Assim, carreando recursos, assistência técnica e qualificação, os problemas podem ser efetivamente resolvidos, pelo menos em tese.

E o mercado para os produtos dessa intensificação? Também não parece problema, pois teremos mais 2 bilhões de habitantes no planeta até 2050. Aliás, a intensificação sustentável das pastagens é uma excelente estratégia para atender a essa demanda mundial ao mesmo tempo em que melhora as condições de conservação dos solos brasileiros.

— Foto: Globo Rural

Mas esse movimento seria suficiente para interromper o processo de degradação das pastagens na pecuária extrativista?

Todo sistema de uso e ocupação do solo está sempre em equilíbrio com a viabilidade econômica da atividade. Essa pode ser afetada por vários fatores, incluindo os naturais (solo, clima, água, topografia), a disponibilidade de infraestrutura, tecnologias apropriadas, recursos para investimentos, pessoal qualificado. O arcabouço legal também tem sua importância, pois define limites de utilização do ponto de vista ambiental (e.g. Código Florestal) e social (e.g. leis trabalhistas e respeito às comunidades tradicionais).

Embora exista uma bovinocultura de corte de alto nível no Brasil, ainda há espaço para o crescimento dos sistemas extrativistas e de baixo investimento. O que precisamos nos questionar é porque isso acontece? Minha hipótese é que, por incrível que pareça, em muitos lugares, trata-se de um negócio mais viável do que a intensificação produtiva da pecuária. Até os dias de hoje é possível expandir em terras baratas ou mesmo ocupar irregularmente áreas públicas, a custos menores do que racionalizar a produção. Uma combinação de alta disponibilidade de terras e baixa capacidade de implementação e fiscalização das leis vigentes. O negócio é viável e rentável. Abrir novas áreas ou tomar posse de terra públicas é muito mais lucrativo nas fronteiras agrícolas do que investir em manejo racional das pastagens, com conservação do solo e da água, correção e adubação, manejo adequado do capim e do rebanho.

Temos que enfatizar os pontos positivos do grande sucesso da agropecuária conservacionista brasileira (sistema plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, produção sustentável de carne, uso de bioinsumos, florestas plantadas, produção de biocombustíveis de primeira e segunda geração). Entretanto, se não atacarmos de forma definitiva os fatores que ainda viabilizam a bovinocultura extensiva, que se expande livremente sem limites ambientais e sociais, continuaremos tapando de um lado e vazando do outro. Continuaremos com altos índices de pastagens degradadas e de solos depauperados!

*Renato Rosco é Diretor Executivo do Instituto Taquari Vivo

Obs: As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da Globo Rural

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