Custos do confinamento de gado caem em julho de 2025 em Goiás e São Paulo

Custos do confinamento de gado caem em julho de 2025 em Goiás e São Paulo

Queda nos custos da diária-boi em julho de 2025

Diária-boi caiu em julho de 2025. Isso é boa notícia para o bolso do produtor, mas convém entender onde houve a redução para usar o ganho no próximo ciclo.

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A diária-boi é o custo diário por animal no confinamento. Ela envolve nutrição, manejo, mão de obra, energia, depreciação e outros insumos. Conhecer cada item ajuda a identificar oportunidades de economia sem comprometer o ganho de peso.

O que compõe a diária-boi

  • Nutrição e rações: a maior fatia do custo, impactada por milho, sorgo e farelo.
  • Mão de obra e manejo: custo com ajudantes, veterinária e manejo diário.
  • Energia: luz, ventilação, ar condicionado e diesel para equipamentos.
  • Depreciação: desgaste de galpões, cocheiras e alimentação.
  • Água e sanitidade: água de consumo, vacinas e controles de doenças.
  • Outros insumos: manutenção de equipamentos, medicamentos preventivos.

Por que houve queda em julho

Queda nos preços de grãos como milho e sorgo reduziram o preço da ração. Custos de energia elétrica e frete também recuaram, aliviando o bolso do confinamento. Além disso, melhorias na conversão alimentar permitiram ganhar mais peso com menos comida.

Conversão alimentar é a relação entre a ração consumida e o peso ganho pelos animais.

Impacto prático para o seu manejo

  1. Revise a dieta conforme o estoque de milho e sorgo disponível.
  2. Opte por rações balanceadas com custo-benefício bom, sem perder desempenho.
  3. Reduza desperdícios com silagem bem armazenada e manejo de cochos.
  4. Ajuste a lotação para manter boa conversão alimentar.
  5. Monitore a energia e o diesel usados em bombas, ventilação e transporte.

Como monitorar seus custos

Use uma planilha simples para registrar custos diários por animal. Compare julho com meses anteriores e com o mesmo período do ano anterior. Defina metas por item, acompanhe variações e ajuste o manejo conforme necessário.

Variação por sistema de confinamento (CGO, CSPm, CSPg)

Variação por sistema de confinamento (CGO, CSPm, CSPg) muda como a ração chega ao estômago dos animais e, por isso, o desempenho e o custo variam bastante.

Neste capítulo, vamos entender o que cada sistema prioriza, como isso afeta a alimentação, o peso ganho e a conta no fim do mês. A ideia é que você possa comparar de forma prática e escolher o que faz mais sentido para a sua realidade.

O que significam CGO, CSPm, CSPg

CGO, CSPm e CSPg são siglas usadas no confinamento para indicar variações de manejo da dieta e do ambiente. Cada um tem uma ênfase diferente na densidade de ração, na participação de volumoso e na organização do espaço disponível.

Impacto na dieta e no ganho

CGO costuma usar mais grãos na dieta, o que pode acelerar o ganho de peso por animal, mas exige monitoramento rigoroso da acidez ruminal. CSPm tende a balancear a dieta com mais volumoso e complementos, buscando ganho estável e menos variações dia a dia. CSPg geralmente foca em um manejo que mantém a carne em uma faixa de peso mais previsível, com dietas que variam menos ao longo do ciclo.

Essas diferenças afetam diretamente a conversão alimentar — a relação entre ração consumida e peso ganho — e o custo por kg de peso ganho, que é o coração da rentabilidade.

Custos e gestão financeira

  • CGO pode exigir mais ração concentrada, elevando o custo diário por animal se não houver controle de desperdício.
  • CSPm e CSPg frequentemente reduzem picos de consumo e desperdício, o que pode reduzir custos totais, desde que o ganho de peso permaneça adequado.
  • O segredo é medir gasto com ração, energia e manejo, e comparar com o peso ganho por lote.

Riscos e manejo prático

O manejo adequado é essencial em todos os sistemas. Fique atento a sinais de acidose, diarreia ou estresse por calor. Garanta água limpa, ventilação, higiene de cochos e rotação de dietas quando necessário. Planeje a transição entre dietas com cuidado para evitar desequilíbrios na ruminação.

Como escolher o melhor sistema para você

Para decidir, avalie disponibilidade de grãos, custo de energia, espaço de confinamento e mão de obra. Compare custo por animal por dia e ganho esperado. Faça testes com pequenos lotes para validar a viabilidade antes de migrar todo o refugo.

Arroba produzida em queda e impacto na rentabilidade

Arroba produzida em queda afeta a rentabilidade. A receita por animal fica menor, mesmo que os custos diários não mudem. Vamos entender os motivos e o que fazer pra manter a margem.

O que significa queda de arroba?

Arroba é a unidade de peso usada no Brasil. Uma arroba equivale a 15 kg de peso vivo. Quando o preço por arroba cai, a renda por animal diminui, impactando o lucro.

Impacto na rentabilidade

A rentabilidade depende de três fatores: preço, custo e ganho de peso. Se a arroba recua, devemos buscar maior eficiência na alimentação e no manejo. Caso contrário, a margem diminui rápido. O objetivo é manter o custo por arroba baixo.

Fatores que influenciam a arroba

  • Mercado e demanda pela carne, que puxam o preço.
  • Custo de insumos como milho, sorgo e farelo.
  • Condições climáticas que afetam o ganho de peso.
  • Eficiência da alimentação e da digestão, que mudam a conversão.

Passos práticos para proteger a rentabilidade

  1. Reveja o orçamento com o preço atual da arroba.
  2. Priorize dietas eficientes para manter o ganho de peso.
  3. Reduza desperdícios com manejo adequado de cochos e silagem.
  4. Monitore a conversão alimentar e ajuste a ração conforme o ganho.
  5. Negocie fornecedores para reduzir o custo de insumos.

Como monitorar o impacto nos próximos ciclos

Defina metas claras, como arrobas por animal por dia e peso final. Acompanhe o ganho de peso real com o previsto. Registre o custo por arroba e compare com ciclos anteriores.

Composição dos custos: nutrição domina 80-84%

A nutrição representa entre 80% e 84% dos custos totais do confinamento. Mesmo que você ajuste ingredientes, a maior fatia vem de rações, volumoso e suplementos. Entender isso ajuda a priorizar ajustes que mantenham o ganho de peso sem estourar a conta.

O que compõe a nutrição? Basicamente três pilares: forragem de qualidade, rações concentradas e suplementos minerais. Cada um tem impacto direto no custo e no peso ganho, por isso vale acompanhar de perto as entradas de cada item.

Composição em detalhes

  • Forragem: silagem bem conservada, feno ou pastagens de boa qualidade. Dá volume e energia com custo relativamente baixo.
  • Rações concentradas: milho, sorgo, farelo de soja e outros grãos. Aporte energético principal, porém com custo variável.
  • Suplementos e aditivos: minerais, vitaminas, enzimas. Custam pouco, mas mantêm a saúde e o ganho de peso estável.
  • Energia e processamento: caldeiras, secadores e armazenamento elevam o custo, mas podem ser otimizados com manejo adequado.

Como reduzir custo sem perder ganho

  1. Ajuste a ração pela disponibilidade de ingredientes e seus preços atuais. Busque o melhor custo por MJ (energia) e por proteína.
  2. Maximize o uso de forragem de boa qualidade para reduzir a dependência de grãos caros.
  3. Minimize desperdícios com porções controladas, manejo de cochos e rotação de dietas.
  4. Monitore a conversão alimentar e ajuste a dieta conforme o ganho observado.
  5. Aplique compras conjuntas com fornecedores para obter preços estáveis.

Ferramentas práticas de controle

Use uma planilha simples para registrar custo diário por animal e o peso ganho. Compare meses, faça metas mensais e ajuste o manejo conforme necessário.

Notas sobre variações sazonais

Variações sazonais podem alterar o custo da nutrição. Esteja preparado para ajustar a dieta quando o milho ou farelo subir de preço. Planejar com antecedência ajuda a manter a rentabilidade, mesmo com preços de ingredientes voláteis.

Impacto regional: preços de milho, sorgo e caroço caem

Impacto regional: os preços de milho, sorgo e caroço caem, fortalecendo a rentabilidade quando bem aproveitados no manejo.

Neste tópico vamos entender por que a queda acontece em determinadas regiões e como isso se traduz em custos de alimentação mais baixos, sem perder ganho de peso ou conversão alimentar.

Por que os preços caem em algumas regiões

  • Oferta maior de milho, sorgo e caroço em áreas produtoras, com safras abundantes.
  • Melhor logística local reduz o custo de transporte e armazenamento.
  • Mercado interno mais estável pode limitar altas de preço em períodos de demanda.

Impacto na formulação de rações

Com preços menores, é viável aumentar a participação de milho e sorgo na dieta, elevando a energia por quilo de ração. Cuidado com a conversão alimentar e o equilíbrio proteico para não gerar acidose ruminal ou perda de desempenho.

O caroço, quando utilizado, pode substituir parte de grãos caros, mantendo o custo por unidade de energia estável.

Estratégias práticas para aproveitar a queda

  1. Reavalie a ração mensalmente com os preços atuais de milho, sorgo e caroço.
  2. Aumente a participação de fontes energéticas acessíveis, sem comprometer a saúde ruminal.
  3. Monitore a conversão alimentar e ajuste a dieta conforme o ganho de peso observado.
  4. Negocie volumes com fornecedores para manter preços estáveis ao longo do ciclo.

Notas regionais para planejamento

Regiões com produção local intensa tendem a acompanhar mais de perto a queda de preços. Já áreas com dependência de importação podem ver benefício mais limitado. Elas devem adaptar o planejamento de compras e estoques com base na projeção da safra local.

Use estas diretrizes para recalibrar o custo da alimentação no próximo ciclo e manter a margem, mesmo com variações sazonais.

Custos de oportunidade e gestão financeira

Custos de oportunidade surgem toda vez que a gente escolhe entre opções na fazenda. Eles representam o que deixamos de ganhar com uma decisão em vez de outra. Entender isso ajuda a tomar decisões mais lucrativas no dia a dia.

O que são custos de oportunidade

É o retorno da opção que ficou de fora. Por exemplo, se você planta milho, pode abrir mão de pastagens. Esse custo não aparece no recibo, mas afeta a margem do ano.

Em termos simples, é o ganho que a gente deixa de ter. Quanto maior a diferença entre opções, maior o custo de oportunidade.

Como medir no campo

  • Identifique as alternativas relevantes, como culturas, investimentos ou manejo.
  • Estimule o retorno esperado de cada opção, em dinheiro ou em produção.
  • Compare os dois cenários e calcule a diferença de lucro bruto.
  • Considere o risco e a variação de preço dos insumos.

Ferramentas e práticas de gestão financeira

Use uma planilha simples para acompanhar orçamento, custos e resultados. Registre fluxo de caixa mensal, margens e ROI de cada ação.

Adote indicadores simples como margem de contribuição e payback. Eles ajudam a visualizar quando um investimento se paga.

Estratégias práticas no dia a dia

  1. Defina metas claras e prioridades sazonais para a fazenda.
  2. Compare alternativas com base no retorno esperado e no risco envolvido.
  3. Faça simulações rápidas antes de grandes compras ou mudanças de manejo.
  4. Guarde caixa para imprevistos e reconte custos com frequência.
  5. Revise decisões mensalmente à luz de resultados reais.

Exemplos do campo

Exemplo 1: comprar um novo implemento vs investir em melhoria de pastagem. O custo de oportunidade depende do ganho de produção que cada opção promete. Exemplo 2: manter a estocagem antiga ou investir em silagem mais eficiente. A decisão deve levar em conta custo, qualidade da dieta e ganho de peso previsto.

Checklist de decisão

  • Tenho dados confiáveis sobre custos e retornos?
  • A decisão aumenta a lucratividade esperada?
  • O risco é aceitável para meu perfil e meu dinheiro disponível?
  • Posso monitorar os resultados e ajustar rápido?

Ferramentas gratuitas de custo: planilha disponível

Ferramentas gratuitas de custo ajudam você a controlar as finanças da fazenda sem gastar com software caro. A planilha disponível facilita registrar gastos, receitas e resultados, dando visão clara da margem.

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Conteúdo da planilha

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  • Entradas: alimentação (milho, sorgo, farelo), forragem, mão de obra, energia, transporte, insumos e depreciação.
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  • Saídas: peso ganho, número de animais, custo diário por animal, custo por kg de peso ganho.
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  • Indicadores: margem de contribuição, ROI, custo por cabeça, custo por kg ganho.
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Como usar

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  1. Baixe a planilha gratuita disponível e adapte aos seus sistemas (CGO, CSPm, CSPg).
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  3. Preencha as entradas de custo com preços atualizados mensalmente.
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  5. Registre os ganhos de peso e o desempenho de cada lote.
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  7. Calcule o custo por cabeça e por kg ganho para comparar ciclos.
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  9. Use os dados para tomar decisões de dieta, manejo e compra de insumos.
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  11. Faça backups regulares para não perder histórico.
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Exemplos práticos

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  • Se o milho cai, aumente a participação de sorgo na ração para manter a energia sem subir muito o custo.
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  • Identifique desperdícios na alimentação e reduza porções no cocho sem comprometer o ganho de peso.
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  • Compare fornecedores de insumos para negociar preços estáveis e melhor custo por MJ.
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Vantagens da planilha gratuita

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  • Visibilidade rápida de onde o dinheiro está indo.
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  • Facilita a tomada de decisão com dados simples e diretos.
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  • Permite simular cenários, como variações de preço de grãos ou mudanças na dieta.
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  • Favorável para gestão diária, mensal e sazonal.
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Dicas de personalização

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  • Colorir custos altos em vermelho para fácil identificação.
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  • Adicionar páginas específicas para cada sistema de confinamento (CGO, CSPm, CSPg).
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  • Incluir uma coluna de observações para fatores sazonais, like chuva ou safra.
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  • Manter um histórico de preços de insumos para melhor planejamento.
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  • Proteger planilha com senha simples para manter dados sensíveis seguros.
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Boas práticas

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Atualize preços mensalmente, registre ganho real com peso e peso final, e revise metas com base nos resultados anteriores. A gente vê que disciplina na anotação gera decisões mais acertadas e lucro estável.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.

joão silva

Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite. Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.