A produção brasileira de grãos deve chegar a 271,447 milhões de toneladas, segundo o 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Se confirmado o resultado da safra 2021/22, representará um aumento de 15,9 milhões de toneladas (ou 6,2%) em relação à safra registrada na safra 2020/21.

“Em relação às lavouras de primeira safra, com exceção do milho, todas [as safras] já são colhidos. A safra safrinha está colhendo bem cedo e as lavouras de terceira safra, assim como as de inverno, estão quase terminando o plantio”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, ao divulgar os números.

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Segundo ele, a safra de inverno deve ser plantada na primeira quinzena de agosto. “Para o trigo, principal cultura, estima-se uma produção recorde de 9,2 milhões de toneladas”, acrescentou.

milho: recorde

Segundo a Conab, a safra de milho deve chegar a 87,4 milhões de toneladas na safra 2021/22, sendo 25 milhões de toneladas da primeira safra. “A colheita de milho segunda safra continua avançando e ultrapassa 79% da área plantada”, detalha a Conab.

“Se confirmado o volume estimado para a segunda safra de milho, o valor representa a maior produção registrada na série histórica”, acrescenta, informando que a projeção já considera a redução da produtividade, na comparação com o levantamento anterior.

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Essa redução de área é causada pela falta de chuvas e ataques de pragas em “importantes regiões produtoras”, principalmente no Paraná. “Em relação ao ciclo anterior, o aumento da produção chegou a 44%”, informa o levantamento.

soja e arroz

As projeções para a primeira safra de soja estimam uma produção de 124 milhões de toneladas, enquanto o arroz está estimado em 10,8 milhões de toneladas.

“O resultado da oleaginosa [soja] é reflexo da forte estiagem ocorrida no final de 2021 no sul do país e em parte de Mato Grosso do Sul. O clima também influenciou na produtividade do arroz, que, aliado a uma menor área plantada, teve a colheita reduzida em 8,4% em relação à safra anterior”, explica a Conab.

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Algodão

A empresa classifica as condições climáticas atuais para a produção de algodão como favoráveis, o que coloca a fibra entre os destaques da 11ª pesquisa. Com obras já concluídas em pelo menos 67% da área cultivada, a colheita deste ano deverá ser concluída em setembro.

“Se, por um lado, o clima afetou a produtividade em algumas lavouras devido ao estresse hídrico, por outro, o clima seco observado na maioria das regiões produtoras influenciou positivamente na qualidade do produto final”, diz o levantamento. A expectativa é que sejam colhidas 2,74 milhões de toneladas de pluma de algodão. O número é 16% superior ao registrado na safra passada.

Feijão e produtos de inverno

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A segunda safra de feijão está, segundo a Conab, “praticamente finalizada, restando apenas algumas parcelas para serem colhidas na primeira quinzena de agosto”. A safra final deverá ser de aproximadamente 1,36 milhão de toneladas (aumento de 19,5% em relação à safra anterior), apesar das oscilações climáticas registradas ao longo do ciclo.

“Houve uma redução na área plantada em relação a 2020/21, principalmente devido à grande competição com o cultivo de milho e trigo, cereais que ampliaram suas áreas de abrangência neste ciclo”, informa a Conab.

O trigo se destacou entre as culturas de inverno, com produção recorde de 9,2 milhões de toneladas. “Esse aumento esperado na produção de 19,3% é reflexo de uma maior área plantada, com crescimento expressivo no Rio Grande do Sul – chegando a 18% no estado do Rio Grande do Sul em relação à safra anterior –, aliado a uma expectativa de aumento da produtividade”, diz a pesquisa.

Mercado

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Com relação ao mercado projetado para a produção brasileira, a Conab destaca novamente o trigo da safra 2021/2022 (ano fiscal de agosto de 2021 a julho de 2022), que encerrou com estoques finais de 722,6 mil toneladas.

“Outros ajustes foram feitos nos dados de exportação e importação encerrados no mês passado, estimados em cerca de 6 milhões de toneladas e 3 milhões de toneladas, respectivamente. Para a safra que se inicia, a expectativa é que o estoque termine em 1,6 milhão de toneladas”, acrescenta a empresa.

A Conab também alterou o cenário de oferta de soja. “Os estoques finais da oleaginosa foram ajustados para 7,66 milhões de toneladas, conforme aponta levantamento de estoque divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento nos estoques finais da safra 2020/21 também levou à expectativa de um maior estoque de passagem na safra 2021/22, de 4,65 milhões de toneladas para 5,98 milhões de toneladas.”

Outra previsão de alta revisada foi para as exportações de óleo de soja, para 2,1 milhões de toneladas. A variação decorre de “vendas fortes” para o mercado externo entre janeiro e julho deste ano; altos preços internacionais; e margens de esmagamento positivas.

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No caso do milho, houve “pequeno ajuste no consumo interno”, na comparação com o último levantamento. A Conab também destacou o aumento de 80,2% nas exportações de grãos, com estimativa de 37,5 milhões de toneladas exportadas.

“Os estoques finais também tendem a aumentar 25,3% em relação à safra anterior, o que indica a recomposição da disponibilidade interna do cereal ao final da safra atual”, acrescenta a Conab.

Com baixa disponibilidade de estoques do produto, as exportações de algodão mostraram um “ritmo lento em julho deste ano”, mês em que foram embarcadas 19,68 mil toneladas do produto.

O volume é 68,63% inferior ao mês de junho e 66,2% inferior ao mesmo período do ano passado. “A situação só deve mudar em outubro, quando a nova safra estará disponível para comercialização”, diz a Conab.

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Fonte: Agência Brasil

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