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Como os pesquisadores conseguiram alcançar uma composição reproduzível de melaço sintético?

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Melaço - Cana-de-açúcar

Noticias do Jornal do campo Soberano
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Em um novo estudo realizado por brasileiros e europeus, foi possível desenvolver um tipo de melaço sintético com composição mapeável e totalmente conhecida. Essa descoberta representa um avanço significativo, uma vez que o melaço natural apresenta barreiras para seu uso industrial e pesquisa científica devido à sua composição variável e complexa.

O melaço natural é essencial na produção de etanol, servindo como meio de cultivo da levedura Saccharomyces cerevisiae para fermentação. Com o objetivo de reproduzir o comportamento observado no melaço industrial, os pesquisadores buscaram encontrar uma fórmula que possibilitasse o cultivo de leveduras de forma mais padronizada.

O melaço sintético obtido nessa pesquisa permite que pesquisadores ao redor do mundo o testem como meio de cultura para os microrganismos que estudam. Além disso, facilita comparações entre resultados obtidos em diferentes laboratórios, promovendo avanços na ciência.

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Essa padronização da estrutura do melaço também torna possível o mapeamento e a reprodutibilidade em todo o mundo, impulsionando o desenvolvimento de bioprocessos, como a produção de etanol. Além disso, em ambientes laboratoriais e científicos, permite o estudo fracionado dos componentes, possibilitando análises mais aprofundadas.

Durante o estudo, foram realizados ajustes sistemáticos utilizando dados de amostras reais, literatura e composição anterior. Todos os componentes do melaço foram divididos em grupos nutricionais específicos e analisados separadamente. Essa abordagem permitiu identificar os fatores que mais influenciam o comportamento das leveduras.

O melaço natural apresenta variações na quantidade de açúcares fermentáveis ​​e outros nutrientes, que dependem do tipo de cana-de-açúcar, solo, clima e condições de processamento. Além disso, alguns compostos gerados durante o processamento da cana-de-açúcar podem afetar negativamente o desempenho das leveduras e a produção de etanol.

A etapa de validação dos resultados apresentou-se muito satisfatória. Testes demonstraram que um meio de cultura clássico utilizado para leveduras não permite uma comparação fisiológica adequada, gerando valores diferentes em características importantes. O melaço sintético desenvolvido neste estudo, por sua vez, imita de forma muito adequada o melaço real.

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Um dos pontos intrigantes observados pela equipe de pesquisadores foi a influência do nitrogênio na fermentação. Concentrações adequadas de nitrogênio foram identificadas como um fator que contribui para uma maior produção de etanol. Essa descoberta abre caminho para o desenvolvimento de novos bioprocessos baseados no uso do melaço de cana-de-açúcar.

Os pesquisadores, em colaboração de Reinaldo Giudici e Andreas Gombert, da Poli-USP e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), respectivamente, acreditam que o melaço sintético desenvolvido neste trabalho terá um impacto significativo no campo da biotecnologia industrial.

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Agora, vamos às perguntas com respostas que geram alta demanda de visualizações:

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1. Como foi possível desenvolver um melaço sintético com composição mapeável e totalmente conhecida?
R: Através de um estudo realizado por brasileiros e europeus, foi possível desenvolver um melaço sintético com composição mapeável e totalmente conhecida.

2. Por que o melaço natural apresenta barreiras para seu uso industrial e pesquisa científica?
R: O melaço natural apresenta barreiras devido à sua composição variável e complexa, o que dificulta a produção industrial e a pesquisa científica pela falta de padronização.

3. Como o melaço sintético desenvolvido nessa pesquisa pode ser utilizado na produção de etanol?
R: O melaço sintético desenvolvido nessa pesquisa permite o cultivo de leveduras com comportamento semelhante ao observado quando cultivadas em melaço industrial real, sendo utilizado como meio de cultura para os microrganismos que produzem etanol.

4. Por que a padronização da estrutura do melaço é importante?
R: A padronização da estrutura do melaço permite o mapeamento e a reprodutibilidade em todo o mundo, facilitando comparações entre resultados obtidos em diferentes laboratórios e impulsionando o desenvolvimento de bioprocessos, como a produção de etanol.

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5. Como essa descoberta pode impactar a biotecnologia industrial?
R: Acredita-se que o melaço sintético desenvolvido neste trabalho abrirá caminho para o desenvolvimento de novos bioprocessos baseados no uso do melaço de cana-de-açúcar, uma das matérias-primas mais importantes da biotecnologia industrial.

Espero que você tenha encontrado neste artigo as informações que buscava sobre o desenvolvimento do melaço sintético e suas aplicações na indústria. Continue nos acompanhando para mais notícias e avanços do agronegócio brasileiro.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Um novo estudo realizado por brasileiros e europeus permitiu a produção de um tipo de melaço sintético com composição mapeável e totalmente conhecida, possibilitando sua reprodução. A pesquisa em questão foi financiado pela Fapesp e publicado na revista Scientific Reports.

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Existem muitas barreiras para trabalhar com melaço natural, principalmente devido à sua composição variável e complexa. Essas variações dificultam a produção industrial e a pesquisa científica pela falta de padronização, impossibilitando comparações mais precisas.

O melaço natural é utilizado na produção de etanol sendo o meio de cultivo da levedura Saccharomyces cerevisiae para fermentação.

Nesse contexto industrial, a pesquisa buscou encontrar uma fórmula que possibilitasse o cultivo de leveduras de forma a reproduzir o mesmo comportamento observado no melaço industrial, como explica Thiago Basso, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli -USP) e orientador de Kevy Eliodório e Gabriel Cunha, outros autores envolvidos na publicação.

“O objetivo principal foi encontrar uma fórmula que permitisse o cultivo de leveduras com comportamento o mais próximo possível daquele observado quando a mesma levedura é cultivada em melaço industrial real”, explica.

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“O melaço sintético que obtivemos, padronizado, permite que pesquisadores de diversas partes do mundo o testem como meio de cultura para os microrganismos que estudam. Além disso, os resultados obtidos em diferentes laboratórios serão mais facilmente comparados entre si, um aspecto importante para a ciência”, afirma Eliodório.

Ele exemplifica mencionando que a formulação foi testada na Alemanha, no Centro Helmholtz de Pesquisa Ambiental, durante um estágio no exterior durante seu doutorado.

Essa padronização da estrutura do melaço permite o mapeamento e a reprodutibilidade em todo o mundo, seja no desenvolvimento de bioprocessos, como vimos no caso do etanol. A descoberta também é vantajosa em ambientes laboratoriais e científicos, permitindo o estudo fracionado dos componentes.

“Essa é uma vantagem obtida neste trabalho. A possibilidade de ajuste dos componentes pode, entre outras coisas, permitir o estudo do efeito causado por inibidores de crescimento e diferentes componentes nutricionais, além de abrir portas para uma análise quantitativa dos fluxos metabólicos, entre outras coisas”, explica Basso.

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Utilizando dados de amostras reais, da literatura e da composição anterior, foram feitos ajustes sistemáticos. “Cada novo ajuste foi avaliado por meio de testes de crescimento de leveduras, até chegarmos a uma composição que levou a um comportamento da levedura semelhante ao observado no melaço real”, explica Eliodório.

Melaço - Cana-de-açúcar

Elementos analisados ​​separadamente

Todos os componentes foram divididos em grupos nutricionais específicos (sais, ácidos orgânicos, vitaminas, oligoelementos, açúcares e outros) e analisados ​​separadamente. Nesta fase, a pesquisa buscou não apenas desenvolver uma composição, mas também apresentar uma caracterização do que mais influenciou o comportamento das leveduras.

O melaço natural contém grandes quantidades de açúcares fermentáveis ​​e outros nutrientes. Vários compostos, incluindo fatores de crescimento, macro e micronutrientes, variam dependendo do tipo de cana-de-açúcar, solo, clima e condições de processamento. Além disso, alguns compostos gerados durante o processamento da cana-de-açúcar podem inibir o desempenho da levedura, afetando a produção de etanol.

A etapa de validação apresentou resultados muito satisfatórios. “Além disso, também demonstramos que um meio de cultura clássico utilizado para leveduras (YPS, extrato de levedura, peptona e sacarose) não permite essa comparação fisiológica, pois gera valores diferentes nessas características.

Dessa forma, nosso ambiente pode imitar o melaço real de forma muito adequada, apresentando vantagens interessantes no trabalho diário e também na pesquisa científica”, exalta Basso.

O resultado da pesquisa traz flexibilidade ao preparo do melaço sintético ao permitir o ajuste das proporções dos diferentes grupos nutricionais, até porque um dos pontos que intrigou o grupo foi a influência do nitrogênio na fermentação.

“Diz-se que a baixa concentração desse elemento faz com que a produção de etanol seja maior. Foi demonstrado nesses experimentos com concentrações ajustadas que, de fato, isso acontece”, apontam os pesquisadores.

“Acreditamos que o melaço sintético desenvolvido neste trabalho abrirá caminho para que pesquisadores de diferentes partes do mundo desenvolvam novos bioprocessos baseados no uso do melaço de cana-de-açúcar, uma das matérias-primas mais importantes da biotecnologia industrial”, acrescenta Basso.

A pesquisa também contou com a participação de Reinaldo Giudici, professor da Poli-USP, e Andreas Gombert, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A equipe europeia foi formada por Morten Sommer, professor da Universidade Técnica da Dinamarca, e Felipe Lino, cofundador da startup Nosh.bio GmbH.

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