como organizar e qual a sua importância

Como organizar? É importante?

Sumário:

1. Mastite contagiosa e sua transmissão durante a ordenha

2. Como ter uma boa linha de ordenha?

2.1 Identificar os animais com CCS acima de 200 mil

2.2 Cultura bacteriana dos animais com CCS alta

2.3 Redivisão dos lotes

2.4 Alinhamento com os colaboradores a ordem dos lotes

Introdução:

A ordem com que as vacas são ordenhadas, conhecida como linha de ordenha, é de extrema importância para a saúde do úbere e a qualidade do leite. Neste artigo, iremos explorar a importância da linha de ordenha como uma estratégia de controle da mastite contagiosa, destacando os principais impactos que isso pode ter na saúde dos animais e discutindo os pontos que devem ser considerados ao ordenar os animais na ordenha. A mastite contagiosa é uma das principais doenças nos rebanhos leiteiros e sua transmissão durante a ordenha pode gerar grandes prejuízos econômicos. Veremos como identificar e combater a mastite contagiosa, bem como os passos para estabelecer uma boa linha de ordenha, envolvendo a identificação dos animais com CCS alta, a cultura bacteriana, a redivisão dos lotes e o alinhamento com os colaboradores da fazenda. Acompanhe este artigo para obter informações valiosas sobre a importância da linha de ordenha para a saúde do úbere e a qualidade do leite.

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A ordem com que as vacas são ordenhadas, o que é conhecido como linha de ordenha, se refere a uma sequência específica com que os grupos ou lotes de animais passam pela ordenha, o que pode variar de acordo com a fazenda e das condições de saúde do rebanho.

Isso é importante por diversas razões, mas principalmente quando pensamos na saúde do úbere e consequentemente na qualidade do leite, tendo em vista que o principal objetivo é fazer com que vacas doentes não contaminem vacas sadias.

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Nesse artigo iremos tratar a importância da realização da linha de ordenha, evidenciando os principais impactos que isso pode ter na saúde do úbere por ser usada como uma estratégia de controle da mastite contagiosa, além de trazermos pontos que devem ser levados em consideração para ordenar os animais na ordenha.

Mastite contagiosa e sua transmissão durante a ordenha

Sabemos que a mastite é uma das principais doenças nos rebanhos leiteiros e que essa enfermidade é um processo inflamatório da glândula mamária, causada geralmente por bactérias, o que gera grandes perdas econômicas para uma fazenda.

Estudos relatam que pode haver até 30% de perda de produtividade devido à mastite, além da desvalorização do leite pela Contagem de Células Somáticas (CCS) alta.

Exemplo de bonificação e penalização por CCS e CBT, mostrando que quanto mais alto os resultados, maior é o desconto no preço do leite. Fonte: Danilo Cavalcanti Gomes

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Um grande problema presente nas fazendas é a mastite contagiosa, que rapidamente pode se espalhar pelo rebanho, trazendo grandes prejuízos econômicos.

Os agentes mais comuns são Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae, os quais na maioria das vezes podem não apresentar manifestação clínica, o que dificulta o diagnóstico nos rebanhos.

Em sua maioria, sua transmissão ocorre durante a ordenha, com o uso da mesma ordenhadeira em uma vaca contaminada e depois em uma vaca sadia, contaminando-a.

Dessa forma, quando é realizado o diagnóstico de agentes contagiosos, já se tem um grande número de animais contaminados.

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Para identificar e combater a mastite contagiosa, deve-se ficar atento aos indicadores do rebanho. A realização do exame de CCS individual é um grande aliado no combate à mastite contagiosa, visto que traz o resultado de cada animal, possibilitando que os animais de CCS alta sejam avaliados com maior atenção.

No caso da mastite contagiosa, pode-se observar na fazenda uma alta taxa de novos casos de mastite a cada mês, bem como animais com mastite crônica, o que pode ser indicativo de contaminação de agentes contagiosos de um animal para outro.

Pensando então em reduzir e controlar casos de mastite no rebanho, a prática mais utilizada é a linha de ordenha, a qual consiste em determinar de forma estratégica uma ordem dos lotes de animais para evitar que os animais contaminados contaminem as vacas sadias.

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Como ter uma boa linha de ordenha?

Para uma boa linha de ordenha, alguns passos devem ser seguidos:

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1. Identificar os animais com CCS acima de 200 mil

O comparativo do CCS entre meses é de grande ajuda para se ter o comportamento desses agentes no rebanho, observando a prevalência (número de vacas com CCS alta em relação ao rebanho) e a incidência (número de novos casos de CCS alta no rebanho) nos animais.

Com isso, tem-se um mapeamento da saúde do úbere do rebanho, podendo determinar quais animais possuem mastite subclínica.

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2. Cultura bacteriana dos animais com CCS alta

É de extrema importância determinar os agentes presentes no rebanho.

Agentes como Streptococcus agalactiae são de rápida transmissão, mas de fácil tratamento. Isso dá oportunidade à fazenda de retirar o agente de seu rebanho com a utilização de antibioticoterapia.

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Já no caso de Staphylococcus aureus, estratégias devem ser pensadas, visto que essa bactéria possui uma baixa resposta à antibioticoterapia, o que pode levar a uma mastite crônica nos animais. Sua eliminação dos rebanhos é muito difícil, principalmente em multíparas, o que leva muitos produtores a descartar animais infectados por esse agente.

3. Redivisão dos lotes

A separação dos animais em lotes facilita o manejo e evita erros. Uma divisão recomendada seria a seguinte:

  1. Vacas primíparas sem mastite.
  2. Vacas multíparas que nunca tiveram mastite.
  3. Vacas que já tiveram mastite, mas foram curadas.
  4. Vacas com mastite subclínica.
  5. Vacas com mastite clínica.

Entretanto, sabemos que realizar a divisão dessa forma pode não ser uma realidade na maioria das fazendas leiteiras, mas isso não pode inviabilizar que uma linha de ordenha seja instituída sempre preconizando que primíparas sadias sejam ordenhadas primeiro e as vacas que compõe o lote de mastite clínica ou tratamento sejam as últimas a passarem pela ordenha.

No caso de fazendas com Staphylococcus aureus, onde o descarte desses animais não é possível, é prudente fazer um lote apenas com esses animais, retirando o agente do rebanho aos poucos, utilizando a contaminação pelo agente como um critério para descarte dos animais.

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4. Alinhamento com os colaboradores a ordem dos lotes

Os colaboradores da fazenda desempenham um papel fundamental na realização da linha de ordenha e para o sucesso da operação.

Tendo em mente a experiência e conhecimento sobre o manejo de ordenha, o que inclui entender o funcionamento dos equipamentos de ordenha e os procedimentos adequados que as pessoas que trabalham na ordenha possuem, ter alinhamento sobre a importância da realização da linha de ordenha é essencial.

Essas pessoas serão responsáveis pela observação dos animais, garantia de higiene e qualidade do leite, registro de dados, como por exemplo a presença de grumos, além de identificar e segregar esses animais e determinar tratamentos.

Vacas durante a ordenha

Animais durante a ordenha. Fonte: Acervo Rehagro

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Após a instalação do novo manejo, a linha de ordenha, deve-se acompanhar as mudanças de CCS e as culturas bacterianas frequentemente, para remanejar animais curados e novas infecções, podendo atingir os melhores resultados com o novo manejo.

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A Importância da Linha de Ordenha na Saúde do Úbere e Qualidade do Leite

A ordenha das vacas em uma fazenda leiteira é um processo crucial para a produção de leite de qualidade. A forma como as vacas são ordenhadas, ou seja, a ordem em que elas passam pela ordenha, conhecida como linha de ordenha, pode variar de acordo com a fazenda e as condições de saúde do rebanho.

A linha de ordenha é importante por várias razões, mas principalmente quando se trata da saúde do úbere e, consequentemente, da qualidade do leite. O objetivo principal é evitar que vacas doentes contaminem vacas saudáveis, reduzindo a incidência de mastite contagiosa.

A mastite contagiosa é uma das principais doenças em rebanhos leiteiros e é causada principalmente por bactérias, resultando em perdas econômicas significativas para a fazenda. Estudos mostram que a mastite pode levar a uma redução de até 30% na produtividade e a uma desvalorização do leite devido à alta Contagem de Células Somáticas (CCS).

Um dos principais problemas enfrentados nas fazendas é a transmissão da mastite contagiosa durante a ordenha. As bactérias causadoras, como Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae, muitas vezes não apresentam sintomas clínicos, o que dificulta o diagnóstico nos animais. A transmissão ocorre quando a mesma ordenhadeira é utilizada em uma vaca doente e em uma vaca saudável, contaminando-a.

Dessa forma, quando um agente contagioso é diagnosticado, um grande número de animais já pode estar contaminado. Por isso, é essencial identificar e combater a mastite contagiosa, monitorando os indicadores do rebanho, como a Contagem de Células Somáticas individual de cada animal.

Para reduzir e controlar os casos de mastite no rebanho, a prática mais comum é a implementação de uma linha de ordenha estratégica. Isso significa determinar uma ordem para os lotes de animais, evitando que os animais doentes contaminem as vacas saudáveis.

Para garantir uma boa linha de ordenha, alguns passos devem ser seguidos. Primeiramente, é importante identificar os animais com CCS acima de 200 mil, analisando a prevalência e incidência da mastite no rebanho. Além disso, realizar uma cultura bacteriana dos animais com CCS alta é fundamental para determinar os agentes presentes no rebanho e adotar as melhores estratégias de tratamento.

Outro passo importante é redividir os lotes de animais, separando-os de acordo com sua condição de saúde. Isso facilita o manejo e evita erros, garantindo que as vacas sadias sejam ordenhadas primeiro e as vacas doentes sejam as últimas a passar pela ordenha. É essencial alinhar essa ordem dos lotes com os colaboradores da fazenda, que desempenham um papel fundamental no sucesso da operação.

Após a implementação da linha de ordenha, é fundamental acompanhar as mudanças na CCS e realizar culturas bacterianas regularmente para monitorar a melhoria da saúde do úbere do rebanho.

Em resumo, a linha de ordenha é uma estratégia importante para controlar a transmissão da mastite contagiosa e garantir a qualidade do leite. Seguindo os passos necessários, os produtores de leite podem reduzir e controlar os casos de mastite, evitando prejuízos econômicos e garantindo a saúde de seu rebanho.

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão:
A linha de ordenha é uma estratégia crucial para garantir a saúde do úbere e a qualidade do leite nas fazendas leiteiras. A transmissão da mastite contagiosa durante a ordenha pode resultar em grandes perdas econômicas e comprometer a produtividade do rebanho. Portanto, é fundamental seguir passos como identificar animais com CCS alta, realizar cultura bacteriana, redividir os lotes de animais e alinhar-se com os colaboradores para estabelecer uma boa linha de ordenha. A implementação dessa prática pode contribuir significativamente para a redução e controle da mastite no rebanho, resultando em melhores resultados para a fazenda.

Perguntas e Respostas:

Pergunta 1: Qual é a importância da linha de ordenha para a saúde do úbere e a qualidade do leite?
Resposta: A linha de ordenha é importante para evitar a transmissão da mastite contagiosa durante a ordenha, garantindo a saúde do úbere e a qualidade do leite.

Pergunta 2: Como ocorre a transmissão da mastite contagiosa durante a ordenha?
Resposta: A transmissão da mastite contagiosa ocorre quando a mesma ordenhadeira é utilizada em vacas contaminadas e depois em vacas sadias, contaminando-as.

Pergunta 3: Quais são os agentes mais comuns da mastite contagiosa?
Resposta: Os agentes mais comuns da mastite contagiosa são Staphylococcus aureus e Streptococcus agalactiae.

Pergunta 4: Como identificar e combater a mastite contagiosa?
Resposta: É importante realizar exames de CCS individual para identificar animais com CCS alta, além de realizar cultura bacteriana para determinar os agentes presentes no rebanho. O tratamento varia de acordo com o agente, sendo necessário utilizar antibioticoterapia em alguns casos.

Pergunta 5: Quais são os passos para ter uma boa linha de ordenha?
Resposta: Alguns passos para ter uma boa linha de ordenha incluem identificar animais com CCS alta, realizar cultura bacteriana, redividir os lotes de animais e alinhar-se com os colaboradores da fazenda.

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