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Como o mercado lácteo do Brasil está buscando recuperação até 2023?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
“Neste artigo, vamos abordar as principais questões relacionadas à produção de leite no Brasil, analisando os desafios enfrentados pelo setor nos últimos anos e as perspectivas para o futuro. Nosso objetivo é fornecer informações completas e detalhadas, a fim de auxiliar produtores e interessados no ramo a entenderem melhor a situação atual e tomarem decisões estratégicas.

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O setor de produção de leite no Brasil passou por um período de instabilidades nos últimos anos. Após quatro anos consecutivos de aumento na produção, o setor registrou quedas significativas nos dois anos seguintes. Estima-se que o Brasil termine o ano com uma redução de 4,4% na produção formal de leite. Essa situação foi impactada pelos acontecimentos globais em 2022, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, que aumentaram o valor das commodities agrícolas e do petróleo.

A cadeia produtiva do leite enfrentou dificuldades adicionais devido ao aumento nos custos de produção. Os países em conflito impediram a recuperação da economia global dos anos de pandemia, resultando em aumentos recordes nos custos de produção de leite no Brasil, além do aumento da inflação e queda da renda brasileira. Esses fatores afetaram diretamente os produtores e consequentemente o consumidor final, resultando em queda no consumo de leite.

Mesmo com a lenta retração dos custos de produção no segundo semestre do ano passado, o cenário ainda foi de piora na rentabilidade dos produtores. O preço recebido pelos produtores caiu de um pico de R$ 3,53 por litro de leite em agosto para cerca de R$ 2,50 em dezembro. Essa redução também impactou o consumidor, levando a uma diminuição no consumo anual de leite por habitante.

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No entanto, o quarto trimestre do ano trouxe algum alívio para os consumidores, com uma queda significativa nos preços dos laticínios. A expectativa é de que as festividades de fim de ano impulsionem as vendas, estimando um crescimento próximo de 30% em relação à média de vendas do ano.

Para o ano de 2023, ainda existem incertezas tanto internas quanto externas. Internamente, espera-se que o mercado brasileiro se reequilibre em termos de oferta e demanda, com uma melhora no consumo de leite e derivados devido à recuperação do mercado de trabalho e melhorias na renda. Além disso, a alta produção brasileira de grãos na safra 2022/2023 contribuirá para reduzir a pressão nos custos de alimentação das vacas.

Porém, existem fatores de incerteza, como a mudança de governo e as diretrizes que serão adotadas, principalmente na área fiscal. Externamente, a solução para a guerra entre Rússia e Ucrânia pode acarretar na queda dos preços dos fertilizantes, enquanto a desaceleração da economia mundial pode ter impacto negativo no segmento de lácteos.

Em resumo, o setor de produção de leite no Brasil enfrentou desafios nos últimos anos devido a fatores globais e internos, o que resultou em quedas na produção e aumento nos custos de produção. Para o ano de 2023, espera-se uma recuperação gradual, mas ainda é preciso estar atento às incertezas e possíveis impactos negativos.

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Agora, vamos responder a cinco perguntas que geram alta demanda de visualizações:

1. Qual foi o impacto do conflito entre Rússia e Ucrânia na produção de leite no Brasil?
O conflito entre Rússia e Ucrânia intensificou as dificuldades já apresentadas no setor de produção de leite no Brasil, aumentando os custos de produção e impedindo a recuperação da economia global.

2. Por que o consumo de leite no Brasil diminuiu nos últimos anos?
A queda na produção de leite e o aumento nos preços afetaram diretamente o consumo, levando a uma redução no consumo anual de leite por habitante.

3. Existe perspectiva de melhora na rentabilidade dos produtores de leite em 2023?
Espera-se uma melhora na rentabilidade dos produtores, com a recuperação do mercado de trabalho e melhorias na renda, bem como a redução nos custos de alimentação das vacas devido à alta produção de grãos.

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4. Quais são as incertezas que o setor de produção de leite ainda enfrenta em 2023?
As incertezas incluem a mudança de governo e as diretrizes adotadas, principalmente na área fiscal, além da solução para a guerra entre Rússia e Ucrânia e a desaceleração da economia mundial.

5. O que esperar das festividades de fim de ano para o setor de laticínios?
A expectativa é de um crescimento de cerca de 30% nas vendas, impulsionado principalmente pelos produtos como leite condensado e creme.

Esperamos que este artigo tenha proporcionado um panorama completo do setor de produção de leite no Brasil, desde os desafios enfrentados nos últimos anos até as perspectivas para o ano de 2023. Esteja atento às mudanças e adapte-se às novas realidades para alcançar o sucesso no ramo do agronegócio.”

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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“Após quatro anos consecutivos de aumentos na produção de leite, o setor apresentou dois anos de quedas significativas e estima-se que o Brasil termine o ano com permanece 4,4% na produção formal”, relata a pesquisadora do Embrapa Gado LeiteiroeKennya Siqueira.

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“A cadeia produtiva do leite foi seriamente impactada pelos acontecimentos globais em 2022, intensificando as dificuldades já apresentadas em 2021”, acrescenta. Se, por um lado, a vacinação contra a Covid-19 sinalizou o regresso à normalidade e a recuperação da economia; por outro, no primeiro trimestre de 2022, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia aumentou o valor das commodities agrícolas e do petróleo.

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Segundo informações divulgadas pela Embrapa, grandes produtores de grãos, fertilizantes e petróleo, os países em conflito impediram a recuperação da economia global dos anos de pandemia e criaram as condições para aumentos recordes nos custos de produção de leite no Brasil, além do aumento da inflação e a queda da renda brasileira, segundo o cientista.

Especialistas do Centro de Inteligência do Leite da Embrapa (Cileita) fez um balanço do período recente e traçou perspectivas para o setor em 2023.

O ano de 2021 terminou com dificuldades para o setor, com queda no volume de produção fiscalizada de leite, aumentando em 21,5% as importações de lácteos no ano seguinte. Nos últimos dois anos, o Índice de Custo de Produção do Leite (ICPLeite) divulgado pela Embrapa registrou crescimento de 62%.

A partir do segundo semestre, esse índice iniciou lenta retração e, em novembro, o ICPLeite caiu 1,7%, influenciado principalmente pela queda de 4,5% no custo da ração concentrada para vacas.

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Preços do leite em 2022

Foto: Freepik

Ainda assim, o cenário foi de piora na rentabilidade dos produtores ao longo do segundo semestre de 2022, à medida que o preço que recebiam caiu de um pico de R$ 3,53 por litro de leite em agosto para cerca de R$ 2,50 em dezembro.

O impacto também foi sentido pelo consumidor; Segundo estimativas da Embrapa, o consumo anual de leite por habitante foi reduzido de 170,3 litros para 163 litros. No meio do ano, os laticínios atingiram preços recordes.

O economista Ygor Guimarães, que atua no Centro de Desenvolvimento Econômico da Cadeia Produtiva do Leite da Embrapa, lembra que, em agosto, a inflação do “leite e derivados” atingiu 40,2%, sendo um dos itens que mais influenciaram o aumento do Índice de Consumo Amplo Nacional. Índice de Preços (IPCA).

“O alto custo da alimentação das vacas e a queda na produção na entressafra do leite penalizaram o consumidor”, aponta o pesquisador do Núcleo Samuel Oliveira. “Podemos dizer que o Brasil passou por uma crise de abastecimento de leite”, acrescenta Oliveira. Isso fez com que os compostos lácteos ganhassem espaço como alternativas mais acessíveis para atender parte da demanda, não sem gerar polêmica.

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No entanto, o quarto trimestre do ano representou algum alívio para os consumidores. Na primeira quinzena de dezembro, o litro do leite UHT no atacado estava cotado a R$ 3,82 (queda de 40,5% desde o final de julho). O quilo de mussarela foi vendido pela indústria a R$ 28,27 (queda de 34,8%).

O leite spot (leite vendido entre laticínios) teve a maior deflação; o litro do produto foi cotado em Minas Gerais a R$ 2,34, o que representa uma queda de 43% em relação a julho.
Estimativas históricas sugerem que as festividades de fim de ano são positivas para o setor, impulsionando as vendas. Estima-se um crescimento próximo de 30% em relação à média de vendas do ano, principalmente de leite condensado e creme.

Perspectivas para o setor de laticínios

Foto: Embrapa/reprodução

Para o pesquisador da Embrapa Glauco Carvalho, embora o ano que se inicia ainda traga muitos componentes de incerteza interna e externa, o mercado brasileiro está se reequilibrando em termos de oferta e demanda. Segundo ele, com a recuperação do mercado de trabalho e melhorias no emprego e na renda, espera-se alguma melhora no consumo de leite e derivados.

Outro fator positivo é a alta produção brasileira de grãos na safra 2022/2023, contribuindo para menor pressão nos custos da alimentação das vacas, principalmente milho e concentrados à base de soja. “Mas ainda é um ano de muita incerteza, pela mudança de governo e pelas diretrizes que serão adotadas, principalmente na área fiscal, o que impacta diretamente nos juros e nas taxas de câmbio”, afirma Carvalho.

Externamente, o analista Lorildo Stock espera que os preços dos fertilizantes caiam com uma solução para a guerra Rússia-Ucrânia. Contudo, o cenário de inflação e o baixo crescimento previsto para as grandes economias (Estados Unidos, União Europeia e China) podem refletir negativamente na recuperação da economia brasileira.

“A desaceleração da economia mundial poderá ter algum impacto negativo, ainda que modesto, no segmento de lácteos”, avalia Stock. Carvalho complementa, dizendo que a forte valorização das commodities agrícolas e não agrícolas nos últimos dois anos ajudou na recuperação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Este não é o cenário para 2023.

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