Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
O agronegócio brasileiro vem se destacando cada vez mais, trazendo inovações e soluções para o campo. Uma dessas inovações recentes é o desenvolvimento de um fungicida à base de óleos essenciais pela empresa Linax, sediada em Votuporanga, no interior de São Paulo.
Esse fungicida foi criado com o objetivo de combater pragas que afetam as lavouras de soja no Brasil. A solução consiste em uma mistura de óleos extraídos de diferentes plantas, encapsulada por polímeros naturais. Essa combinação permite que o fungicida seja liberado de forma lenta e prolongada, aumentando o seu período de ação na cultura e reduzindo o risco de resistência das pragas ao produto.
Em testes realizados contra a ferrugem asiática, uma das doenças mais graves que afetam as lavouras de soja, os protótipos da tecnologia desenvolvida pela Linax apresentaram resultados equivalentes aos fungicidas mais utilizados no combate a essa praga no Brasil. Além disso, a aplicação combinada desse novo fungicida com fungicidas convencionais mostrou-se mais eficaz do que o uso isolado dos fungicidas convencionais.
A vantagem desse novo fungicida é que ele possui baixo impacto ambiental, ao contrário dos fungicidas convencionais que podem ser prejudiciais à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Com a possibilidade de reduzir o uso desses fungicidas convencionais, a solução desenvolvida pela Linax traz benefícios não apenas para a produção agrícola, mas também para o meio ambiente.
Essa tecnologia é fruto de uma parceria entre a Linax e a empresa Grupo Santa Clara, que recentemente incorporou a empresa de Votuporanga na Santa Clara Agrociência, sua spin-off com foco em produtos biodefensivos. Essa parceria permite o desenvolvimento de soluções inovadoras não apenas para a soja, mas também para outras culturas afetadas por doenças causadas por fungos e bactérias.
A expectativa é que o fungicida desenvolvido pela Linax seja lançado ainda este ano, trazendo uma nova alternativa sustentável para o controle de pragas nas lavouras de soja. Além disso, a empresa está empenhada em buscar soluções para aumentar a eficácia dos pesticidas biológicos, desenvolvendo projetos com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) para encapsular fungos e bactérias utilizados no controle de pragas e doenças.
A Linax possui uma história de inovação baseada em óleos essenciais e polímeros naturais. Desde o seu surgimento, a empresa tem se dedicado a encontrar alternativas sustentáveis para a extração de óleo de linalol, uma substância amplamente utilizada na indústria de perfumaria. Com a extração desse óleo a partir do manjericão, a Linax conseguiu viabilizar comercialmente seu cultivo, contribuindo para a preservação das árvores de pau-rosa, que estavam em risco de extinção devido à extração do óleo.
Além disso, a Linax desenvolveu um mini destilador feito em aço inoxidável, que permite uma destilação mais eficiente e rápida do óleo essencial. Essa inovação trouxe novas oportunidades de negócios para a empresa, que passou a fabricar e comercializar destiladores de óleos essenciais para laboratórios, empresas de perfumaria e produtores rurais. A Linax também oferece suporte aos clientes na produção de outros óleos essenciais, contribuindo para o desenvolvimento de novos produtos no mercado.
Em suma, a empresa Linax, sediada em Votuporanga, se destaca no agronegócio brasileiro com suas inovações baseadas em óleos essenciais e polímeros naturais. O desenvolvimento do fungicida à base de óleos essenciais para o combate a pragas na cultura da soja é um exemplo das soluções sustentáveis que a empresa tem buscado. Com parcerias estratégicas e investimento em pesquisa e desenvolvimento, a Linax está contribuindo para o avanço do agronegócio no Brasil e para a preservação do meio ambiente.
Agora, para ajudar você a se manter atualizado sobre o agronegócio brasileiro, aqui estão cinco perguntas frequentes com suas respostas:
1. Quais são os benefícios do fungicida à base de óleos essenciais desenvolvido pela Linax?
– O fungicida possui baixo impacto ambiental e alto potencial econômico. Além disso, a aplicação combinada desse fungicida com fungicidas convencionais mostrou-se mais eficaz do que o uso isolado dos fungicidas convencionais.
2. Onde está localizada a empresa Linax?
– A Linax está sediada em Votuporanga, interior de São Paulo.
3. Como foi desenvolvida a tecnologia do fungicida pela Linax?
– A tecnologia foi desenvolvida através de um projeto apoiado pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). Consiste em uma mistura de óleos extraídos de diferentes plantas, encapsulada por polímeros naturais, que liberam a substância de forma lenta e prolongada.
4. Além da soja, o que mais a Linax pretende combater com seu fungicida?
– A Linax tem planos de combater fungos que causam doenças em outras culturas, buscando soluções sustentáveis para aumentar a eficácia dos pesticidas biológicos.
5. Como a Linax começou suas inovações baseadas em óleos essenciais?
– A empresa nasceu de um projeto apoiado pela Fapesp, que tinha como objetivo extrair óleo de linalol do manjericão como alternativa à extração do óleo de pau-rosa, preservando essa espécie que estava em risco de extinção. A Linax também desenvolveu um mini destilador que facilita a extração do óleo essencial.
Fique por dentro das novidades do agronegócio brasileiro e não deixe de conferir as últimas notícias e avanços tecnológicos desse setor tão importante para a economia do país. [gpt3]
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!
Verifique a Fonte Aqui
Pesquisadores da Linax, empresa sediada em Votuporanga, interior de São Paulo, desenvolveram um fungicida à base de óleos essenciaiscom baixo impacto ambiental e alto potencial econômico, contra pragas que afetam as culturas soja não brasileira.
A solução, desenvolvida através de um projeto apoiado pela Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE)consiste em uma mistura de óleos extraídos de diferentes plantas.
A solução é encapsulada por polímeros naturais, que liberam a substância de forma lenta e prolongada, prolongando seu período de ação na cultura e reduzindo o risco dessas pragas desenvolverem algum tipo de resistência ao produto.
Protótipos da tecnologia foram testados contra cheiro Phakopsora pachyrhizique causa ferrugem asiáticauma das doenças mais graves que afetam as lavouras de soja no país.
O patógeno ataca as folhas da planta da soja, afetando sua capacidade de realizar a fotossíntese e formar grãos saudáveis.
Se não for devidamente controlada, pode inviabilizar até 90% das plantações de soja, gerando prejuízos que podem chegar a bilhões de reais.
A solução desenvolvida pela Linax teve efeito equivalente ao dos fungicidas mais utilizados no combate a essa praga no Brasil.
“A aplicação combinada de metade da dose da nossa solução mais metade da dose dos fungicidas convencionais foi mais eficaz do que os fungicidas convencionais aplicados isoladamente”, afirma o agrônomo. Nilson Borlina Maia, coproprietário da Linax.
“Isso significa que seria possível reduzir o uso de fungicidas convencionais, prejudiciais à saúde humana, animal e ao meio ambiente, adicionando uma dose da nossa solução à base de óleos essenciais”, avalia.
A tecnologia é resultado de uma parceria entre a Linax e a Grupo Santa Clara, empresa de insumos agrícolas com sede em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O grupo anunciou recentemente a incorporação da empresa Votuporanga na Santa Clara Agrociência, sua spin-off com foco em produtos biodefensivos.
O fungicida da Linax deve ser lançado ainda este ano. Segundo Maia, a empresa pretende usar a estratégia contra fungos que causam doenças em outras culturas além da soja.
Eles também trabalham em soluções ambientalmente sustentáveis para aumentar a eficácia dos pesticidas biológicos. “Estamos desenvolvendo um projeto com a Unesp [Universidade Estadual Paulista] encapsular fungos e bactérias utilizados no controle de pragas e doenças que afetam as lavouras, a fim de protegê-las dos raios ultravioleta e aumentar sua viabilidade e eficácia”, afirma o agrônomo.
História das inovações
A Linax tem uma longa história de inovações baseadas em óleos essenciais e polímeros naturais.
A empresa nasceu de um projeto apoiado pela Fapesp, iniciado em 2004 e que tinha como objetivo extrair óleo de linalol de folhas de manjericão (Ocimum basilicum).
A substância é muito utilizada pela indústria de perfumaria, sendo o principal ingrediente do perfume francês Chanel nº 5. Durante muito tempo foi extraída do pau-rosa (Aniba rosaeodora), árvore nativa da Amazônia, o que quase levou a espécie à extinção .
Estima-se que cerca de 2 milhões de árvores foram derrubadas para extração do óleo de linalol até 2002, de modo que sua área de ocorrência atualmente está restrita a alguns municípios do Estado do Amazonas, como Parintins, Maués, Presidente Figueiredo e Novo Aripuanã.
A pesquisa que deu início ao projeto e à empresa começou anos antes, em 1998, quando o pesquisador iniciou um estudo comparativo com 18 plantas que contêm linalol, entre elas coentro, louro, canela e laranja, além de manjericão. “O objetivo era encontrar uma alternativa para a extração do óleo de pau-rosa”, diz Maia.
A loira logo foi descartada. “Apesar de ter alto teor desse óleo essencial, a árvore demora muito para amadurecer, o que inviabiliza seu cultivo para extração comercial”, explica Maia. “Por sua vez, o coentro e a canela não apresentaram linalol, enquanto a laranja apresentou baixo teor da substância”, compara.
Apesar de não encontrar uma planta que tivesse um óleo tão rico em linalol como o pau-rosa, que chega a 90%, Maia encontrou no manjericão um óleo natural e economicamente viável, capaz de substituir o linalol natural em muitas formulações. cosméticos, perfumes e outros produtos de higiene e beleza.
O projeto, que na época contou com a colaboração e apoio do Instituto Agronômico (IAC), possibilitou a produção de mudas em larga escala, para que em pouco tempo fosse possível instalar culturas comercialmente viáveis para a produção de manjericão.
Para facilitar o trabalho de extração do óleo essencial em laboratório, Maia desenvolveu um mini destilador feito em aço inoxidável, que não libera resíduos tóxicos que possam comprometer a qualidade do produto. “Em aparelhos convencionais, feitos de vidro e de difícil manuseio, o carregamento e descarregamento do material vegetal leva em média uma hora”, explica. “Com o mini destilador que criamos, a mesma tarefa leva cerca de um minuto e a destilação é controlada por um sistema elétrico automatizado”, compara.
A novidade, apresentada no 3º Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais, realizado em Campinas, em novembro de 2005, abriu novas frentes de negócios para a empresa. “Passamos a fabricar e comercializar destiladores de óleos essenciais para laboratórios científicos, empresas de perfumaria e pequenos, médios e grandes produtores rurais. Desde então, já vendemos mais de 200 desses equipamentos”, afirma.
Em 2020, a Linax conseguiu recursos da FAPESP e da Finep, por meio do Programa de Subvenção PIPE-PAPPE, para desenvolver um sistema de controle automatizado de seus destiladores baseado em software de inteligência artificial. “O sistema é capaz de controlar e monitorar todo o processo de destilação do óleo, aumentando sua eficiência”, afirma.
A empresa hoje domina todas as etapas da tecnologia de produção do linalol, auxiliando seus clientes na produção de mudas com variedades adequadas, no cultivo e colheita da planta e na destilação para obtenção de um óleo com até 95% de pureza, viabilizando a produção com economia, social e ambientalmente sustentável.
“A Linax também ajuda seus clientes a dominar a produção de outros óleos essenciais, que podem ser utilizados no desenvolvimento de novos produtos que ainda não existem no mercado”, destaca Maia.
A estratégia, segundo o agrônomo, oferece possibilidades concretas de ganho para a agricultura familiar da região de Votuporanga, ajudando a consolidar um novo segmento do agronegócio: a exploração de óleos essenciais.