O mercado de soja, em Chicago, trabalhou esta semana na expectativa do relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado nesta sexta-feira (09). Com isso, as cotações subiram, com ajustes técnicos, e o alqueire da oleaginosa fechou quinta-feira (08) a US$ 13,63, ante US$ 13,29 na semana anterior. A média de maio foi de US$ 13,85, ou seja, 6,9% abaixo da média de abril. Em maio do ano passado, a média era de US$ 16,77/bushel. Ou seja, Chicago trabalha hoje pelo primeiro mês cotado, com redução de três dólares por bushel em relação a um ano atrás. Nesta semana, vale destacar a forte recuperação do óleo de soja em Chicago, que fechou a quinta-feira (09) a 52,50 centavos de dólar por libra-peso, ganhando 13,6% em sete dias úteis.

O relatório do USDA será comentado em detalhes no próximo boletim. Enquanto isso, o Departamento informou que 91% da área de soja nos EUA foi plantada até 06/04, contra 76% da média histórica para a data. Do que é plantado, 74% já germinou, contra 56% da média histórica. Ou seja, por enquanto a safra de soja americana está indo muito bem. Naquela data, 62% das lavouras estavam em boas ou excelentes condições, ante a expectativa do mercado de 65%; outros 31% estavam regulares e 7% em mau ou péssimo estado.

Veja os preços da soja AQUI.

Por outro lado, as vendas de soja pelos Estados Unidos na semana encerrada em 01/06 somaram 123,4 mil toneladas, totalizando 51 milhões de toneladas no atual ano comercial, contra mais de 59 milhões no mesmo momento do ano anterior. A estimativa é que o atual ano comercial termine com um volume exportado de 54,8 milhões de toneladas. Quanto ao farelo de soja, os EUA exportaram 405,4 mil toneladas na semana, dentro das expectativas do mercado. Quanto ao óleo de soja, foram 1,7 mil toneladas, a maior parte destinada ao Canadá.

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Do lado da demanda, ao contrário de informações de que a China estaria comprando menos soja este ano, aquele país asiático destacou que, só em maio, importou 12 milhões de toneladas de soja, com um aumento de 24% em relação ao mesmo mês do ano. anterior. Isso porque houve atrasos devido a inspeções alfandegárias mais rígidas nos portos chineses, que entraram para as estatísticas no mês passado. Com isso, as importações do maior comprador mundial de soja tiveram forte alta em relação ao volume de abril, que foi de 7,26 milhões de toneladas, abaixo do esperado.

Atrasos nas importações em abril, devido ao atraso na safra brasileira, resultaram em baixos estoques de soja na China, elevando o preço do farelo de soja. Agora, com a chegada dos grãos em maio, os preços recuaram no país asiático, com a comercialização do farelo de soja, no centro de moagem de Rizhao, com queda de quase 20% em maio. Importações ainda maiores são esperadas para junho, cerca de 13 mi t, segundo traders chineses. Por um lado, as esmagadoras chinesas compraram a soja brasileira mais barata no início do ano, com a grande safra pressionando os preços futuros. Por outro lado, os baixos preços da carne suína na China nos últimos meses estão prejudicando a demanda por farelo de soja, assim como os grandes volumes de trigo barato que estão cada vez mais disponíveis para os fabricantes de ração devido às enchentes ocorridas na principal província produtora de cereais, deixando em qualidade de ração e a um preço muito mais barato. O trigo, com um pouco mais de proteína do que o milho, pode levar os agricultores chineses a comprar menos farelo de soja. As chegadas totais de soja na China nos primeiros cinco meses do ano atingiram 42,3 milhões de toneladas, um aumento de 11,2% em relação ao ano anterior, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China. Por outro lado, essa realidade, que é positiva para os produtores mundiais de soja, deve causar preocupação, já que os preços em Chicago não reagem mesmo com a China apresentando maiores compras.

A análise é do Centro Internacional de Análise Econômica e Estudos de Mercados Agrícolas – CEEMA



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