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Como escolher o tipo de forrageira ideal?? É fácil se fizer isso de maneira inteligente

Determinar a forragem ideal para o rebanho não é uma tarefa tão simples quanto parece. Essa escolha implica na necessidade de conhecimento por parte dos responsáveis, o que muitas vezes é ignorado. Isso porque, culturalmente, a tendência é buscar soluções mais diretas. Isso significa que, em muitos rebanhos, os proprietários confiam no conhecimento geral das criações de sucesso no mercado, sem considerar seus objetivos e as realidades presentes em sua propriedade.

Portanto, entender como escolher a forragem ideal permite ao produtor evitar perdas significativas, não só no produto final do rebanho, mas também na produção de ração. Isso porque a forragem inadequada pode exigir mais manejo e, mesmo assim, não oferecer o que se espera dos animais. Além disso, uma planta que não é adequada para o tipo de solo, clima e ambiente é mais vulnerável e, portanto, mais vulnerável aos ataques de diversas pragas, plantas daninhas e mudanças climáticas.

Por isso, neste artigo vamos te ajudar a entender melhor como escolher a forragem certa para seus objetivos, além de oferecer dicas de manejo e prevenção de pragas. Verificar!

Fatores para escolher a forragem ideal
Antes de dar o mergulho na escolha da forragem ideal para o rebanho, o produtor deve sempre levar em consideração alguns fatores que afetam diretamente o desenvolvimento da planta. Com isso em mente, certifique-se de que sua escolha não se baseie apenas no sucesso de outros produtores e no fato de que a planta é capaz de crescer na região, mas também leve em consideração se, durante esse crescimento, a planta está mostrando seu melhor qualidade.

Assim, os fatores para escolher a forragem ideal são:

Solo e clima da propriedade

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O primeiro fator que afeta diretamente a decisão sobre a forragem ideal são as condições de clima e solo da propriedade. Para se ter forragem de qualidade, é preciso escolher e conhecer o tipo de solo onde será plantada, incluindo os nutrientes disponíveis e o relevo. Somado a isso, é imprescindível o conhecimento do clima da região, da luminosidade que oferece durante o ano e dos níveis de umidade, tanto no solo quanto no ar, e pluviosidade.

Em geral, existem algumas notas dependendo da região do Brasil onde o imóvel está localizado.

Norte, Centro-Oeste e Sudeste


São regiões mais quentes e com boa luminosidade. Por esta razão, forrageiras em clima tropical como a Brachiaria tendem a ser escolhidas pelos proprietários.

Nordeste


O Nordeste brasileiro é uma região onde o uso de determinadas tecnologias, bem como a localização da propriedade, influenciam diretamente na escolha da forragem. Em sistemas mais intensivos, normalmente são utilizadas plantas do gênero Panicum, porém necessitam de maior umidade e manejo cuidadoso devido às altas temperaturas e baixa umidade natural da região.

Sul


Nesta região, existem dois tipos de indicações. Para as partes mais quentes da região sul do país, são recomendadas forrageiras perenes de verão, como Pennisetum e Brachiaria. Para regiões que vivenciam um inverno um pouco mais rigoroso, as recomendações são plantas como azevém, aveia e leguminosas.

Em geral, essa divisão por região do país já auxilia os proprietários em suas tomadas de decisão. No entanto, é importante destacar que as condições edafoclimáticas da propriedade prevalecem em relação à região geográfica como um todo. Isso significa que se a fazenda estiver localizada em uma região mais fria e montanhosa do Sudeste, ou em uma região mais árida do Centro-Oeste, o tipo de planta listado nem sempre é válido. Portanto, essa análise deve ser feita para o imóvel em questão e as condições de proximidade devem ser consideradas, independentemente da região do país.

Raça e propósito do rebanho

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Para determinar a forragem que irá alimentar o rebanho, primeiro é necessário entender a escolha da raça e os objetivos de produção. Assim, é possível escolher a forragem que melhor atende nutricionalmente os animais, visando a qualidade do produto final, considerando os tipos de suplementação que serão necessários no custo da alimentação.

Em geral, as forragens para rebanhos bovinos costumam ser compradas em sementes, uma vez que o mercado nacional possui marcas de alta confiabilidade e variabilidade. No entanto, o tipo de forragem adquirida deve levar em consideração as fases do rebanho, pois as exigências nutricionais variam de acordo com a fase de trabalho. A engorda de bovinos e novilhos, por exemplo, exige uma planta com maior valor nutricional, enquanto a criação de bezerros não exige tanto de uma planta que atenda a essas condições.

Tecnologia proprietária


Esse ponto é importante, principalmente em regiões que apresentam condições mais extremas, como longos períodos de estiagem. O grau tecnológico e o sistema de pastejo aplicado na propriedade influenciam diretamente na escolha da forragem. O tipo de irrigação disponível, o tratamento da terra e, mais uma vez, a finalidade de criação, afetam diretamente o tipo de planta a ser aplicada.

Isso porque a necessidade nutricional do rebanho varia com o tipo de sistema aplicado em sua criação e isso determina, em certa medida, o manejo das pastagens e as áreas utilizadas. Assim, para determinadas regiões, determinadas forrageiras exigiam um manejo de irrigação mais ou menos intenso, por exemplo, além de apresentarem diferentes variações e necessidades de adubação.

Por último, mas não menos importante, sempre vale ressaltar que, para o pecuarista, a forrageira deve ser pensada como a cultura de sua propriedade.

Afinal, quando pensamos na parcela dos custos com alimentação animal, é fundamental que o planejamento e as ações sejam realizados de forma correta, minimizando gastos e, sobretudo, evitando prejuízos.

Dicas para manter a qualidade da forragem


Agora que listamos os principais fatores para escolher a forragem ideal para o rebanho, temos algumas dicas que ajudarão a manter a qualidade das plantas em produção.

Boas práticas de manejo de forragem

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Em primeiro lugar, é preciso considerar o manejo forrageiro como parte importante das ações da propriedade. Dessa forma, isso se enquadra no que foi dito anteriormente, de que o proprietário deve considerar a pastagem como uma cultura da fazenda, pois fornecerá uma parte importante da alimentação do rebanho.

Outro ponto é que o potencial da cultura está relacionado às boas práticas de manejo. Assim, as ações de irrigação, adubação e controle de pragas têm sido consideradas fatores essenciais para a redução das perdas, levando em consideração os aspectos ambientais e econômicos.

De maneira geral, uma lista de ações que devem estar na rotina de manejo do capim são:

  • fertilização;
  • Manejo de ervas daninhas resistentes;
  • Monitoramento de pragas antes, durante e após o plantio;
  • Cuidados de rotina na produção.

Cuidados anti-pragas na produção de forragem

cigarrinha das pastagens embrapa


Outro ponto importante para manter a qualidade da forragem escolhida são as ações de prevenção e combate às pragas. As pragas atacam as raízes, folhas e sementes (milho) após a semeadura, reduzindo assim o número de plantas na área e a produção da cultura. Atualmente, o controle ou manejo de pragas é baseado em alguns elementos:

  • Níveis de resistência das plantas aos danos causados;
  • Acompanhamento de safra para tomada de decisão;
  • Relatividade de pragas com culturas.

Por fim, é sempre importante lembrar que essa tomada de decisão impacta diretamente no manejo nutricional do seu rebanho e, portanto, deve ser feita com o máximo de cuidado e conhecimento possível. Procurar ajuda de profissionais especializados como veterinários, zootécnicos e agrônomos neste momento pode fazer a diferença entre o sucesso e o prejuízo.

Fonte: Sementes Acrimat e Santa Fé

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