Como as pesquisas com especies nativas estao contribuindo para a

Como as pesquisas com espécies nativas estão contribuindo para a conservação do Cerrado?

Noticias do Jornal do campo Soberano
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Ficar por dentro das últimas notícias do agronegócio brasileiro é essencial para quem deseja se manter atualizado sobre esse setor tão importante para o país. Pensando nisso, trazemos as principais informações e novidades do campo, para que você esteja sempre informado e acompanhando o desenvolvimento desse segmento.

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No Brasil, o Cerrado é reconhecido como o segundo maior bioma da América do Sul e do país. Criada em 2003, a data de preservação desse bioma tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de sua conservação. O Cerrado abriga uma das maiores diversidades do mundo, com mais de 11 mil espécies de plantas nativas catalogadas até o momento.

Nas últimas décadas, o Cerrado tem se destacado como uma das principais regiões agrícolas do mundo, sendo responsável pela produção de alimentos com alta produtividade, como soja, milho, arroz, algodão, mandioca, cana-de-açúcar, carne bovina e leite. Além disso, o bioma tem potencial para produção madeireira, ornamental, medicinal, forrageira e frutífera, com mais de 120 espécies nativas com essa capacidade.

Uma das espécies mais promissoras do Cerrado é o baru, que tem sido recomendado para cultivo em sistemas integrados, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Além de fornecer madeira, o baru também possui uma semente valiosa, cuja demanda tem crescido tanto no Brasil quanto no exterior. Estima-se que sua comercialização aumentará 25% entre 2019 e 2029, tornando o Brasil o principal produtor mundial dessa espécie.

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No entanto, para garantir o aumento da produtividade e preservar o Cerrado, é necessário buscar técnicas de multiplicação de árvores com características interessantes para a produção. Recentemente, os pesquisadores da Embrapa Cerrados obtiveram sucesso na enxertia de mudas de baru, o que permite selecionar as melhores plantas para formar pomares uniformes e de alta produtividade em menor tempo.

Outra possibilidade para os produtores rurais do Cerrado é o cultivo do pequi, uma fruta muito apreciada na culinária goiana e mineira. A Embrapa lançou cultivares de pequi sem espinhos, proporcionando pomares uniformes com alta produtividade e qualidade de polpa. Isso contribui para aumentar a produção entre os produtores e reduzir o extrativismo.

Além disso, a pesquisa está coletando baunilhas nativas em todo o Brasil. As espécies brasileiras possuem características únicas que podem conquistar mercados importantes, como o da alta gastronomia. A Embrapa reuniu mais de 70 amostras de orquídeas do gênero Vanilla, criando o primeiro banco de germoplasma de baunilha do Brasil e o único no mundo com um volume significativo de espécies da América do Sul.

Para desenvolver essas cultivares e garantir sua preservação, os pesquisadores estão trabalhando no melhoramento genético e no subsídio para o plantio comercial da baunilha. Com isso, será possível substituir o atual modelo extrativista praticado no país e impulsionar a cadeia produtiva da baunilha brasileira.

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Portanto, é fundamental acompanhar as pesquisas e inovações que estão acontecendo no Cerrado brasileiro, principalmente no campo do agronegócio. Essas descobertas podem trazer novas possibilidades para as comunidades locais, gerar renda e promover a conservação desse importante bioma.

Agora, vamos responder a algumas perguntas comuns relacionadas ao assunto:

1. Quais são os principais produtos cultivados no Cerrado brasileiro?
No Cerrado brasileiro, são cultivados produtos como soja, milho, arroz, algodão, mandioca, cana-de-açúcar, carne bovina e leite.

2. Quais são as vantagens do cultivo do baru em sistemas integrados?
O cultivo do baru em sistemas integrados, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), possibilita a obtenção de madeira e sementes valiosas, além de contribuir para a diversificação da produção e recuperação de áreas degradadas.

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3. Qual a importância do cultivo do pequi para os produtores rurais do Cerrado?
O cultivo do pequi permite aos produtores rurais do Cerrado diversificarem suas fontes de renda, além de reduzir o extrativismo e aumentar a produção dessa fruta tão apreciada na culinária goiana e mineira.

4. Como a pesquisa de coleta de baunilhas nativas pode beneficiar o setor agrícola?
A pesquisa de coleta de baunilhas nativas tem o potencial de impulsionar a produção de baunilha no Brasil, substituindo o atual modelo extrativista. Com isso, será possível desenvolver técnicas de cultivo comercial, garantindo a preservação dessas espécies e reduzindo a dependência do extrativismo.

5. Quais são as perspectivas futuras para o agronegócio no Cerrado brasileiro?
As perspectivas futuras para o agronegócio no Cerrado brasileiro são promissoras, com o aumento da produtividade e a diversificação da produção. Além disso, a preservação desse bioma é fundamental para garantir a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico da região.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Foto: Clarissa Lima

A data foi criada em 2003 para que a sociedade reflita sobre a importância de preservar este que é o segundo maior bioma da América do Sul e do Brasil.

Reconhecido como a savana mais rica do mundo, o Cerrado brasileiro abriga uma das maiores diversidades do mundo, com mais de 11 mil espécies de plantas nativas já catalogadas.

Nas últimas décadas, o bioma tem se destacado como uma das principais regiões agrícolas do mundo, centro de produção de alimentos com alta produtividade de soja, milho, arroz, algodão, mandioca, cana-de-açúcar, além de carne bovina e leite. , destinado ao consumo da população brasileira e à exportação para mais de 170 países em todos os continentes.

O aumento da produtividade de suas culturas não ocorre de forma separada da necessidade de sua preservação. Pesquisa da Embrapa Cerrados demonstrou que existem mais de 120 espécies nativas do bioma com potencial para produção madeireira, ornamental, medicinal, forrageira ou frutífera.

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Podem ter usos variados, como recuperação de áreas degradadas, restauração de reservas legais, formação de pomares comerciais, diversificação da produção, entre outros.

É o caso do baru, uma das espécies mais promissoras do Cerrado para cultivo. Seu uso é recomendado em sistemas integrados, sendo a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), em substituição ao eucalipto, principal gênero utilizado nesses sistemas.

A vantagem dessa opção é que, além da madeira, o produtor terá uma semente valiosa, o baru, cuja procura tem crescido nos últimos anos no Brasil e no exterior. Estima-se que sua comercialização aumentará 25% entre 2019 e 2029, com aumento do valor de mercado, sendo o Brasil o principal país do mundo a produzir esta espécie.

VEJA TAMBÉM | Embrapa: pesquisa desenvolve técnicas para produção de teca em sistemas ILPF

Recentemente, pesquisadores da Embrapa Cerrados obtiveram sucesso na enxertia de mudas de baru, possibilitando a multiplicação de árvores com características interessantes para a produção. A técnica permite que os produtores selecionem as melhores plantas para formar pomares uniformes, com alta produtividade, com menor tempo para início da produção.

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A técnica tem sido amplamente utilizada para a produção florestal no Brasil, proporcionando aumento de produtividade nas florestas plantadas. Mas seu uso em espécies arbóreas nativas ainda é incipiente. Como resultado deste trabalho, a enxertia parece ser uma boa opção para multiplicação de espécies promissoras nativas do Cerrado.

Outra opção para os produtores rurais do Cerrado, principalmente aqueles que desejam diversificar suas fontes de renda, é o cultivo do pequi. A fruta, muito apreciada principalmente na culinária goiana e mineira, possui versão sem espinhos, o que facilita seu consumo e o processamento da polpa pelas agroindústrias.

Esta é a primeira vez que são lançadas cultivares de uma planta frutífera arbórea perene nativa do Cerrado. No total, são três cultivares sem espinhos e outras três cultivares tradicionais – todas com alta produtividade e qualidade de polpa. As novas cultivares permitem a formação de pomares uniformes, com plantas de qualidade, precoces e produtivas.

SAIBA MAIS | Desmatamento no Cerrado cresce 32% em 2022, mostra relatório do Ipam

Os frutos do pequizeiro são responsáveis ​​pela renda de muitos pequenos produtores brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 74 mil toneladas de pequi foram extraídas no país em 2021.

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A oferta de cultivares da Embrapa no mercado pode contribuir para o aumento da produção entre os produtores brasileiros, além de reduzir o extrativismo (leia mais em: Embrapa Cerrados e Emater GO lançam cultivares de pequi, com e sem espinhos).

Uma pesquisa que está apenas começando, mas que traz novas possibilidades para as comunidades do Cerrado, é a que está coletando baunilhas nativas em todo o Brasil. As espécies brasileiras possuem características únicas capazes de conquistar mercados importantes, como o da alta gastronomia. Hoje, a baunilha é a segunda especiaria mais cara do mundo, atrás apenas do açafrão.

A Embrapa reuniu mais de 70 amostras de orquídeas do gênero Vanilla – este é o primeiro banco de germoplasma de baunilha do Brasil e o único no mundo a reunir um volume significativo de espécies na América do Sul. As primeiras coletas foram feitas em áreas de Cerrado e Mata Atlântica.

Com esses materiais será possível apoiar o melhoramento genético e subsidiar a domesticação da planta, viabilizar plantios comerciais, além de garantir a preservação dessas espécies (leia mais em: Embrapa capacita calungas e produtores rurais para produzir baunilha brasileira) .

ARTIGO | Cerrado: expoente da pecuária sustentável no Brasil

A cadeia produtiva da baunilha no Brasil ainda não está estruturada e sua exploração depende basicamente do extrativismo. Com as informações geradas pela pesquisa, está sendo organizada uma cartilha com conteúdos que vão desde a produção de mudas até o processamento dos frutos de baunilha.

Além desse material, os pesquisadores pretendem domesticar a cultura desenvolvendo técnicas e protocolos de cultivo para substituir o atual modelo extrativista praticado hoje no país.

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