Cooperativas: um modelo de negócios resiliente em tempos de adversidades
As cooperativas têm se destacado como um modelo de negócio resiliente diante de adversidades, graças a um sistema democrático de tomada de decisões e um planejamento estratégico bem estruturado. No entanto, a sequência de eventos climáticos extremos tem colocado à prova a capacidade das cooperativas de lidar com desafios inesperados, como a quebra de safras e a incerteza do cenário econômico para o ano em curso.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Neste cenário incerto, a gestão de crises acumulada pelo setor cooperativo tem se mostrado um diferencial na condução dos negócios. A interação entre as áreas de gestão e governança, aliada à diversificação de investimentos, permite antever cenários difíceis e encontrar soluções de forma mais eficaz.
A importância da capilaridade e diversificação de investimentos nas cooperativas agropecuárias
Com um portfólio diversificado que abrange desde a produção até o processamento de grãos, carnes e leite, as cooperativas conseguem diluir riscos inerentes à atividade rural. Além disso, a maior escala na compra de insumos e venda da produção proporciona aos cooperados mais poder de negociação e segurança financeira.
Os desafios enfrentados pelas cooperativas e as estratégias adotadas para superá-los
Investimentos em novos projetos e a expansão das operações
Mesmo diante dos desafios enfrentados devido aos problemas climáticos e incertezas econômicas, as principais cooperativas têm anunciado investimentos em novos projetos, principalmente na área de armazenagem e agroindústria. A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, por exemplo, está destinando recursos para instalação de armazéns e indústrias, visando ampliar sua capacidade de armazenamento e processamento de grãos, proteínas animais, biocombustíveis e fibras.
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Estratégias de Crescimento e Diversificação
As cooperativas têm se destacado como um modelo de negócio resiliente diante de adversidades,grande parte disso se deve ao planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos, à flexibilidade na operação e à diversificação de investimentos.
Gestão de Crises
A capacidade de gestão de crises acumulada pelo setor cooperativo é essencial para enfrentar eventos climáticos extremos, como estiagens e secas, que têm impactado regiões produtoras. A interação entre as áreas de gestão e governança, com membros eleitos pelos cooperados, permite antever cenários mais difíceis e buscar soluções de forma colaborativa.
Investimentos em Infraestrutura
Mesmo com a incerteza do faturamento, as principais cooperativas têm investido em projetos de ampliação de capacidade, especialmente em armazenagem e agroindústria. Com destinação de recursos para a instalação de novos armazéns e indústrias voltadas ao processamento de grãos e proteínas animais, as cooperativas buscam garantir a continuidade das operações e a oferta de produtos de qualidade aos cooperados.
Estratégias de Redução de Custos
Diante das adversidades climáticas, as cooperativas têm adotado medidas para minimizar os impactos nas receitas, como a redução de estoques, despesas e a implantação de uma gestão financeira mais eficiente. Além disso, os investimentos na expansão da capacidade de armazenagem e recepção de grãos visam garantir a segurança no manejo da produção, mesmo em períodos desafiadores.
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Conclusão: Cooperativas agropecuárias enfrentam desafios com resiliência e inovação
Diante de um cenário incerto, as cooperativas agropecuárias mostram que a gestão democrática, a diversificação de investimentos e a capacidade de antever cenários adversos são fundamentais para enfrentar desafios e superar crises. A interação entre gestão e governança, aliada à capilaridade do sistema cooperativista, proporciona aos cooperados mais segurança e poder de negociação.
Apesar dos desafios climáticos e econômicos, as principais cooperativas estão investindo em novos projetos e buscando soluções inovadoras para garantir o crescimento e a sustentabilidade do setor. Com foco em armazenagem, agroindústria e tecnologia, essas organizações estão se preparando para um futuro mais resiliente e competitivo.
A resiliência e a inovação das cooperativas agropecuárias são exemplos de como é possível enfrentar adversidades e construir um modelo de negócios sólido e duradouro. Com visão estratégica e compromisso com seus cooperados, essas organizações continuam a se reinventar e a prosperar, mesmo diante de desafios complexos. O futuro do setor cooperativista é promissor, graças à sua capacidade de adaptação e superação.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Análise do Setor de Cooperativas Agropecuárias no Brasil
Um sistema democrático de tomada de decisões, lastreadas em planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos, flexibilidade na operação e diversificação de investimentos tornaram as cooperativas um modelo de negócios “vencedor de adversidades”, afirma João José Prieto, coordenador do ramo agro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Por que as cooperativas agropecuárias são consideradas modelos de negócios resilientes?
As cooperativas agropecuárias se destacam pela capacidade de gestão de crises acumulada e pela interação entre áreas de gestão e governança, que permitem antever cenários difíceis e endereçar soluções de forma eficiente.
Como as cooperativas agropecuárias mitigam riscos inerentes à atividade rural?
Com um portfólio diversificado, da produção ao processamento de grãos, carnes e leite, as cooperativas diluem riscos inerentes à atividade rural, garantindo maior estabilidade aos cooperados.
Qual a importância da capilaridade do sistema cooperativista no cenário atual?
A capilaridade do sistema cooperativista permite a difusão de conhecimento e boas práticas, além de assegurar aos cooperados maior poder de negociação, devido à escala na compra de insumos e venda da produção.
Como as principais cooperativas estão investindo para enfrentar desafios climáticos?
Apesar dos desafios climáticos, as cooperativas estão investindo em novos projetos, como armazenagem e agroindústria, destinando bilhões para instalação de infraestrutura para processamento de grãos, proteínas animais, biocombustíveis e fibras.
Como as cooperativas estão se adaptando às mudanças no cenário econômico e climático?
Para enfrentar problemas climáticos e oscilações de preços agrícolas, as cooperativas têm adotado medidas como redução de estoques, implantação de gestão financeira e investimentos na expansão da capacidade de armazenagem e processamento.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Um sistema democrático de tomada de decisões, lastreadas em planejamento estratégico de curto, médio e longo prazos, flexibilidade na operação e diversificação de investimentos tornaram as cooperativas um modelo de negócios “vencedor de adversidades”, afirma João José Prieto, coordenador do ramo agro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
A sequência recente de eventos climáticos extremos, com estiagem mais prolongada nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste e secas seguidas por enchentes no Sul do país, torna o cenário para este ano incerto, diante da quebra das safras de soja e de milho e de perspectivas de menor faturamento. Mas, numa visão de prazo mais longo, Prieto se firma na capacidade de gestão de crises acumulada pelo setor cooperativo.
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A interação entre as áreas de gestão e de governança, com membros eleitos pelos cooperados, permite antever cenários mais difíceis e endereçar soluções, avalia. Um portfólio diversificado, da produção ao processamento de grãos, carnes e leite, diz ele, dilui riscos inerentes à atividade rural.
A capilaridade do sistema, na mesma linha, reforça a capacidade das cooperativas agropecuárias de difundir conhecimento e boas práticas, ao mesmo tempo em que a maior escala na compra de insumos e na venda da produção assegura aos cooperados mais poder de negociação, aponta Prieto.
Faturamento incerto
A despeito dos desafios, as principais cooperativas anunciaram ou estão investindo em novos projetos, especialmente em armazenagem e agroindústria. Neste ano, devem ser destinados R$ 18 bilhões na instalação de armazéns e indústrias para processamento de grãos, proteínas animais, biocombustíveis e fibras.
Às voltas com problemas climáticos nas regiões atendidas e com a safra de inverno do milho em andamento, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, em Maringá (PR), ainda não tem previsão para as receitas deste ano. Em 2023, o faturamento crescera 17%, para R$ 3 bilhões, diz Leandro Cezar Teixeira, superintendente de Relação com o Cooperado.
As adversidades no clima levaram a Cocamar a desenvolver um trabalho de manejo dos solos em parceria com instituições como a Embrapa:
— Uma das bandeiras é o programa de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), adotado em 200 mil hectares.
Desde o ano passado, a Cocamar investe na ampliação de sua capacidade de armazenamento de grãos de 2,2 milhões para 2,5 milhões de toneladas.
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Já a Integrada Cooperativa Agroindustrial, segundo seu superintendente-geral, Haroldo Polizel, trabalha com a perspectiva de redução do faturamento neste ano, depois de ter registrado alta acumulada de 42% nos dois anos anteriores. Ele tem adotado medidas para minimizar a queda no faturamento, provocada por perdas na produção por problemas climáticos e pela retração nos preços agrícolas.
A Integrada decidiu reduzir estoques e despesas, implantando gestão financeira. E vai manter investimento anual médio de R$ 200 milhões na expansão da capacidade de armazenagem, recepção e secagem e estuda investir na ampliação de plantas industriais.