O Paraná tem feito vários avanços em termos de sustentabilidade. A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (Sedest) deu passos importantes nas áreas de educação, conscientização e preservação ambiental, mantendo boas práticas e ampliando programas inovadores, como o Poliniza Paraná e o CastraPet, além de anunciar o plantio de quase 650 mil mudas de especies nativas.
Em março, foi iniciada a segunda fase do Poliniza Paraná. O projeto, inspirado no Horto de Mel de Curitiba, visa instalar colméias de abelhas nativas sem ferrão em várias cidades do estado para reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem.
A ação ambiental já chegou às Unidades de Conservação do Estado, iniciando a segunda etapa. Dez espaços, de nove municípios diferentes, foram selecionados para a expansão do programa, com investimento de R$ 72 mil. O Parque Estadual de Campinhos, em Tunas do Paraná, na Região Metropolitana de Curitiba, foi a primeira unidade a receber o Polliniza. O jardim do Palácio Iguaçu, sede do Governo do Estado, também recebeu 15 colméias.
Em seguida, as colmeias foram instaladas no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, e no Parque Estadual do Guartelá, em Tibagi, em Monge (Lapa), em Palmito (Paranaguá); na Floresta Estadual Metropolitana (Piraquara); e no Monumento Natural Estadual Salto São João (Prudentópolis).
Também estão previstas instalações para o Parque Estadual de Vila Rica do Espírito Santo (Fênix); Lago Azul (Campo Mourão); e na Estação Ecológica da Ilha do Mel.
Iniciado em janeiro de 2022, o Poliniza teve sua primeira fase em parques urbanos, como nos municípios de Brasilândia do Sul, Campo Mourão, Kaloré, Maringá, Marumbi, São João e Sapopema.
“Primeiro instalamos as colméias em parques urbanos, com educação ambiental também para que as crianças entendam a importância da polinização dentro da nossa biodiversidade e, agora, demos um segundo passo, que é levar o projeto para unidades de conservação estaduais” , explicou o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Valdemar Bernardo Jorge.
Ele destacou o cuidado que o ser humano deve ter com o meio ambiente. “Por muito tempo, todos nós não colaboramos com a natureza como gostaríamos e tiramos dela o que é de todos. Este é um movimento em que devolvemos nossas abelhas à natureza. Com espécies sem ferrão, que podem conviver com a sociedade e ajudar a polinizar nossos alimentos”.
mudas
A Sedest lançou um grande projeto de plantio de mudas que será executado pelo Instituto Água e Terra (IAT) dentro do programa do Governo do Estado Asfalto Novo, Vida Nova, lançado no início do mês pelo governador. O fornecimento de 642 mil mudas de espécies nativas está previsto na primeira fase do programa.
Asfalto Novo, o Vida Nova prevê investimento de R$ 500 milhões em sua primeira etapa – R$ 300 milhões do Estado e R$ 200 milhões da Assembleia Legislativa – para melhorar a infraestrutura urbana de 160 municípios paranaenses com até 7 mil habitantes.
O plantio visa compensar a emissão de CO2, um dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas, decorrente das obras. Para isso, o município deve, em contrapartida ao recebimento dos recursos, plantar árvores nativas do Programa Paraná Mais Verde.
O Instituto Água e Terra realizou um estudo sobre compensação de carbono para obras asfálticas e mostrou que, para cada quilômetro pavimentado, é necessário pouco mais de um hectare de floresta. No total, 571 hectares serão recuperados com o fornecimento de mudas dos viveiros do IAT.
O secretário de Desenvolvimento Sustentável destaca a importância do reflorestamento para as gerações futuras.
“A Sedest terá um papel muito importante nesse programa em que o Governo do Paraná alia desenvolvimento com sustentabilidade. Com o plantio para compensar as emissões de carbono decorrentes das obras, os paranaenses de hoje serão beneficiados, com asfalto e outros benefícios, e os do futuro, que terão um Estado cada vez mais verde e bonito”, destacou.
CASTRAPETE
Em março, foi concluído o terceiro ciclo do CastraPet Paraná – Programa de Esterilização Permanente de Cães e Gatos – Castrapet. No total, 73 mil animais foram castrados e 218 municípios atendidos.
O programa é executado pelo IAT, vinculado à Sedest, com recursos do Tesouro Estadual e de emendas parlamentares, além do apoio logístico dos municípios. Entre abril de 2019 e março deste ano, o investimento foi de aproximadamente R$ 11 milhões.
Voltado para a população de baixa renda, organizações da sociedade civil e protetores independentes, o programa foi criado no início da primeira gestão do governador Carlos Massa Ratinho Junior, com a proposta de conter o aumento do número de animais abandonados nas ruas de cidades, prevenir doenças e transmitir conhecimentos sobre cuidados e boa convivência entre famílias e animais de estimação.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro)


